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9/5/2025
 
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- Pesquisa
Novos dispositivos anti-ronco e apneia apostam no conforto para evitar o abandono do tratamento

teste

Eficiência não basta para motivar uma pessoa a usar uma máquina ou dispositivo intraoral contra esses distúrbios. Muitos modelos são desconfortáveis, desestimulando o uso contínuo. Um aparelho intraoral testado com sucesso em 57 pacientes no Instituto do Sono de Santos será apresentado pelo professor Marcelo Quintela no CIOSP 2013 – I Congresso Interdisciplinar da APCD, que ocorre entre 31 de janeiro e 03 de fevereiro no Expo Center Norte, em São Paulo.

A apneia e o ronco estão entre os distúrbios respiratórios do sono que mais perturbam as noites dos brasileiros. Motivo de piada e brigas entre casais, o ronco é um ruído causado pelo estreitamento ou obstrução parcial das vias áreas superiores, que acomete cerca de 40% dos homens e 30% das mulheres. Com o relaxamento do sono, quem ronca respira com dificuldade, fazendo o ar passar pela garganta com barulho. Já a apneia se caracteriza por repetidas e breves interrupções na respiração, que podem causar ou agravar doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, arritmias, infartos e insuficiência cardíaca. Sua principal causa é o relaxamento da língua, que tomba e bloqueia a passagem de ar pela garganta. Estudo realizado pela Unifesp estima que, em média, 32,8% dos paulistanos tenham apneia em algum grau.  

Desde os anos 80, existem máquinas e dispositivos intraorais para evitar essas duas desordens. A máquina mais conhecida é o CPAP - Continuous Positive Airway Pressure (fala-se “cepape”), que foi inventada em 1981, pelo médico australiano Colin Sullivan. É uma espécie de compressor, acoplado a uma máscara, que injeta um fluxo de ar no paciente de forma contínua.

Embora tenha salvado muitas vidas, o CPAP possui alguns aspectos desfavoráveis. Movido à eletricidade, não pode ser usado em ônibus, carros e aviões. “Ele também limita os movimentos, pode causar irritação na pele e conjuntivite por escape de ar. Mas a principal queixa é a sensação de claustrofobia”, afirma o professor Marcelo Quintela, titular de Ortodontia dos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Odontologia da Unimes, em Santos. “Por esses motivos, cerca de 60% das pessoas abandonam o tratamento após dois anos de uso”, diz. 

Mestre em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic, ele vai apresentar no CIOSP 2013 – I Congresso Interdisciplinar da APCD um dispositivo intraoral, que idealizou e foi testado com sucesso por 57 pacientes, que dormiram monitorados no Instituto do Sono de Santos. O congresso é promovido pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) e vai ocorrer entre 31 de janeiro a 03 de fevereiro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Dispositivos intraorais

A experiência positiva dos aparelhos intraorais começou a ser documentada seis anos após a criação do CPAP, com a publicação de um artigo científico assinado pelo cirurgião-dentista norte-americano Peter T. George, que descreveu em 1987 o sucesso de um aparelho feito em acrílico em cinco pacientes com apneia do sono. Na verdade, George recuperou uma invenção do pediatra francês Pierre Robin datada de 1905: um aparelho intraoral confeccionado em borracha que foi usado em uma criança que tinha o queixo muito retraído e dificuldades para respirar até acordada. 

Em 1995, a Associação Americana de Medicina do Sono reconheceu o aparelho intraoral como eficaz contra a apneia após a publicação de um artigo de revisão que levantou 21 trabalhos científicos publicados, que descreveram como 320 pacientes se livraram da apneia do sono com esse dispositivo.

Passados 13 anos, a pneumologista Lia Rita Azeredo Bittencourt, do Instituto do Sono de São Paulo, ligado à Unifesp, liderou um estudo de revisão com artigos de todo o mundo, indicando preferencialmente o aparelho intraoral para apneia do sono e ronco em graus leve e moderado e recomendando, de forma secundária, para apneias graves.

A pessoa com problemas de apneia e ronco só pode usar um dispositivo intraoral após receber o diagnóstico do médico. No consultório do cirurgião-dentista é feita a moldagem das arcadas dentárias, que servirão de base para a confecção do aparelho. O profissional faz várias consultas de ajustes no aparelho para mudar a posição da língua em relação à garganta até conseguir a melhor passagem do ar. “Os ajustes só terminam quando o ronco diminui a ponto de não incomodar mais ninguém”, diz Marcelo Quintela.

Aparelhos nacionais custam metade dos importados

Só nos Estados Unidos, existem hoje mais de 300 modelos de dispositivos intraorais diferentes, muitos deles reconhecidos pelo FDA – Food and Drug Administration, a agência reguladora de saúde norte-americana. No Brasil já há modelos patenteados, que podem custar metade dos importados. Alguns deles foram testados em estudos com muitos voluntários. Um importante trabalho científico, publicado em 2010, comprovou a eficácia do BDR – Brazilian Retainer Device, desenvolvido por uma equipe de cirurgiões-dentistas ligados à Unifesp.

No CIOSP 2013, o professor Marcelo Quintela vai apresentar o A-Quality, dispositivo intraoral em acrílico rígido, forrado internamente com um silicone especial produzido na Alemanha para dar mais conforto ao paciente, evitando que o aparelho aperte os dentes ou remova próteses. Patenteado por ele em 2009, o aparelho foi apresentado dois anos depois no Congresso da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO), junto com um estudo realizado com 57 pacientes no Instituto de Sono de Santos. A pesquisa foi publicada na revista do congresso, a Brazilian Oral Research, e conquistou o segundo lugar na categoria de melhor apresentação oral do encontro.          

Fonte: Assessoria de imprensa do CIOSP 2013 – Lu Fernandes Comunicação

Eficiência não basta para motivar uma pessoa a usar uma máquina ou dispositivo intraoral contra esses distúrbios. Muitos modelos são desconfortáveis, desestimulando o uso contínuo. Um aparelho intraoral testado com sucesso em 57 pacientes no Instituto do Sono de Santos será apresentado pelo professor Marcelo Quintela no CIOSP 2013 – I Congresso Interdisciplinar da APCD, que ocorre entre 31 de janeiro e 03 de fevereiro no Expo Center Norte, em São Paulo.

A apneia e o ronco estão entre os distúrbios respiratórios do sono que mais perturbam as noites dos brasileiros. Motivo de piada e brigas entre casais, o ronco é um ruído causado pelo estreitamento ou obstrução parcial das vias áreas superiores, que acomete cerca de 40% dos homens e 30% das mulheres. Com o relaxamento do sono, quem ronca respira com dificuldade, fazendo o ar passar pela garganta com barulho. Já a apneia se caracteriza por repetidas e breves interrupções na respiração, que podem causar ou agravar doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, arritmias, infartos e insuficiência cardíaca. Sua principal causa é o relaxamento da língua, que tomba e bloqueia a passagem de ar pela garganta. Estudo realizado pela Unifesp estima que, em média, 32,8% dos paulistanos tenham apneia em algum grau.  

Desde os anos 80, existem máquinas e dispositivos intraorais para evitar essas duas desordens. A máquina mais conhecida é o CPAP - Continuous Positive Airway Pressure (fala-se “cepape”), que foi inventada em 1981, pelo médico australiano Colin Sullivan. É uma espécie de compressor, acoplado a uma máscara, que injeta um fluxo de ar no paciente de forma contínua.

Embora tenha salvado muitas vidas, o CPAP possui alguns aspectos desfavoráveis. Movido à eletricidade, não pode ser usado em ônibus, carros e aviões. “Ele também limita os movimentos, pode causar irritação na pele e conjuntivite por escape de ar. Mas a principal queixa é a sensação de claustrofobia”, afirma o professor Marcelo Quintela, titular de Ortodontia dos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Odontologia da Unimes, em Santos. “Por esses motivos, cerca de 60% das pessoas abandonam o tratamento após dois anos de uso”, diz. 

Mestre em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic, ele vai apresentar no CIOSP 2013 – I Congresso Interdisciplinar da APCD um dispositivo intraoral, que idealizou e foi testado com sucesso por 57 pacientes, que dormiram monitorados no Instituto do Sono de Santos. O congresso é promovido pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) e vai ocorrer entre 31 de janeiro a 03 de fevereiro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Dispositivos intraorais

A experiência positiva dos aparelhos intraorais começou a ser documentada seis anos após a criação do CPAP, com a publicação de um artigo científico assinado pelo cirurgião-dentista norte-americano Peter T. George, que descreveu em 1987 o sucesso de um aparelho feito em acrílico em cinco pacientes com apneia do sono. Na verdade, George recuperou uma invenção do pediatra francês Pierre Robin datada de 1905: um aparelho intraoral confeccionado em borracha que foi usado em uma criança que tinha o queixo muito retraído e dificuldades para respirar até acordada. 

Em 1995, a Associação Americana de Medicina do Sono reconheceu o aparelho intraoral como eficaz contra a apneia após a publicação de um artigo de revisão que levantou 21 trabalhos científicos publicados, que descreveram como 320 pacientes se livraram da apneia do sono com esse dispositivo.

Passados 13 anos, a pneumologista Lia Rita Azeredo Bittencourt, do Instituto do Sono de São Paulo, ligado à Unifesp, liderou um estudo de revisão com artigos de todo o mundo, indicando preferencialmente o aparelho intraoral para apneia do sono e ronco em graus leve e moderado e recomendando, de forma secundária, para apneias graves.

A pessoa com problemas de apneia e ronco só pode usar um dispositivo intraoral após receber o diagnóstico do médico. No consultório do cirurgião-dentista é feita a moldagem das arcadas dentárias, que servirão de base para a confecção do aparelho. O profissional faz várias consultas de ajustes no aparelho para mudar a posição da língua em relação à garganta até conseguir a melhor passagem do ar. “Os ajustes só terminam quando o ronco diminui a ponto de não incomodar mais ninguém”, diz Marcelo Quintela.

Aparelhos nacionais custam metade dos importados

Só nos Estados Unidos, existem hoje mais de 300 modelos de dispositivos intraorais diferentes, muitos deles reconhecidos pelo FDA – Food and Drug Administration, a agência reguladora de saúde norte-americana. No Brasil já há modelos patenteados, que podem custar metade dos importados. Alguns deles foram testados em estudos com muitos voluntários. Um importante trabalho científico, publicado em 2010, comprovou a eficácia do BDR – Brazilian Retainer Device, desenvolvido por uma equipe de cirurgiões-dentistas ligados à Unifesp.

No CIOSP 2013, o professor Marcelo Quintela vai apresentar o A-Quality, dispositivo intraoral em acrílico rígido, forrado internamente com um silicone especial produzido na Alemanha para dar mais conforto ao paciente, evitando que o aparelho aperte os dentes ou remova próteses. Patenteado por ele em 2009, o aparelho foi apresentado dois anos depois no Congresso da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO), junto com um estudo realizado com 57 pacientes no Instituto de Sono de Santos. A pesquisa foi publicada na revista do congresso, a Brazilian Oral Research, e conquistou o segundo lugar na categoria de melhor apresentação oral do encontro.          

Fonte: Assessoria de imprensa do CIOSP 2013 – Lu Fernandes Comunicação

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