testeImplantes são fixados no osso zigomático, que fica na região abaixo dos olhos. Eles irão sustentar uma estrutura metálica, que irá acomodar a prótese. Toda a região passa por reconstituição por meio de resina acrílica e dentes artificiais, sendo que a gengiva é refeita
Pessoas portadoras de fissura de lábio e palato já podem se submeter a uma cirurgia que lhes devolve os dentes e a harmonia facial em ape-nas 48 horas. Trata-se do implante zigomático com carga imediata que, pela primeira vez no Brasil, está sendo feito em pacientes fissurados.
O cirurgião-dentista José Fernando Scarelli Lopes, que também é pro-fessor do Departamento de Prótese e Implante do Hospital de Reabilitação de Anomalias Cranio-faciais da USP (Centrinho) em Bauru, explica que os portadores de fissura de lábio e palato em geral apresentam baixo desen-volvimento das maxilas, ossos que compõem o maxilar e que suportam os dentes superiores. "Devido a esse problema, não há como ancorar implantes dentários nas maxilas. A solução é fixar o implante no osso zigomático, uma estrutura que fica abaixo dos olhos popularmente conhecida como 'maçã do rosto'", explica o professor.
Ao todo, são fixados quatro implantes, com aproximadamente 50 milímetros de comprimento cada um, sendo dois de cada lado do rosto, e implantes adicionais quando possível. Esses implantes irão sustentar uma estrutura metálica que tem a forma de um arco. É justamente este arco que irá acomodar a prótese dentária. "Após a fixação da estrutura, toda a região é reconstituída por meio de resina acrílica e dentes artificiais. Inclusive a gengiva é refeita, possibilitando ao paciente a total recuperação estética", conta Lopes.

Resultado de implante zigomático
O professor lembra que um dos principais problemas de pessoas portadoras de fissura de lábio e palato é a questão psicológica em decorrência da estética. "Esta técnica possibilita a total recuperação, o que permite dar uma nova vida ao paciente facilitando sua reintegração social", garante o professor. Ele conta que, até o momento, somente duas pessoas passaram pela cirurgia. "A última foi há cerca de nove meses e o paciente já havia passado por diversas tentativas de reabilitação oral. Somente com o implante zigomático é que ele obteve a total recuperação", lembra Lopes.
A técnica
O professor esclarece que o implante zigomático não é uma técnica inédita no Brasil, porém, em pacientes fissurados são as duas únicas operações até o momento. A técnica foi desen-volvida pelo professor sueco P.I. Branemark, que atualmente reside em Bauru.

Professosr Branemark, o "papa" do implante
O processo envolvendo a cirurgia e a recuperação do paciente dura, em média, 48 horas. Antes de se realizar os procedimentos cirúrgicos e protéticos deve se realizar um cuidadoso planejamento que incluem moldagem dos arcos, tomografia computadorizada que possibilitará a construção de um protótipo da área a ser operada. "Para possibilitar as etapas cirúrgica e protética, guias são confeccionados em resina acrílica para estabelecer as relações maxilo-mandibulares da futura prótese. Depois de 48 horas, é instalada a prótese e o paciente tem de volta sua vida totalmente normalizada."
Lopes lembra que atualmente já existem cerca de 50 pacientes aguardando o mo-mento de realizar o implante zigomático no Hospital de Reabilitação de Anomalias Cra-niofaciais. "Como este tipo de procedimento envolve um planejamento complexo, esta-mos nos programando para torná-lo mais rotineiro, o que nos possibilitará uma ou duas cirurgias por mês”.
Os estudos para o implante zigomático em fissurados contaram com a colaboração do professor João Henrique Nogueira Pinto, do HRAC-USP, e dos professores Luis Eduardo Marques Padovan, Hugo Nari Filho e Walter da Silva Jr., ambos da Universidade do Sagrado Coração (USC) de Bauru.
Fonte: Agência USP
Implantes são fixados no osso zigomático, que fica na região abaixo dos olhos. Eles irão sustentar uma estrutura metálica, que irá acomodar a prótese. Toda a região passa por reconstituição por meio de resina acrílica e dentes artificiais, sendo que a gengiva é refeita
Pessoas portadoras de fissura de lábio e palato já podem se submeter a uma cirurgia que lhes devolve os dentes e a harmonia facial em ape-nas 48 horas. Trata-se do implante zigomático com carga imediata que, pela primeira vez no Brasil, está sendo feito em pacientes fissurados.
O cirurgião-dentista José Fernando Scarelli Lopes, que também é pro-fessor do Departamento de Prótese e Implante do Hospital de Reabilitação de Anomalias Cranio-faciais da USP (Centrinho) em Bauru, explica que os portadores de fissura de lábio e palato em geral apresentam baixo desen-volvimento das maxilas, ossos que compõem o maxilar e que suportam os dentes superiores. "Devido a esse problema, não há como ancorar implantes dentários nas maxilas. A solução é fixar o implante no osso zigomático, uma estrutura que fica abaixo dos olhos popularmente conhecida como 'maçã do rosto'", explica o professor.
Ao todo, são fixados quatro implantes, com aproximadamente 50 milímetros de comprimento cada um, sendo dois de cada lado do rosto, e implantes adicionais quando possível. Esses implantes irão sustentar uma estrutura metálica que tem a forma de um arco. É justamente este arco que irá acomodar a prótese dentária. "Após a fixação da estrutura, toda a região é reconstituída por meio de resina acrílica e dentes artificiais. Inclusive a gengiva é refeita, possibilitando ao paciente a total recuperação estética", conta Lopes.

Resultado de implante zigomático
O professor lembra que um dos principais problemas de pessoas portadoras de fissura de lábio e palato é a questão psicológica em decorrência da estética. "Esta técnica possibilita a total recuperação, o que permite dar uma nova vida ao paciente facilitando sua reintegração social", garante o professor. Ele conta que, até o momento, somente duas pessoas passaram pela cirurgia. "A última foi há cerca de nove meses e o paciente já havia passado por diversas tentativas de reabilitação oral. Somente com o implante zigomático é que ele obteve a total recuperação", lembra Lopes.
A técnica
O professor esclarece que o implante zigomático não é uma técnica inédita no Brasil, porém, em pacientes fissurados são as duas únicas operações até o momento. A técnica foi desen-volvida pelo professor sueco P.I. Branemark, que atualmente reside em Bauru.

Professosr Branemark, o "papa" do implante
O processo envolvendo a cirurgia e a recuperação do paciente dura, em média, 48 horas. Antes de se realizar os procedimentos cirúrgicos e protéticos deve se realizar um cuidadoso planejamento que incluem moldagem dos arcos, tomografia computadorizada que possibilitará a construção de um protótipo da área a ser operada. "Para possibilitar as etapas cirúrgica e protética, guias são confeccionados em resina acrílica para estabelecer as relações maxilo-mandibulares da futura prótese. Depois de 48 horas, é instalada a prótese e o paciente tem de volta sua vida totalmente normalizada."
Lopes lembra que atualmente já existem cerca de 50 pacientes aguardando o mo-mento de realizar o implante zigomático no Hospital de Reabilitação de Anomalias Cra-niofaciais. "Como este tipo de procedimento envolve um planejamento complexo, esta-mos nos programando para torná-lo mais rotineiro, o que nos possibilitará uma ou duas cirurgias por mês”.
Os estudos para o implante zigomático em fissurados contaram com a colaboração do professor João Henrique Nogueira Pinto, do HRAC-USP, e dos professores Luis Eduardo Marques Padovan, Hugo Nari Filho e Walter da Silva Jr., ambos da Universidade do Sagrado Coração (USC) de Bauru.
Fonte: Agência USP