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9/5/2025
 
Matéria

- Odontologia para Pacientes Especiais
Dentista para todos

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Programa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto alcança pacientes portadores das mais diversas necessidades especiais, incluindo de transplantados àqueles com enfermida-des infecto-contagiosas

Se a ida ao dentista pode representar uma dificuldade para muitas pessoas que gozam de boa saúde, os obstáculos são ainda maiores quando o paciente é uma criança, um idoso, um deficiente físico ou mental, ou mesmo portadores de doenças infecciosas, transmissíveis ou cardiovasculares e dermatológicas, por exemplo. Com um aten-dimento especialmente voltado a esse público, o Centro de Formação de Recursos Humanos Especializados no Atendimento Odontológico a Pacientes Especiais da Faculdade de Odontologia da USP de Ribeirão Preto (Forp), criado em 1985, acaba de formar a primeira turma de aperfeiçoamento do seu mais novo programa, chamado de Desmistificando o Atendimento Odonto-lógico a Pacientes com Necessidades Especiais (Dape). O pro-grama é ligado ao Departamento de Morfologia, Estomatologia e Fisiologia da Forp.

Criado em 2004, o Dape recentemente formou 12 profissionais especializados no atendimento a mutilados da região da cabeça e pescoço e transplantados, além de pacientes com doenças sistêmicas de grande complexidade como as infecto-contagio-sas, cardiovasculares e hematológicas diversas, incluindo diabe-tes. “Essas pessoas tomam medicamentos que restringem a forma de tratar e atender. As clínicas em geral não contam com profissionais preparados para esse tipo de atendimento, que envolve um conhecimento muito especializado”, diz a professora Marilena Chinali Komesu, coordenadora do programa.

As doenças sistêmicas são aquelas que atingem o organismo como um todo. A atenção para esses casos começou em 1989, especialmente para responder à demanda de portadores do HIV. “Ampliamos o leque para outras enfermidades e hoje o programa já atingiu mais de 500 atendimentos, entre procedimentos de ananmnésia (avaliação), exame radiográfico, periodontia, endo-dontia, cirurgia e confecção de prótese, entre outros”, diz Marilena.


Vírus HIV: portadores também são atendidos

Assim como os demais programas do centro, o Dape conta com um atendimento multidisciplinar, envolvendo psicólogos, proté-ticos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e médicos. O serviço, iniciado em 1985 por iniciativa da professora Sada Assed, atendia em nível ambulatorial principalmente os portadores de síndromes genéticas, paralisia cerebral, autismo, retardo mental severo, hidrocefalia, distúrbios neurológicos graves, síndrome de Down e outras síndromes. Desde então, o centro já atendeu 1.900 pacientes especiais, totalizando aproximadamente 29 mil procedimentos odontológicos realizados. Toda a atividade é voluntária e não remunerada, conta com apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e é dirigida pelos docentes da faculdade.

“Tendo em vista que os pacientes especiais em geral apresentam alterações em deter-minados órgãos e sistemas, são pacientes de risco para anestesia geral. Nosso grande diferencial está em não utilizarmos esse tipo de anestesia. Além disso, realizamos desde a profilaxia até a prótese, ou seja, englo-bamos todos os tipos de tratamento e para todas as faixas etárias”, diz Lea Assed Bezerra Silva, professora do Departamento de Clínica Infantil e Odontologia Preventiva e Social da Forp.

De 0 a 100 anos 

A partir de fevereiro de 2000, o Centro de Formação de Recur-sos Humanos Especializados no Atendimento Odontológico a Pacientes Especiais iniciou um projeto pioneiro no Brasil, com o atendimento clínico de bebês sem problemas e especiais de 0 a 3 anos de idade. O centro abriga também o Serviço de Dor Orofacial e Disfunção da ATM (articulação temporomandibular), além do Centro Integrado de Estudos das Deformidades da Face (CIEDEF).


Os bebês também são atendidos

Em razão de suas atividades de ensino, pesquisa e atendimento à comunidade, o serviço se constitui em um elemento funda-mental na formação de novos profissionais, lembra Lea. Para a professora, o projeto traz a oportunidade de ampliar as informa-ções e o atendimento odontológico aos pacientes com necessi-dades especiais, melhorando o plano de tratamento e sua quali-dade de vida, assim como permite levar esses conhecimentos para a comunidade.

A professora Marilena destaca a importância das pesquisas realizadas pelo centro, além da formação especializada aos profissionais da área. “Acredito que um programa de saúde pública para atender esses pacientes deveria primeiramente visar à formação de profissionais qualificados e, nesse sentido, o papel do centro é muito importante. Isso porque, com mais profissionais qualificados, muitos casos poderiam ser resolvidos já no atendimento primário do SUS, sem que o paciente precisasse se dirigir até aqui. Só isso já facilitaria muito a nossa vida, pois assim as vagas seriam direcionadas apenas aos portadores de doenças de maior complexidade”, afirma.

Para ser atendido no centro, o paciente deve ser encaminhado via SUS. O atendimento clínico acontece diariamente e as informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3602-4021.

Fonte: Jornal da USP

Programa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto alcança pacientes portadores das mais diversas necessidades especiais, incluindo de transplantados àqueles com enfermida-des infecto-contagiosas

Se a ida ao dentista pode representar uma dificuldade para muitas pessoas que gozam de boa saúde, os obstáculos são ainda maiores quando o paciente é uma criança, um idoso, um deficiente físico ou mental, ou mesmo portadores de doenças infecciosas, transmissíveis ou cardiovasculares e dermatológicas, por exemplo. Com um aten-dimento especialmente voltado a esse público, o Centro de Formação de Recursos Humanos Especializados no Atendimento Odontológico a Pacientes Especiais da Faculdade de Odontologia da USP de Ribeirão Preto (Forp), criado em 1985, acaba de formar a primeira turma de aperfeiçoamento do seu mais novo programa, chamado de Desmistificando o Atendimento Odonto-lógico a Pacientes com Necessidades Especiais (Dape). O pro-grama é ligado ao Departamento de Morfologia, Estomatologia e Fisiologia da Forp.

Criado em 2004, o Dape recentemente formou 12 profissionais especializados no atendimento a mutilados da região da cabeça e pescoço e transplantados, além de pacientes com doenças sistêmicas de grande complexidade como as infecto-contagio-sas, cardiovasculares e hematológicas diversas, incluindo diabe-tes. “Essas pessoas tomam medicamentos que restringem a forma de tratar e atender. As clínicas em geral não contam com profissionais preparados para esse tipo de atendimento, que envolve um conhecimento muito especializado”, diz a professora Marilena Chinali Komesu, coordenadora do programa.

As doenças sistêmicas são aquelas que atingem o organismo como um todo. A atenção para esses casos começou em 1989, especialmente para responder à demanda de portadores do HIV. “Ampliamos o leque para outras enfermidades e hoje o programa já atingiu mais de 500 atendimentos, entre procedimentos de ananmnésia (avaliação), exame radiográfico, periodontia, endo-dontia, cirurgia e confecção de prótese, entre outros”, diz Marilena.


Vírus HIV: portadores também são atendidos

Assim como os demais programas do centro, o Dape conta com um atendimento multidisciplinar, envolvendo psicólogos, proté-ticos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e médicos. O serviço, iniciado em 1985 por iniciativa da professora Sada Assed, atendia em nível ambulatorial principalmente os portadores de síndromes genéticas, paralisia cerebral, autismo, retardo mental severo, hidrocefalia, distúrbios neurológicos graves, síndrome de Down e outras síndromes. Desde então, o centro já atendeu 1.900 pacientes especiais, totalizando aproximadamente 29 mil procedimentos odontológicos realizados. Toda a atividade é voluntária e não remunerada, conta com apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e é dirigida pelos docentes da faculdade.

“Tendo em vista que os pacientes especiais em geral apresentam alterações em deter-minados órgãos e sistemas, são pacientes de risco para anestesia geral. Nosso grande diferencial está em não utilizarmos esse tipo de anestesia. Além disso, realizamos desde a profilaxia até a prótese, ou seja, englo-bamos todos os tipos de tratamento e para todas as faixas etárias”, diz Lea Assed Bezerra Silva, professora do Departamento de Clínica Infantil e Odontologia Preventiva e Social da Forp.

De 0 a 100 anos 

A partir de fevereiro de 2000, o Centro de Formação de Recur-sos Humanos Especializados no Atendimento Odontológico a Pacientes Especiais iniciou um projeto pioneiro no Brasil, com o atendimento clínico de bebês sem problemas e especiais de 0 a 3 anos de idade. O centro abriga também o Serviço de Dor Orofacial e Disfunção da ATM (articulação temporomandibular), além do Centro Integrado de Estudos das Deformidades da Face (CIEDEF).


Os bebês também são atendidos

Em razão de suas atividades de ensino, pesquisa e atendimento à comunidade, o serviço se constitui em um elemento funda-mental na formação de novos profissionais, lembra Lea. Para a professora, o projeto traz a oportunidade de ampliar as informa-ções e o atendimento odontológico aos pacientes com necessi-dades especiais, melhorando o plano de tratamento e sua quali-dade de vida, assim como permite levar esses conhecimentos para a comunidade.

A professora Marilena destaca a importância das pesquisas realizadas pelo centro, além da formação especializada aos profissionais da área. “Acredito que um programa de saúde pública para atender esses pacientes deveria primeiramente visar à formação de profissionais qualificados e, nesse sentido, o papel do centro é muito importante. Isso porque, com mais profissionais qualificados, muitos casos poderiam ser resolvidos já no atendimento primário do SUS, sem que o paciente precisasse se dirigir até aqui. Só isso já facilitaria muito a nossa vida, pois assim as vagas seriam direcionadas apenas aos portadores de doenças de maior complexidade”, afirma.

Para ser atendido no centro, o paciente deve ser encaminhado via SUS. O atendimento clínico acontece diariamente e as informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3602-4021.

Fonte: Jornal da USP

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