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9/5/2025
 
Matéria

- Odontogeriatria
Perda dos dentes pode impactar saúde mental e física em idosos

testeEstudo realizado no Reino Unido e publicado no Journal of the American Geriatrics Society revela como os pesquisadores acompanharam de perto 3.100 adultos com mais de 60 anos de idade até chegar à conclusão de que a perda dos dentes pode estar associada à piora da saúde física e mental. Através de testes de memória e velocidade da caminhada realizados com pacientes que tinham todos os dentes naturais e outros que já não os tinham, foi possível detectar um quadro cerca de 10% pior no segundo grupo. “A perda dos dentes pode ser usada com um marcador precoce do declínio da saúde mental e física na terceira idade, principalmente em pessoas entre 60 e 74 anos”, diz Georgios Tsakos, coordenador da pesquisa. Tsakos afirma que a perda de memória se mostrou insignificante em relação à perda dos dentes naturais quando os pesquisadores consideraram outros fatores, como idade, sexo, fumo, consumo de álcool, depressão e condição socioeconômica. Já a relação entre perda dental e redução da mobilidade física se mostrou relevante. Idosos que já não têm mais os dentes naturais caminham mais lentamente. Como a perda de mobilidade está associada a um declínio da saúde em geral, a perda dos dentes pode servir de alerta e sugerir mais cuidados com a saúde. Na opinião de Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), apesar de ter havido um aumento significativo nos cuidados de saúde bucal do brasileiro nos últimos dez anos, os idosos claramente ainda sofrem por problemas que podem ser evitados. “Evoluímos com relação ao acesso da população aos serviços de saúde bucal. O Brasil, inclusive, integra um grupo seleto de países que incluíram a saúde bucal no SUS – sistema de saúde de acesso universal e gratuito. O programa Brasil Sorridente resultou na criação de mais de mil Centros de Especialidades Odontológicas em todo o país. A APCD também tem se empenhado nesse sentido, realizando com sucesso a Campanha de Prevenção e Tratamento do Câncer de Boca. Ainda assim, são necessárias mais campanhas e ações que possibilitem aos idosos um tratamento bucal adequado e a recuperação da saúde”. A gengivite é a causa mais comum para a perda dos dentes entre adultos. Trata-se de uma doença periodontal que causa irritação, vermelhidão e inchaço da gengiva. Nos casos mais graves, a sustentação dos dentes fica comprometida e pode haver perdas. Cerri explica que a gengivite geralmente é causada por falta de higiene bucal apropriada e pode ser prevenida mediante escovação regular (mínimo de duas vezes ao dia), uso de fio dental e visitas regulares ao cirurgião-dentista. “É importante que todos se conscientizem, também, de que uma saúde bucal comprometida pode impactar diretamente o aspecto nutricional dos idosos. Nesse sentido, como um efeito dominó, há também perda de qualidade de vida, de bem-estar e autoestima”. De acordo com o diretor da APCD, antes mesmo do surgimento da gengivite, um relevante problema que deve ser combatido é a boca seca, já que uma pessoa de 60 anos tem metade da quantidade de saliva de um jovem. Com a boca seca e desconfortável, deglutição se torna mais difícil e a resistência bucal diminui. Quando essa condição passa despercebida e não é tratada a tempo, pode resultar na perda dos dentes. A síndrome da boca seca acelera o aparecimento de cárie, infecções bucais e, principalmente, gengivite – e compromete não só os dentes do idoso, como também sua saúde geral, já que ele passa naturalmente a comer menos e ingerir apenas alimentos macios ou líquidos. “Trata-se de um ciclo vicioso que precisa ser interrompido. Ao controlar a síndrome da boca seca, conseguimos manter a saúde oral do paciente em ordem e evitar inflamações e infecções que levam a uma alimentação deficiente e, por conseguinte, comprometem sua disposição física e mental”. O especialista diz que, com o tempo, até mesmo o paladar pode sofrer alterações. Por isso, recomenda a esses pacientes uma excelente higiene oral, contando com enxágues bucais diversas vezes ao dia, além da ingestão de líquidos e de alimentos com alto teor de água. “O idoso deve cortar o alimento em pedaços pequenos, acrescentando, por exemplo, uma boa fatia de melancia, abacaxi, ou melão ao prato principal. Essa rotina controla os efeitos da boca seca durante as refeições e evita que o idoso passe a comer menos e fique com a musculatura oral enfraquecida. Quanto mais tempo puder permanecer com seus dentes naturais, tanto melhor para sua saúde e bem-estar”.Estudo realizado no Reino Unido e publicado no Journal of the American Geriatrics Society revela como os pesquisadores acompanharam de perto 3.100 adultos com mais de 60 anos de idade até chegar à conclusão de que a perda dos dentes pode estar associada à piora da saúde física e mental. Através de testes de memória e velocidade da caminhada realizados com pacientes que tinham todos os dentes naturais e outros que já não os tinham, foi possível detectar um quadro cerca de 10% pior no segundo grupo. “A perda dos dentes pode ser usada com um marcador precoce do declínio da saúde mental e física na terceira idade, principalmente em pessoas entre 60 e 74 anos”, diz Georgios Tsakos, coordenador da pesquisa.

Tsakos afirma que a perda de memória se mostrou insignificante em relação à perda dos dentes naturais quando os pesquisadores consideraram outros fatores, como idade, sexo, fumo, consumo de álcool, depressão e condição socioeconômica. Já a relação entre perda dental e redução da mobilidade física se mostrou relevante. Idosos que já não têm mais os dentes naturais caminham mais lentamente. Como a perda de mobilidade está associada a um declínio da saúde em geral, a perda dos dentes pode servir de alerta e sugerir mais cuidados com a saúde.

Na opinião de Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), apesar de ter havido um aumento significativo nos cuidados de saúde bucal do brasileiro nos últimos dez anos, os idosos claramente ainda sofrem por problemas que podem ser evitados. “Evoluímos com relação ao acesso da população aos serviços de saúde bucal. O Brasil, inclusive, integra um grupo seleto de países que incluíram a saúde bucal no SUS – sistema de saúde de acesso universal e gratuito. O programa Brasil Sorridente resultou na criação de mais de mil Centros de Especialidades Odontológicas em todo o país. A APCD também tem se empenhado nesse sentido, realizando com sucesso a Campanha de Prevenção e Tratamento do Câncer de Boca. Ainda assim, são necessárias mais campanhas e ações que possibilitem aos idosos um tratamento bucal adequado e a recuperação da saúde”.

A gengivite é a causa mais comum para a perda dos dentes entre adultos. Trata-se de uma doença periodontal que causa irritação, vermelhidão e inchaço da gengiva. Nos casos mais graves, a sustentação dos dentes fica comprometida e pode haver perdas. Cerri explica que a gengivite geralmente é causada por falta de higiene bucal apropriada e pode ser prevenida mediante escovação regular (mínimo de duas vezes ao dia), uso de fio dental e visitas regulares ao cirurgião-dentista. “É importante que todos se conscientizem, também, de que uma saúde bucal comprometida pode impactar diretamente o aspecto nutricional dos idosos. Nesse sentido, como um efeito dominó, há também perda de qualidade de vida, de bem-estar e autoestima”.

De acordo com o diretor da APCD, antes mesmo do surgimento da gengivite, um relevante problema que deve ser combatido é a boca seca, já que uma pessoa de 60 anos tem metade da quantidade de saliva de um jovem. Com a boca seca e desconfortável, deglutição se torna mais difícil e a resistência bucal diminui. Quando essa condição passa despercebida e não é tratada a tempo, pode resultar na perda dos dentes. A síndrome da boca seca acelera o aparecimento de cárie, infecções bucais e, principalmente, gengivite – e compromete não só os dentes do idoso, como também sua saúde geral, já que ele passa naturalmente a comer menos e ingerir apenas alimentos macios ou líquidos.

“Trata-se de um ciclo vicioso que precisa ser interrompido. Ao controlar a síndrome da boca seca, conseguimos manter a saúde oral do paciente em ordem e evitar inflamações e infecções que levam a uma alimentação deficiente e, por conseguinte, comprometem sua disposição física e mental”. O especialista diz que, com o tempo, até mesmo o paladar pode sofrer alterações. Por isso, recomenda a esses pacientes uma excelente higiene oral, contando com enxágues bucais diversas vezes ao dia, além da ingestão de líquidos e de alimentos com alto teor de água. “O idoso deve cortar o alimento em pedaços pequenos, acrescentando, por exemplo, uma boa fatia de melancia, abacaxi, ou melão ao prato principal. Essa rotina controla os efeitos da boca seca durante as refeições e evita que o idoso passe a comer menos e fique com a musculatura oral enfraquecida. Quanto mais tempo puder permanecer com seus dentes naturais, tanto melhor para sua saúde e bem-estar”.

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