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9/5/2025
 
Matéria

- Odontologia para Pacientes Especiais
USP desenvolve técnica para portadores da Síndrome de Moebius

teste

FOUSP desenvolve protocolo de atendimento odontológico diferenciado para os portadores.

Tente não fechar os olhos ao dormir. Tente também comer sem mastigar. Imagine não conseguir sorrir ou chorar. Estes são apenas alguns dos problemas que enfrentam as pessoas acometidas pela Síndrome de Moebius, doença rara e difícil de diagnosticar.

O Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE), da Faculdade de Odon-tologia da USP, vem desenvolvendo um trabalho de levantamento das alterações bucais e faciais de pacientes portadores dessa síndrome, com o objetivo de imple-mentar um protocolo de atendimento cura-tivo e preventivo.  

Segundo a professora Marina Magalhães, o CAPE já atende cerca de 50 pessoas com a síndrome, e é o primeiro centro odontológico brasileiro a desenvolver um protocolo de trata-mento bucal para esse tipo de paciente. Vindo de todas as partes do Brasil, os casos clínicos apresentam, na maioria das vezes, mandíbula e maxila mal desenvolvidas, dificultando a mastigação. Como existe paralisia do nervo facial, o processo de auto-limpeza da boca é deficiente nestes pacientes, aumen-tando o índice de cáries.

O trabalho dos profissionais do Centro não se limita somente à manutenção da saúde bucal do portador da síndrome. Ações preventivas ligadas ao desenvolvimento e estimulação da musculatura facial, bem como orientação para os pais, são projetos também realizados.  

“A ortopedia funcional tem mostrado bons resultados nos pacientes que estão em tratamento há aproximadamente quatro anos”, diz a professora Marina Magalhães. Ela conta que o grande contingente de pacientes Moebius no CAPE proporciona uma idéia do espectro da síndrome e de como adaptar as técnicas odontológicas nestes casos.

O cuidado com os pacientes portadores dessa deficiência é redobrado na hora de remover uma cárie ou realizar qualquer outro tratamento dentário. Há, na verdade, uma total adaptação das técnicas odontológicas para o paciente especial, uma vez que sua saúde tem características diferentes da saúde de não portadores da síndrome. Mas existe um problema ainda maior: “Os portadores de síndrome de Moebius são pacientes muitas vezes agitados, o que exige um condicionamento psicológico e consultas rápidas”, declara a professora Marina Magalhães.  

Diagnóstico deficiente

Um outro grande problema relacionado aos portadores da síndrome de Moe-bius é a dificuldade em se diagnosticar essa deficiência. Por ter a chamada “face em máscara” desde bebês, e, muitas vezes, paralisia e mau desen-volvimento dos membros, os portado-res são tidos como também deficien-tes mentais, o que dificilmente ocorre de fato. Apesar de portar uma inabili-dade de expressão facial, os portado-res da Síndrome de Moebius possuem, na maioria das vezes, perfeitas capacidades mentais. Dessa forma, além de sofrer com os problemas físicos que a síndrome causa, eles sofrem psico-logicamente com o preconceito da sociedade.

Fonte: Agência Universitária de Notícias

FOUSP desenvolve protocolo de atendimento odontológico diferenciado para os portadores.

Tente não fechar os olhos ao dormir. Tente também comer sem mastigar. Imagine não conseguir sorrir ou chorar. Estes são apenas alguns dos problemas que enfrentam as pessoas acometidas pela Síndrome de Moebius, doença rara e difícil de diagnosticar.

O Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE), da Faculdade de Odon-tologia da USP, vem desenvolvendo um trabalho de levantamento das alterações bucais e faciais de pacientes portadores dessa síndrome, com o objetivo de imple-mentar um protocolo de atendimento cura-tivo e preventivo.  

Segundo a professora Marina Magalhães, o CAPE já atende cerca de 50 pessoas com a síndrome, e é o primeiro centro odontológico brasileiro a desenvolver um protocolo de trata-mento bucal para esse tipo de paciente. Vindo de todas as partes do Brasil, os casos clínicos apresentam, na maioria das vezes, mandíbula e maxila mal desenvolvidas, dificultando a mastigação. Como existe paralisia do nervo facial, o processo de auto-limpeza da boca é deficiente nestes pacientes, aumen-tando o índice de cáries.

O trabalho dos profissionais do Centro não se limita somente à manutenção da saúde bucal do portador da síndrome. Ações preventivas ligadas ao desenvolvimento e estimulação da musculatura facial, bem como orientação para os pais, são projetos também realizados.  

“A ortopedia funcional tem mostrado bons resultados nos pacientes que estão em tratamento há aproximadamente quatro anos”, diz a professora Marina Magalhães. Ela conta que o grande contingente de pacientes Moebius no CAPE proporciona uma idéia do espectro da síndrome e de como adaptar as técnicas odontológicas nestes casos.

O cuidado com os pacientes portadores dessa deficiência é redobrado na hora de remover uma cárie ou realizar qualquer outro tratamento dentário. Há, na verdade, uma total adaptação das técnicas odontológicas para o paciente especial, uma vez que sua saúde tem características diferentes da saúde de não portadores da síndrome. Mas existe um problema ainda maior: “Os portadores de síndrome de Moebius são pacientes muitas vezes agitados, o que exige um condicionamento psicológico e consultas rápidas”, declara a professora Marina Magalhães.  

Diagnóstico deficiente

Um outro grande problema relacionado aos portadores da síndrome de Moe-bius é a dificuldade em se diagnosticar essa deficiência. Por ter a chamada “face em máscara” desde bebês, e, muitas vezes, paralisia e mau desen-volvimento dos membros, os portado-res são tidos como também deficien-tes mentais, o que dificilmente ocorre de fato. Apesar de portar uma inabili-dade de expressão facial, os portado-res da Síndrome de Moebius possuem, na maioria das vezes, perfeitas capacidades mentais. Dessa forma, além de sofrer com os problemas físicos que a síndrome causa, eles sofrem psico-logicamente com o preconceito da sociedade.

Fonte: Agência Universitária de Notícias

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