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9/5/2025
 
Matéria

- Geral
A morte de menina de 3 anos após extração.

teste

Após procedimento garotinha entra em coma e morre 5 dias depois. Anestésico proibido pode ser causa.

Tudo começou numa sexta-feira, dia 15 de dezembro de 2006. A garotinha de apenas 3 anos Milena Cristina da Silva Santos estava com dor de dentes. Sua mãe resolveu levá-la ao dentista. Escolheu a unidade de São Bernardo do Campo da Sorrident’s – Assistência Odontológica, clínica atuante há mais de 11 anos e com mais de 30 unidades espalhadas pelo estado de São Paulo. Chegando lá, a profissional que a atendeu constatou a necessidade de se efetuar uma extração. Por se tratar de uma criança, achou melhor utilizar o óxido nitroso. Porém, não achando suficiente, aplicou, segundo a mãe de Milena, 4 ampolas de anestésico. Detalhe: o produto utilizado, o Lidostesim, teve o comércio e o uso de todos os lotes suspensos pela Anvisa desde o final de novembro. Clique aqui e veja a resolução oficial publicada no Diário Oficial em 24 de novembro e disponibilizada no site da Anvisa. No dia 16 do mesmo mês, a Anvisa já havia proibido o uso de dois lotes dos anestésicos Lidostesim (confira aqui). Outro detalhe: segundo especialistas, a dose recomendada a uma criança de apenas 3 anos, como Milena, é de no máximo duas ampolas. O Lidostesim é fabricado pela Probem, que pertence ao grupo Dentsply.


Produto proibido

Após esse procedimento, a garota começou a ter convulsões e foi levada ao hospital. Permaneceu em coma por 5 dias e veio a falecer. Situação difícil... Todos os lados, clínica, dentista e fabricante do anestésico alegam estar isentos de culpa.

A dona da clínica se defendeu alegando que os procedimentos de atendimento foram feitos corretamente. Sobre a utilização de um anestésico cuja venda foi suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a advogada da Sorridents alegou que o consultório não foi avisado sobre a suspensão do anestésico Lidostesim. Clique aqui e veja o comunicado oficial da clínica.

A advogada da dentista apresentou, ainda, documentos que comprovam que havia equipamento para que os primeiros-socorros fossem prestados à Milena hora que ela passou mal.

A fabricante do Lidostesim também se defendeu por meio de um comunicado. A Dentsply alega que a clínica sabia da proibição do uso do anestésico, e que o produto utilizado nem mesmo tinha sido o proibido. Clique aqui e veja a íntegra dessa nota.

O caso está sendo investigado pela justiça. 

Um lado positivo

Apesar da trágica morte de Milena, um lado positivo emergiu de toda essa história. Como Milena teve morte cerebral, seus órgãos podiam ser doados e sua família autorizou a doação. Dia 21, o fígado da menina foi transplantado em uma cirurgia de mais de 10 horas de duração para um menino paulistano de um ano e meio. O garotinho, chamado Gabriel,  foi internado na Santa Casa de São Paulo há cinco dias, com um quadro raro conhecido como "hepatite fulminante". Caso não recebesse um novo órgão ele poderia morrer em dois dias. Agora, ele se recupera muito bem.

Outras duas pessoas receberam os rins de Milena e também passam bem. Infelizmente o coração e os pulmões não puderam ser transplantados devido à falta de incompatibilidade com as pessoas da fila do transplante.

Após procedimento garotinha entra em coma e morre 5 dias depois. Anestésico proibido pode ser causa.

Tudo começou numa sexta-feira, dia 15 de dezembro de 2006. A garotinha de apenas 3 anos Milena Cristina da Silva Santos estava com dor de dentes. Sua mãe resolveu levá-la ao dentista. Escolheu a unidade de São Bernardo do Campo da Sorrident’s – Assistência Odontológica, clínica atuante há mais de 11 anos e com mais de 30 unidades espalhadas pelo estado de São Paulo. Chegando lá, a profissional que a atendeu constatou a necessidade de se efetuar uma extração. Por se tratar de uma criança, achou melhor utilizar o óxido nitroso. Porém, não achando suficiente, aplicou, segundo a mãe de Milena, 4 ampolas de anestésico. Detalhe: o produto utilizado, o Lidostesim, teve o comércio e o uso de todos os lotes suspensos pela Anvisa desde o final de novembro. Clique aqui e veja a resolução oficial publicada no Diário Oficial em 24 de novembro e disponibilizada no site da Anvisa. No dia 16 do mesmo mês, a Anvisa já havia proibido o uso de dois lotes dos anestésicos Lidostesim (confira aqui). Outro detalhe: segundo especialistas, a dose recomendada a uma criança de apenas 3 anos, como Milena, é de no máximo duas ampolas. O Lidostesim é fabricado pela Probem, que pertence ao grupo Dentsply.


Produto proibido

Após esse procedimento, a garota começou a ter convulsões e foi levada ao hospital. Permaneceu em coma por 5 dias e veio a falecer. Situação difícil... Todos os lados, clínica, dentista e fabricante do anestésico alegam estar isentos de culpa.

A dona da clínica se defendeu alegando que os procedimentos de atendimento foram feitos corretamente. Sobre a utilização de um anestésico cuja venda foi suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a advogada da Sorridents alegou que o consultório não foi avisado sobre a suspensão do anestésico Lidostesim. Clique aqui e veja o comunicado oficial da clínica.

A advogada da dentista apresentou, ainda, documentos que comprovam que havia equipamento para que os primeiros-socorros fossem prestados à Milena hora que ela passou mal.

A fabricante do Lidostesim também se defendeu por meio de um comunicado. A Dentsply alega que a clínica sabia da proibição do uso do anestésico, e que o produto utilizado nem mesmo tinha sido o proibido. Clique aqui e veja a íntegra dessa nota.

O caso está sendo investigado pela justiça. 

Um lado positivo

Apesar da trágica morte de Milena, um lado positivo emergiu de toda essa história. Como Milena teve morte cerebral, seus órgãos podiam ser doados e sua família autorizou a doação. Dia 21, o fígado da menina foi transplantado em uma cirurgia de mais de 10 horas de duração para um menino paulistano de um ano e meio. O garotinho, chamado Gabriel,  foi internado na Santa Casa de São Paulo há cinco dias, com um quadro raro conhecido como "hepatite fulminante". Caso não recebesse um novo órgão ele poderia morrer em dois dias. Agora, ele se recupera muito bem.

Outras duas pessoas receberam os rins de Milena e também passam bem. Infelizmente o coração e os pulmões não puderam ser transplantados devido à falta de incompatibilidade com as pessoas da fila do transplante.

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