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9/5/2025
 
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Dieta Pré-Histórica

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Ao contrário do que se acreditava, o Paranthropus Robustos, um hominídeo que habitava a Terra há quase 2 milhões de anos e mais conhecido como Australopi-thecus não desapareceu devido à escassez do único alimento que consumia. Uma análise dos restos achados no esmalte de seus dentes serviu para averiguar que esta espécie teve uma dieta muito mais variada e que se adaptava às circunstâncias do ambiente.

Este descobrimento foi possível graças a uma nova técnica denominada ablação a laser, que permite averiguar os isótopos (variações do mesmo átomo) de carbono adsorvidos dos alimentos durante toda a vida de um hominídeo. O esmalte do dente, disposto em camadas, não se decompõe rapidamente e fornece um quadro dinâmico da composição química do hominídeo. As substâncias químicas encontradas em qualquer animal provêem do que ele ingere, como os vegetais. Temos que destacar que os isótopos são diferentes conforme o alimento que foi ingerido. 

A investigação, publicada no início de novembro pela revista “Science”, foi realizada por cientistas da Universidade do Colorado (EUA), comandados por Matt Sponheimer, do Departa-mento de Antropologia, e focou em quatro dentes fossilizados achados em Swartkrans. Esse famoso e importante sítio arqueológico localizado na África do Sul é considerado por muitos “o berço da Humanidade” devido ao grande número de fósseis de humanídeos achados lá desde os anos 30 do século XX.


Mapa de sítios arqueológicos africanos 

Extinção 

A teoria mais aceita até hoje é que o Paranthropus Robustos surgiu há mais de 2 milhões de anos e depois de 800 mil anos extinguiu-se, pois diferente do Homo Erectus, dotado de maior inteligência e que utilizava ferramentas, o Paranthropus Robustos teria ficado sem comida quando grandes períodos de seca atingiram a savana africana. A seca teria eliminado a existência de seu único alimento: vegetais resistentes (duros) de baixo valor nutritivo. Isso, aliado à falta de habilidade no manejo de ferramentas, teria sido os principais causadores do ocaso da espécie.

Outro fator que contribuía para essa tese era a formação de sua estrutura facial: mandíbula de tamanho grande, muscu-latura extremamente forte e a presença de grandes molares com esmalte dental espesso. Segundo os experts, essa estrutura remete exatamente ao tipo de alimentação do Paranthropus. O próprio Sponheimer chegou a chamar esses hominídeos de “verdadeiras máquinas de mastigação”.

O novo estudo contradisse essa hipótese. Raspando o esmalte dental dos dentes de mais de 1,8 milhão de anos, os investigadores comprovaram que estes hominídeos comiam raízes sim, mas também sementes, gramíneas, frutas, nozes, tubérculos, juncos, arbustos e possivelmente animais herbí-voros. Inclusive, foi possível averiguar que a dieta variava entre um mês e outro, como também entre um ano e outro. “Estas trocas de hábitos podem ser em decorrência da locomoção dos Paranthropus entre áreas florestais ricas em frutos, a savana, os prados e zonas próximas a rios”, argumenta o paleontólogo norte-americano. Em relação à descoberta de que havia variações de alimentação anuais, Sponheimer afirma que talvez a escassez de chuvas fosse a razão para consumirem alimentos que não estavam entre seus preferidos. 

O pesquisador americano conclui que, mais preponderante para a extinção da espécie que o tipo de alimentação do hominídeo, deve ter sido a disparidade de inteligência e a competição com outros hominídeos. Mas, ainda continuam a ser apenas especulações.

Ao contrário do que se acreditava, o Paranthropus Robustos, um hominídeo que habitava a Terra há quase 2 milhões de anos e mais conhecido como Australopi-thecus não desapareceu devido à escassez do único alimento que consumia. Uma análise dos restos achados no esmalte de seus dentes serviu para averiguar que esta espécie teve uma dieta muito mais variada e que se adaptava às circunstâncias do ambiente.

Este descobrimento foi possível graças a uma nova técnica denominada ablação a laser, que permite averiguar os isótopos (variações do mesmo átomo) de carbono adsorvidos dos alimentos durante toda a vida de um hominídeo. O esmalte do dente, disposto em camadas, não se decompõe rapidamente e fornece um quadro dinâmico da composição química do hominídeo. As substâncias químicas encontradas em qualquer animal provêem do que ele ingere, como os vegetais. Temos que destacar que os isótopos são diferentes conforme o alimento que foi ingerido. 

A investigação, publicada no início de novembro pela revista “Science”, foi realizada por cientistas da Universidade do Colorado (EUA), comandados por Matt Sponheimer, do Departa-mento de Antropologia, e focou em quatro dentes fossilizados achados em Swartkrans. Esse famoso e importante sítio arqueológico localizado na África do Sul é considerado por muitos “o berço da Humanidade” devido ao grande número de fósseis de humanídeos achados lá desde os anos 30 do século XX.


Mapa de sítios arqueológicos africanos 

Extinção 

A teoria mais aceita até hoje é que o Paranthropus Robustos surgiu há mais de 2 milhões de anos e depois de 800 mil anos extinguiu-se, pois diferente do Homo Erectus, dotado de maior inteligência e que utilizava ferramentas, o Paranthropus Robustos teria ficado sem comida quando grandes períodos de seca atingiram a savana africana. A seca teria eliminado a existência de seu único alimento: vegetais resistentes (duros) de baixo valor nutritivo. Isso, aliado à falta de habilidade no manejo de ferramentas, teria sido os principais causadores do ocaso da espécie.

Outro fator que contribuía para essa tese era a formação de sua estrutura facial: mandíbula de tamanho grande, muscu-latura extremamente forte e a presença de grandes molares com esmalte dental espesso. Segundo os experts, essa estrutura remete exatamente ao tipo de alimentação do Paranthropus. O próprio Sponheimer chegou a chamar esses hominídeos de “verdadeiras máquinas de mastigação”.

O novo estudo contradisse essa hipótese. Raspando o esmalte dental dos dentes de mais de 1,8 milhão de anos, os investigadores comprovaram que estes hominídeos comiam raízes sim, mas também sementes, gramíneas, frutas, nozes, tubérculos, juncos, arbustos e possivelmente animais herbí-voros. Inclusive, foi possível averiguar que a dieta variava entre um mês e outro, como também entre um ano e outro. “Estas trocas de hábitos podem ser em decorrência da locomoção dos Paranthropus entre áreas florestais ricas em frutos, a savana, os prados e zonas próximas a rios”, argumenta o paleontólogo norte-americano. Em relação à descoberta de que havia variações de alimentação anuais, Sponheimer afirma que talvez a escassez de chuvas fosse a razão para consumirem alimentos que não estavam entre seus preferidos. 

O pesquisador americano conclui que, mais preponderante para a extinção da espécie que o tipo de alimentação do hominídeo, deve ter sido a disparidade de inteligência e a competição com outros hominídeos. Mas, ainda continuam a ser apenas especulações.

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