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9/5/2025
 
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- Geral
Alerta odontológico

teste

Em dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Odontologia da Univer-sidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP), Fábio Luiz Scannavino comprovou a necessidade de se redobrar a atenção para um equipamento aparentemente inofensivo usado em consultórios odontológicos: o aparelho de abrasão a ar. 

Utilizado em procedimentos minimamente invasivos de restaura-ções dentárias, o equipamento funciona por meio de energia ci-nética produzida por um jato pressurizado de ar com partículas de óxido de alumínio (AL2O3). O trabalho mostra que as partícu-las liberadas podem comprometer o sistema respiratório dos pacientes e, em maior escala, do dentista que tem contato diário com o aparelho. 


O óxido de alumínio

Partículas de óxido de alumínio foram recolhidas pelo pesquisador em placas de Petri – dispositivos usados para a captação de compostos químicos presentes no ar – a distâncias de 20, 40 e 60 centímetros a partir da cavidade bucal de um manequim confeccionado para os testes. 

As placas foram instaladas em uma haste vertical e em seis hastes horizontais situadas ao redor da cabeça do manequim. As placas foram pesadas no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, e a quantificação das partículas foi obtida pela massa de óxido de alumínio depositada nas placas. 


Foto da experiência

“Ao serem liberadas do aparelho, as partículas atingiram uma altura de aproximadamente 60 centímetros e foram depositadas em maior concentração nas placas que estavam a 20 centí-metros do centro da cavidade bucal do manequim, que é onde o profissional se posiciona para fazer o tratamento odontológico”, disse Scannavino à Agência FAPESP. “Concluímos que, quanto menor é a distância horizontal da cavidade bucal, maior é o nível de contaminação pelo óxido de alumínio.” 

Nos primeiros 20 centímetros de distân-cia, foi mensurada uma concentração média de 21,5 mil microgramas de óxido de alumínio. O pesquisador utilizou as determinações do Occupational Safety and Health Administration (OSHA), órgão que administra a saúde e a segurança ocupacional nos Estados Unidos, como parâmetro das concentrações de óxido de alumínio no ambiente. 

“Apesar de termos identificado no ar quantidades da substância inferiores aos limites recomendados pelas normas da OSHA, o que realmente nos preocupa são os efeitos maléficos da acumulação prolongada dessas partículas no trato respiratório”, explicou Scannavino. 

Segundo ele, uma pesquisa de doutorado também realizada na Faculdade de Odontologia da Unesp, de autoria de Cláudia Peruchi, mostrou que, em camundongos, as partículas de óxido de alumínio inaladas em excesso podem se acomodar nos brônquios, os dutos que levam o ar aos pulmões. 

“Os efeitos do óxido de alumínio ainda não são totalmente conhecidos pela literatura científica. Mas, sabe-se que, ao longo do tempo, essas partículas podem provocar desde disfunções celulares nas vias aéreas superiores até alterações no tecido pulmonar”, destacou Scannavino. 

O trabalho Avaliação da contaminação por partículas de óxido de alumínio eliminadas pelo sistema de abrasão a ar em consultório odontológico, orientado pela professora do Depar-tamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia da Unesp, Lourdes Aparecida dos Santos, foi publicado em 2006 na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional.

Fonte: Agência Fapesp

Em dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Odontologia da Univer-sidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP), Fábio Luiz Scannavino comprovou a necessidade de se redobrar a atenção para um equipamento aparentemente inofensivo usado em consultórios odontológicos: o aparelho de abrasão a ar. 

Utilizado em procedimentos minimamente invasivos de restaura-ções dentárias, o equipamento funciona por meio de energia ci-nética produzida por um jato pressurizado de ar com partículas de óxido de alumínio (AL2O3). O trabalho mostra que as partícu-las liberadas podem comprometer o sistema respiratório dos pacientes e, em maior escala, do dentista que tem contato diário com o aparelho. 


O óxido de alumínio

Partículas de óxido de alumínio foram recolhidas pelo pesquisador em placas de Petri – dispositivos usados para a captação de compostos químicos presentes no ar – a distâncias de 20, 40 e 60 centímetros a partir da cavidade bucal de um manequim confeccionado para os testes. 

As placas foram instaladas em uma haste vertical e em seis hastes horizontais situadas ao redor da cabeça do manequim. As placas foram pesadas no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, e a quantificação das partículas foi obtida pela massa de óxido de alumínio depositada nas placas. 


Foto da experiência

“Ao serem liberadas do aparelho, as partículas atingiram uma altura de aproximadamente 60 centímetros e foram depositadas em maior concentração nas placas que estavam a 20 centí-metros do centro da cavidade bucal do manequim, que é onde o profissional se posiciona para fazer o tratamento odontológico”, disse Scannavino à Agência FAPESP. “Concluímos que, quanto menor é a distância horizontal da cavidade bucal, maior é o nível de contaminação pelo óxido de alumínio.” 

Nos primeiros 20 centímetros de distân-cia, foi mensurada uma concentração média de 21,5 mil microgramas de óxido de alumínio. O pesquisador utilizou as determinações do Occupational Safety and Health Administration (OSHA), órgão que administra a saúde e a segurança ocupacional nos Estados Unidos, como parâmetro das concentrações de óxido de alumínio no ambiente. 

“Apesar de termos identificado no ar quantidades da substância inferiores aos limites recomendados pelas normas da OSHA, o que realmente nos preocupa são os efeitos maléficos da acumulação prolongada dessas partículas no trato respiratório”, explicou Scannavino. 

Segundo ele, uma pesquisa de doutorado também realizada na Faculdade de Odontologia da Unesp, de autoria de Cláudia Peruchi, mostrou que, em camundongos, as partículas de óxido de alumínio inaladas em excesso podem se acomodar nos brônquios, os dutos que levam o ar aos pulmões. 

“Os efeitos do óxido de alumínio ainda não são totalmente conhecidos pela literatura científica. Mas, sabe-se que, ao longo do tempo, essas partículas podem provocar desde disfunções celulares nas vias aéreas superiores até alterações no tecido pulmonar”, destacou Scannavino. 

O trabalho Avaliação da contaminação por partículas de óxido de alumínio eliminadas pelo sistema de abrasão a ar em consultório odontológico, orientado pela professora do Depar-tamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia da Unesp, Lourdes Aparecida dos Santos, foi publicado em 2006 na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional.

Fonte: Agência Fapesp

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