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9/5/2025
 
Artigo

- Geral
A Abordagem Homeopática e o Medo de ir ao Consultório Dentário

teste

Analisando o decálogo de orientações publicada pela ADA – American Dental Association (dentro de uma visão homeopática aplicada a Odontologia), orientando o cirurgião dentista no ma-nejo da ansiedade e do medo dos pa-cientes, alguns com receio moderado e outros com quadros típicos de pânico, diante de uma necessidade de um atendimento odontológico, e que nos motivou a apresentar e divulgar a abordagem da Homeopatia, como um recurso terapêutico no atendimento a pacientes.

Para a homeopatia, além das constatações e dos exames realizados a partir de uma anamnese, investigar detalhadamente o paciente através de suas queixas, para saber precisamente em que situações ele se difere dos outros que possuem o mesmo diagnóstico clínico, mas que faz deste enfermo um indivíduo em particular.

Aqui está a grande diferença, entre as terapêuticas, pois, enquanto uma generaliza todos os casos e os classifica em grandes categorias, a homeopatia individualiza cada caso, por-que possui meios próprios que lhe permitem isso.

Para o Homeopata, o mais importante é o interrogatório feito ao enfermo, tanto é que Hahnemann, no Organon da arte de curar (Livro de Filosofia e Doutrina Homeopática) dedica 37 parágrafos a este tema.  

  
Hahnemann

O interrogatório deve ser metódico, devendo-se evitar per-guntas diretas, que forcem respostas como um sim ou um não, deve evitar também a indução de resposta ou perguntas que obriguem escolha entre alternativas, deixando o paciente completamente livre para sua resposta. A linguagem usada pelo profissional deve ser bastante acessível.

O profissional deve também falar o menos possível, apenas o necessário, só para deixar o paciente mais à vontade, procurando entender o seu medo ou qualquer outra mani-festação. Deve ainda  cuidar, de não dirigir as perguntas por um caminho que leve a uma determinada resposta, induzindo a eleger um medicamento, e que muitas vezes não apresenta simi-litude com o indivíduo.

É comum os pacientes questionarem sobre as perguntas que se faz, pois aqueles que estão conhecendo a homeopatia, não estão acos-tumados com profissionais, em especial cirur-giões-dentistas, que façam perguntas como:

-Certas pessoas sofrem quando suas coisas não estão meticulosamente em ordem, e você?
- Como você suporta a espera?

Não é comum o profissional querer saber com tanto interesse, sobre a vida em família, no trabalho, seu comportamento, caráter e etc...

As perguntas que se fazem podem estar como que agrupadas em: 

Sintomas Mentais:
Ou seja, perguntas que forneçam como respostas a maneira como reagem às suas emoções, alegrias e tristezas, preocu-pações, ciúmes, medos, humor, contrariedades e etc... 

Sintomas Gerais:
Nos dão conta do indivíduo todo, com suas reações a todas as influências externas: calor, frio, movimento, correntes de ar, etc... 

Sintomas Locais:
Importantíssimos por serem manifestações, formas e sensações peculiares do sentir de cada um. 

Se as respostas obtidas satisfazem plenamente, caracterizando o indivíduo em questão, se parte então para a repertorização, ou seja, procurar no Repertório, os medicamentos que podem ter estes sintomas.

Repertório significa lista, catálogo, coleção; é portanto um índice de sintomas, organizados para uma consulta rápida, onde todos os medicamentos que possuem os mesmos sintomas se agrupam.

Se  for encontrado um medicamento que se repete com mais freqüência, relacionados aos sintomas fornecidos pelo paciente, este será o medicamento que provavelmente, mais se adequa a ele.

Como já dissemos anteriormente, faz parte de nossa formação vermos o paciente dividido e assim sendo, caminharmos pelo imediatismo, tentando resolver apenas o problema que se apresenta.

Entre nós, cirurgiões-dentistas, a prática que mais comumente encontramos é o organicismo. Então acaba-se, por exemplo, usando-se medicamentos com indicação para essa ou aquela patologia, mas se ao invés disso, tivermos a possibilidade de uma consulta com o interrogatório completo, com certeza traremos muito mais benefícios a esta pessoa que pode ter uma melhora geral e não só uma solução paliativa para um problema do momento.

E é por esse motivo que comumente ouvimos: "A homeopatia não trata a doença, mas sim o doente"; acontece que pessoas que passam por um mesmo distúrbio acabam tomando medi-cações diferentes, ou seja, medicações que se assemelham mais aos quadros apresentados.


Organon - o livro doutrinário da homeopatia.

Cada um de nós passa por problemas e os vive a sua maneira, é por isso que vemos pessoas sofrerem por coisas que consi-deramos pequenas e outros passam por problemas considerados bem mais sérios, como se nada estivesse acontecendo. Isso é devido a uma sensibilidade própria de cada um, chamada de Idiossincrasia que encontramos definido no dicionário Aurélio da Língua Portuguesa como sendo "a maneira de ver, sentir e reagir, própria de cada um".

Através das informações elaboradas através do decálogo, se faz um exercício de como pode se modalizar os sintomas dos pacientes diante do medo de ir ao consultório dentário, dentro de uma abordagem homeopática. 

1- Quanto ao receio, a ansiedade, a tensão, onde o paciente expressa seus temores e angústias, procura-se compreender esta ansiedade, como se manifesta, em quais períodos do dia, se por transtornos por antecipação antecedendo o atendimento, se a ansiedade é devido a dor, se com medo, por ruído, se por preocupação acerca de sua saúde, se acompanhada de uma expressão facial ansiosa com transpiração na face. Pela angús-tia, se acompanhada de choro com lamentos e gemidos, com tremores, e também em determinados períodos do dia. Pelo pavor, percebendo sua apreensão e temor com medo de ir ao dentista, de sentir dores, de ser tocado, machucado, de operação, de coisas pontiagudas, de contágio (doenças conta-giosas), de doença iminente, de que algo vá acontecer.

2 - Procure não marcar horários de consultas em épocas que você esteja estressado e preferencialmente agende consultas pela manhã, procura-se compreender os sintomas do paciente através de seu cansaço geral, fadiga, em determinados períodos do dia, por trabalhar, cansaço da vida, se seu humor é melhor pela manhã e assim se tornar mais colaborativo com o tratamento.

3 - Poderá também visitar o cirurgião dentista acompanhado de um parente ou de um amigo, para se sentir mais confiante e amparado, demonstrando assim o seu desejo de companhia e medo de ficar sozinho.

4 - Tente identificar a origem de seu medo e de seus receios. Se é trauma de infância ou pavor do barulho. Através deste sintomas, tentará se investigar possíveis situações de trans-tornos por choque, pela hipersensibilidade a ruídos agudos (alta-rotação) e por medo.

5 - ... procure usar roupas mais confortáveis, evitando a utilização de blusas justas no pescoço e colarinhos apertados, o que demonstraria a melhora do paciente afrouxando as roupas e agravando toda sua sintomatologia com roupas justas e sob pressão das mesmas.

6 - Se possível faça consultas de curta duração, o que poderia também denotar uma certa impaciência do paciente, em determinados períodos do dia, por dor, sentado, com agitação, situações que diferenciam-se de paciente para paciente.

7 - Fique calmo, procure relaxar durante o tratamento. Imagine que esteja frente a uma cena ou paisagem bastante agradável. Lembre-se de situações alegres que ocorreram ou que virão a ocorrer, esta situação se contada pelo paciente, nos mostraria situações onde ilusões ou visões de paisagens bonitas, pensamentos alegres e maravilhosos, apresentaria sensações descritas pelos pacientes de melhora de seu humor ou queixas orgânicas.

8 - Respire de forma profunda e compassadamente, contando suas respirações, aqui estará descrito um sensação de melhora da sintomatologia por uma respiração profunda, ou mesmo em ambientes arejados, ao ar livre, agravando seus sintomas em locais fechados.

9 - O medo do desconhecido aumenta sua tensão emocional. Procure discutir e conversar com o profissional..., situação que descreve a apreensão diante de coisas novas, de sofrer, da desconfiança em relação a um ato operatório a que será submetido, necessitando ser esclarecido e orientado.

10 - Quando terminar a consulta, deverá sentir-se orgulhoso de si mesmo por ter conseguido superar a sua crise de temor e de ter colaborado com o profissional. Orgulhoso e contente consigo mesmo, esquecendo seus males e dores, satisfeito pela conquista. 

Toda esta avaliação sintomática, tem o objetivo maior de compreender e entender as diferentes maneiras como cada paciente adoece, tornando-o único e especial, para que se possa oferecer o melhor de nossa técnica, e na necessidade de uma prescrição, eleger o medicamento mais indicado a ele, fazendo do profissional que pratica a Homeopatia a oportunidade de realizar um exercício de relação paciente-profissional diferenciada.

Autores:
Mario S. Giorgimsgiorgi@abcdh.org.br
Jussara Jorge Giorgijussara@abcdh.org.br

Fonte: Texto originalmente publicado no site Syntonia Alternativa.

Analisando o decálogo de orientações publicada pela ADA – American Dental Association (dentro de uma visão homeopática aplicada a Odontologia), orientando o cirurgião dentista no ma-nejo da ansiedade e do medo dos pa-cientes, alguns com receio moderado e outros com quadros típicos de pânico, diante de uma necessidade de um atendimento odontológico, e que nos motivou a apresentar e divulgar a abordagem da Homeopatia, como um recurso terapêutico no atendimento a pacientes.

Para a homeopatia, além das constatações e dos exames realizados a partir de uma anamnese, investigar detalhadamente o paciente através de suas queixas, para saber precisamente em que situações ele se difere dos outros que possuem o mesmo diagnóstico clínico, mas que faz deste enfermo um indivíduo em particular.

Aqui está a grande diferença, entre as terapêuticas, pois, enquanto uma generaliza todos os casos e os classifica em grandes categorias, a homeopatia individualiza cada caso, por-que possui meios próprios que lhe permitem isso.

Para o Homeopata, o mais importante é o interrogatório feito ao enfermo, tanto é que Hahnemann, no Organon da arte de curar (Livro de Filosofia e Doutrina Homeopática) dedica 37 parágrafos a este tema.  

  
Hahnemann

O interrogatório deve ser metódico, devendo-se evitar per-guntas diretas, que forcem respostas como um sim ou um não, deve evitar também a indução de resposta ou perguntas que obriguem escolha entre alternativas, deixando o paciente completamente livre para sua resposta. A linguagem usada pelo profissional deve ser bastante acessível.

O profissional deve também falar o menos possível, apenas o necessário, só para deixar o paciente mais à vontade, procurando entender o seu medo ou qualquer outra mani-festação. Deve ainda  cuidar, de não dirigir as perguntas por um caminho que leve a uma determinada resposta, induzindo a eleger um medicamento, e que muitas vezes não apresenta simi-litude com o indivíduo.

É comum os pacientes questionarem sobre as perguntas que se faz, pois aqueles que estão conhecendo a homeopatia, não estão acos-tumados com profissionais, em especial cirur-giões-dentistas, que façam perguntas como:

-Certas pessoas sofrem quando suas coisas não estão meticulosamente em ordem, e você?
- Como você suporta a espera?

Não é comum o profissional querer saber com tanto interesse, sobre a vida em família, no trabalho, seu comportamento, caráter e etc...

As perguntas que se fazem podem estar como que agrupadas em: 

Sintomas Mentais:
Ou seja, perguntas que forneçam como respostas a maneira como reagem às suas emoções, alegrias e tristezas, preocu-pações, ciúmes, medos, humor, contrariedades e etc... 

Sintomas Gerais:
Nos dão conta do indivíduo todo, com suas reações a todas as influências externas: calor, frio, movimento, correntes de ar, etc... 

Sintomas Locais:
Importantíssimos por serem manifestações, formas e sensações peculiares do sentir de cada um. 

Se as respostas obtidas satisfazem plenamente, caracterizando o indivíduo em questão, se parte então para a repertorização, ou seja, procurar no Repertório, os medicamentos que podem ter estes sintomas.

Repertório significa lista, catálogo, coleção; é portanto um índice de sintomas, organizados para uma consulta rápida, onde todos os medicamentos que possuem os mesmos sintomas se agrupam.

Se  for encontrado um medicamento que se repete com mais freqüência, relacionados aos sintomas fornecidos pelo paciente, este será o medicamento que provavelmente, mais se adequa a ele.

Como já dissemos anteriormente, faz parte de nossa formação vermos o paciente dividido e assim sendo, caminharmos pelo imediatismo, tentando resolver apenas o problema que se apresenta.

Entre nós, cirurgiões-dentistas, a prática que mais comumente encontramos é o organicismo. Então acaba-se, por exemplo, usando-se medicamentos com indicação para essa ou aquela patologia, mas se ao invés disso, tivermos a possibilidade de uma consulta com o interrogatório completo, com certeza traremos muito mais benefícios a esta pessoa que pode ter uma melhora geral e não só uma solução paliativa para um problema do momento.

E é por esse motivo que comumente ouvimos: "A homeopatia não trata a doença, mas sim o doente"; acontece que pessoas que passam por um mesmo distúrbio acabam tomando medi-cações diferentes, ou seja, medicações que se assemelham mais aos quadros apresentados.


Organon - o livro doutrinário da homeopatia.

Cada um de nós passa por problemas e os vive a sua maneira, é por isso que vemos pessoas sofrerem por coisas que consi-deramos pequenas e outros passam por problemas considerados bem mais sérios, como se nada estivesse acontecendo. Isso é devido a uma sensibilidade própria de cada um, chamada de Idiossincrasia que encontramos definido no dicionário Aurélio da Língua Portuguesa como sendo "a maneira de ver, sentir e reagir, própria de cada um".

Através das informações elaboradas através do decálogo, se faz um exercício de como pode se modalizar os sintomas dos pacientes diante do medo de ir ao consultório dentário, dentro de uma abordagem homeopática. 

1- Quanto ao receio, a ansiedade, a tensão, onde o paciente expressa seus temores e angústias, procura-se compreender esta ansiedade, como se manifesta, em quais períodos do dia, se por transtornos por antecipação antecedendo o atendimento, se a ansiedade é devido a dor, se com medo, por ruído, se por preocupação acerca de sua saúde, se acompanhada de uma expressão facial ansiosa com transpiração na face. Pela angús-tia, se acompanhada de choro com lamentos e gemidos, com tremores, e também em determinados períodos do dia. Pelo pavor, percebendo sua apreensão e temor com medo de ir ao dentista, de sentir dores, de ser tocado, machucado, de operação, de coisas pontiagudas, de contágio (doenças conta-giosas), de doença iminente, de que algo vá acontecer.

2 - Procure não marcar horários de consultas em épocas que você esteja estressado e preferencialmente agende consultas pela manhã, procura-se compreender os sintomas do paciente através de seu cansaço geral, fadiga, em determinados períodos do dia, por trabalhar, cansaço da vida, se seu humor é melhor pela manhã e assim se tornar mais colaborativo com o tratamento.

3 - Poderá também visitar o cirurgião dentista acompanhado de um parente ou de um amigo, para se sentir mais confiante e amparado, demonstrando assim o seu desejo de companhia e medo de ficar sozinho.

4 - Tente identificar a origem de seu medo e de seus receios. Se é trauma de infância ou pavor do barulho. Através deste sintomas, tentará se investigar possíveis situações de trans-tornos por choque, pela hipersensibilidade a ruídos agudos (alta-rotação) e por medo.

5 - ... procure usar roupas mais confortáveis, evitando a utilização de blusas justas no pescoço e colarinhos apertados, o que demonstraria a melhora do paciente afrouxando as roupas e agravando toda sua sintomatologia com roupas justas e sob pressão das mesmas.

6 - Se possível faça consultas de curta duração, o que poderia também denotar uma certa impaciência do paciente, em determinados períodos do dia, por dor, sentado, com agitação, situações que diferenciam-se de paciente para paciente.

7 - Fique calmo, procure relaxar durante o tratamento. Imagine que esteja frente a uma cena ou paisagem bastante agradável. Lembre-se de situações alegres que ocorreram ou que virão a ocorrer, esta situação se contada pelo paciente, nos mostraria situações onde ilusões ou visões de paisagens bonitas, pensamentos alegres e maravilhosos, apresentaria sensações descritas pelos pacientes de melhora de seu humor ou queixas orgânicas.

8 - Respire de forma profunda e compassadamente, contando suas respirações, aqui estará descrito um sensação de melhora da sintomatologia por uma respiração profunda, ou mesmo em ambientes arejados, ao ar livre, agravando seus sintomas em locais fechados.

9 - O medo do desconhecido aumenta sua tensão emocional. Procure discutir e conversar com o profissional..., situação que descreve a apreensão diante de coisas novas, de sofrer, da desconfiança em relação a um ato operatório a que será submetido, necessitando ser esclarecido e orientado.

10 - Quando terminar a consulta, deverá sentir-se orgulhoso de si mesmo por ter conseguido superar a sua crise de temor e de ter colaborado com o profissional. Orgulhoso e contente consigo mesmo, esquecendo seus males e dores, satisfeito pela conquista. 

Toda esta avaliação sintomática, tem o objetivo maior de compreender e entender as diferentes maneiras como cada paciente adoece, tornando-o único e especial, para que se possa oferecer o melhor de nossa técnica, e na necessidade de uma prescrição, eleger o medicamento mais indicado a ele, fazendo do profissional que pratica a Homeopatia a oportunidade de realizar um exercício de relação paciente-profissional diferenciada.

Autores:
Mario S. Giorgimsgiorgi@abcdh.org.br
Jussara Jorge Giorgijussara@abcdh.org.br

Fonte: Texto originalmente publicado no site Syntonia Alternativa.

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