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9/5/2025
 
Matéria

- Geral
Reabilitação Oral de Paciente Irradiado em Cabeça e Pescoço

teste

O tratamento de pessoas com câncer na região de cabeça e pescoço tem grande impacto na qualidade de vida, independente do sucesso da terapia. Além de acometerem áreas anatômicas relacionadas à fala e mastigação, as sequelas do tratamento podem levar a prejuízos sociais e emocionais importantes.

A radioterapia é uma das opções terapêuticas para o câncer de cabeça e pescoço, podendo ser curativa, adjuvante ou paliativa. Apesar dos avanços tecnológicos que permitem a precisa localização do tumor e direcionamento dos feixes radioterápicos, observam-se, ainda hoje, efeitos secundários à radiação como a mucosite, xerostomia, perda do paladar, trismo, cáries, e osteorradionecrose. A cárie dentária pós-radiação é agressiva e de rápida evolução, o que geralmente leva à destruição total da coroa, se não tratada a tempo.

Pacientes submetidos à radioterapia apresentam risco de desenvolver osteoradionecrose, especialmente quando a dose total de radiação excede 60 Gy.  O estabelecimento da osteoradionecrose pode ser espontâneo, mas sabe-se que a exodontia e cirurgias resgate no leito irradiado aumentam o risco do desenvolvimento da osteorradionecrose. Além do trauma, outros fatores relacionados ao maior ou menor risco para o desenvolvimento da osteorradionecrose, são: a dose de irradiação, localização do tumor, comprometimento vascular da área, presença de outras sequelas da radioterapia na boca e hábitos do indivíduo. Por isso, as extrações dentárias em leito irradiado devem ser discutidas com o paciente e os riscos devem ser calculados na medida do possível.

O caso aqui relatado é de um paciente do gênero masculino, 57 anos de idade, tratado de Carcinoma Espino Celular (CEC) de laringe por meio de cirurgia e radioterapia, em 2003. A dose total de radiação recebida foi de 65 Gy, incididos lateralmente à face. Em 2008 o paciente compareceu ao Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE), queixando-se de destruição dos dentes por cárie. Ao exame clínico observamos que o paciente era desdentado superior e que apresentava cárie de radiação nos dez dentes mandibulares remanescentes (Figuras 1, 2 e 3). Consideramos o caso como de risco elevado para o desenvolvimento de osteorradionecrose, e por essa razão optamos por não realizar exodontias nesse paciente. Realizamos então a coronectomia e tratamento endodôntico, em todos os remanescentes. Em seguida, as raízes foram seladas com resina e amálgama, e a reabilitação concluída com a confecção de uma prótese total do tipo “over denture” (Figuras 5 e 6). O acompanhamento do paciente revelou reestabelecimento da função mastigatória, readaptação social e impacto emocional positivo, com grande satisfação do paciente (Figura 4).

 

Fonte: Revista FFO

O tratamento de pessoas com câncer na região de cabeça e pescoço tem grande impacto na qualidade de vida, independente do sucesso da terapia. Além de acometerem áreas anatômicas relacionadas à fala e mastigação, as sequelas do tratamento podem levar a prejuízos sociais e emocionais importantes.

A radioterapia é uma das opções terapêuticas para o câncer de cabeça e pescoço, podendo ser curativa, adjuvante ou paliativa. Apesar dos avanços tecnológicos que permitem a precisa localização do tumor e direcionamento dos feixes radioterápicos, observam-se, ainda hoje, efeitos secundários à radiação como a mucosite, xerostomia, perda do paladar, trismo, cáries, e osteorradionecrose. A cárie dentária pós-radiação é agressiva e de rápida evolução, o que geralmente leva à destruição total da coroa, se não tratada a tempo.

Pacientes submetidos à radioterapia apresentam risco de desenvolver osteoradionecrose, especialmente quando a dose total de radiação excede 60 Gy.  O estabelecimento da osteoradionecrose pode ser espontâneo, mas sabe-se que a exodontia e cirurgias resgate no leito irradiado aumentam o risco do desenvolvimento da osteorradionecrose. Além do trauma, outros fatores relacionados ao maior ou menor risco para o desenvolvimento da osteorradionecrose, são: a dose de irradiação, localização do tumor, comprometimento vascular da área, presença de outras sequelas da radioterapia na boca e hábitos do indivíduo. Por isso, as extrações dentárias em leito irradiado devem ser discutidas com o paciente e os riscos devem ser calculados na medida do possível.

O caso aqui relatado é de um paciente do gênero masculino, 57 anos de idade, tratado de Carcinoma Espino Celular (CEC) de laringe por meio de cirurgia e radioterapia, em 2003. A dose total de radiação recebida foi de 65 Gy, incididos lateralmente à face. Em 2008 o paciente compareceu ao Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE), queixando-se de destruição dos dentes por cárie. Ao exame clínico observamos que o paciente era desdentado superior e que apresentava cárie de radiação nos dez dentes mandibulares remanescentes (Figuras 1, 2 e 3). Consideramos o caso como de risco elevado para o desenvolvimento de osteorradionecrose, e por essa razão optamos por não realizar exodontias nesse paciente. Realizamos então a coronectomia e tratamento endodôntico, em todos os remanescentes. Em seguida, as raízes foram seladas com resina e amálgama, e a reabilitação concluída com a confecção de uma prótese total do tipo “over denture” (Figuras 5 e 6). O acompanhamento do paciente revelou reestabelecimento da função mastigatória, readaptação social e impacto emocional positivo, com grande satisfação do paciente (Figura 4).

 

Fonte: Revista FFO

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