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9/5/2025
 
Matéria

- Estomatologia
Estudo traça um mapa da situação mundial do câncer em vias aéreas e digestivas superiores

teste

Nos últimos 30 anos do século pas-sado houve uma tendência de au-mento dos casos de câncer de língua e boca entre as mulheres com idade entre 30 e 39 anos, na cidade de São Paulo. O aumento também foi obser-vado em países da Europa e em algumas localidades dos EUA. Os resultados são de um levantamento sobre os vários tipos de tumores que atingem as vias aéreas e digestivas superiores, realizado pelo cirurgião-dentista Alexandre Tadeu Patronieri, com base em 18 Registros de Câncer de Base Populacional no Mundo, entre 1969 e 1999. "No Brasil, há a necessidade de mais campanhas de prevenção e detecção precoce para o câncer de língua, boca e orofaringe", recomenda. 

Patronieri chama a atenção para a cidade de São Paulo. "A tendência de aumento no núme-ro de casos em mulheres pode indicar que elas estão mais expostas aos fatores de risco (álcool e tabaco)", alerta. Em sua pesquisa de mestrado, defendida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o pesquisador reuniu informações de 22 grupos populacionais de todo o mundo, com base nas publicações do Cancer Incidence in Five Continents (WHO-IARC), da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os da-dos relativos a São Paulo foram obtidos no Registro de Câncer de São Paulo, que é coordenado pelo médico Antonio Pedro Mirra. 

Em São Paulo, foram analisados cinco grupos, divididos em faixas etárias de ambos os sexos: de zero a 39 anos; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69; e 70 anos ou mais. Patronieri lembra que o Registro de Câncer de Base Populacional São Paulo é o único do País que possui a série histórica dos 30 anos (1969-1999). "Infelizmente não há essa informação em outros municípios, mesmo nas grandes capitais, que satisfizesse esse critério: as informações são relativas apenas aos anos mais recentes ou a série histórica não está completa", lamenta. Os casos estudados foram os mais freqüentes: tumores de lábio, língua, boca, glândula salivares e os da faringe em toda a sua extensão que compreende a nasofaringe, a hipofaringe e a orofaringe. 


Câncer de língua

Padrão mundial

A tendência encontrada pelo pesquisador em mulheres da faixa de 30 a 39 anos, de São Paulo, segundo ele acompanha uma tendência mundial. "A hipótese da alta incidência do papiloma vírus, o HPV, também pode estar associada a essas estatís-ticas", acredita. Contudo, Patronieri alerta que seu estudo não pode ser considerado como definitivo. Ele abre um caminho para novas pesquisas. "Podem haver outras hipóteses relacionadas às tendências ainda desconhecidas", diz. 


Papiloma Vírus, o HPV

"No grupo de 50 a 59 anos houve aumento do câncer de glândulas salivares em mulheres, e decréscimo dos tumores de lábios em homens", lembra. Na totalização geral dos índices em relação ao sexo, o pesquisador observou uma tendência estável para os homens. "Para o sexo feminino, constatamos aumento do câncer de língua entre mulheres de 40 a 49 anos, entre os anos de 1969 a 1983, e aumento do câncer de boca nos grupos etários mais avançados, a partir dos 60 anos", resume. 

Em relação ao resto do mundo, ele destaca que na Ásia as incidências dos tumores são as mais altas, principalmente na boca, língua e orofaringe, o que pode estar ligado ao alto consumo do tabaco e do álcool. Ele lembra um costume, no mínimo curioso, que existe na Índia e no Paquistão. "É sabido que nesses países algumas pessoas têm o hábito de fumar com a brasa invertida. Ou seja, colocam o lado aceso do cigarro dentro da boca", conta. 

Nos EUA também houve a tendência de aumento dos tumores em algumas loca-lidades. Naquele país, segundo Patronieri, já existe disponível no mercado um ta-blete mastigável de tabaco industriali-zado. "Trata-se de mais um produto com potencial de causar lesões e tumores na língua e mucosa bucal", diz. Em locali-dades como Detroit, Iowa e Michigan, os registros apontam aumento da incidência de cânceres de orofaringe.

Mais informações: (0XX11) 9944-5248, com Alexandre Tadeu Patronieri; e-mail: patronieri@usp.br

Fonte: Agência USP de Notícias

Nos últimos 30 anos do século pas-sado houve uma tendência de au-mento dos casos de câncer de língua e boca entre as mulheres com idade entre 30 e 39 anos, na cidade de São Paulo. O aumento também foi obser-vado em países da Europa e em algumas localidades dos EUA. Os resultados são de um levantamento sobre os vários tipos de tumores que atingem as vias aéreas e digestivas superiores, realizado pelo cirurgião-dentista Alexandre Tadeu Patronieri, com base em 18 Registros de Câncer de Base Populacional no Mundo, entre 1969 e 1999. "No Brasil, há a necessidade de mais campanhas de prevenção e detecção precoce para o câncer de língua, boca e orofaringe", recomenda. 

Patronieri chama a atenção para a cidade de São Paulo. "A tendência de aumento no núme-ro de casos em mulheres pode indicar que elas estão mais expostas aos fatores de risco (álcool e tabaco)", alerta. Em sua pesquisa de mestrado, defendida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o pesquisador reuniu informações de 22 grupos populacionais de todo o mundo, com base nas publicações do Cancer Incidence in Five Continents (WHO-IARC), da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os da-dos relativos a São Paulo foram obtidos no Registro de Câncer de São Paulo, que é coordenado pelo médico Antonio Pedro Mirra. 

Em São Paulo, foram analisados cinco grupos, divididos em faixas etárias de ambos os sexos: de zero a 39 anos; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69; e 70 anos ou mais. Patronieri lembra que o Registro de Câncer de Base Populacional São Paulo é o único do País que possui a série histórica dos 30 anos (1969-1999). "Infelizmente não há essa informação em outros municípios, mesmo nas grandes capitais, que satisfizesse esse critério: as informações são relativas apenas aos anos mais recentes ou a série histórica não está completa", lamenta. Os casos estudados foram os mais freqüentes: tumores de lábio, língua, boca, glândula salivares e os da faringe em toda a sua extensão que compreende a nasofaringe, a hipofaringe e a orofaringe. 


Câncer de língua

Padrão mundial

A tendência encontrada pelo pesquisador em mulheres da faixa de 30 a 39 anos, de São Paulo, segundo ele acompanha uma tendência mundial. "A hipótese da alta incidência do papiloma vírus, o HPV, também pode estar associada a essas estatís-ticas", acredita. Contudo, Patronieri alerta que seu estudo não pode ser considerado como definitivo. Ele abre um caminho para novas pesquisas. "Podem haver outras hipóteses relacionadas às tendências ainda desconhecidas", diz. 


Papiloma Vírus, o HPV

"No grupo de 50 a 59 anos houve aumento do câncer de glândulas salivares em mulheres, e decréscimo dos tumores de lábios em homens", lembra. Na totalização geral dos índices em relação ao sexo, o pesquisador observou uma tendência estável para os homens. "Para o sexo feminino, constatamos aumento do câncer de língua entre mulheres de 40 a 49 anos, entre os anos de 1969 a 1983, e aumento do câncer de boca nos grupos etários mais avançados, a partir dos 60 anos", resume. 

Em relação ao resto do mundo, ele destaca que na Ásia as incidências dos tumores são as mais altas, principalmente na boca, língua e orofaringe, o que pode estar ligado ao alto consumo do tabaco e do álcool. Ele lembra um costume, no mínimo curioso, que existe na Índia e no Paquistão. "É sabido que nesses países algumas pessoas têm o hábito de fumar com a brasa invertida. Ou seja, colocam o lado aceso do cigarro dentro da boca", conta. 

Nos EUA também houve a tendência de aumento dos tumores em algumas loca-lidades. Naquele país, segundo Patronieri, já existe disponível no mercado um ta-blete mastigável de tabaco industriali-zado. "Trata-se de mais um produto com potencial de causar lesões e tumores na língua e mucosa bucal", diz. Em locali-dades como Detroit, Iowa e Michigan, os registros apontam aumento da incidência de cânceres de orofaringe.

Mais informações: (0XX11) 9944-5248, com Alexandre Tadeu Patronieri; e-mail: patronieri@usp.br

Fonte: Agência USP de Notícias

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