testeÉ possível desenvolver biomateriais com equipamentos de roti-na e reagentes de baixo custo. Basta o ingrediente principal: vontade
As limitações dos atuais biomateriais dentários, como coloração, resistência, variação de volume diferencia-da das estruturas dentárias e união ao dente através de materiais cimentantes também estimulam a curio-sidade de cirurgiões-dentistas pela investigação cien-tífica na área de Exatas.
Marise de Oliveira é professora de Ortodontia do Departamento de Odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinho-nha e Mucuri (UFVJM), em Diamantina (MG), e doutoranda na Escola de Engenharia, Curso de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica e de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

Escola de Engenharia da UFMG
Em sua pesquisa, sob orientação do prof. dr. Herman Sander Mansur, ela desenvolve um método inovador para o recobri-mento da superfície do esmalte dentário, utilizando a formação de cristais de F-HA (hidroxiapatita fluoretada), mesmo composto do esmalte dentário natural. A meta do estudo é caracterizar o grau de similaridade entre o biomaterial formado na superfície do esmalte e os tecidos naturais, em relação a propriedades como estrutura, cor, dureza, resistência e espessura.

Detalhe de microscópio de cristais de hidroxiapatita
A doutoranda afirma que o biomaterial foi desenvolvido em labo-ratório com equipamentos básicos de rotina e com reagentes de baixo custo, disponíveis no mercado nacional. Além disso, o pro-duto apresenta microdureza Vickers entre esmalte e dentina, chegando à similaridade do amálgama dentário, e coloração e brilho semelhantes ao do esmalte dentário natural.
Por ser unido quimicamente ao dente, o emprego do biomaterial em teste torna desnecessária a utilização de material interme-diário cimentante. O produto, segundo Marise, tem ainda a seu favor a mesma composição química do esmalte dentário natural, caracterizando o processo de biomimetismo. A pesquisa encon-tra-se na fase de caracterização, através de microscopia ele-trônica de varredura e microscopia de força atômica.
Na Escola de Engenharia, Marise afirma que já recebeu algumas propostas para atuar na iniciativa privada. Recusou todas. “Pre-tendo continuar exercendo a carreira de professora universitá-ria”, justifica.
Fonte: Revista ABO Nacional – Vol. XIV nº 5 out/Nov 2006
É possível desenvolver biomateriais com equipamentos de roti-na e reagentes de baixo custo. Basta o ingrediente principal: vontade
As limitações dos atuais biomateriais dentários, como coloração, resistência, variação de volume diferencia-da das estruturas dentárias e união ao dente através de materiais cimentantes também estimulam a curio-sidade de cirurgiões-dentistas pela investigação cien-tífica na área de Exatas.
Marise de Oliveira é professora de Ortodontia do Departamento de Odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinho-nha e Mucuri (UFVJM), em Diamantina (MG), e doutoranda na Escola de Engenharia, Curso de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica e de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

Escola de Engenharia da UFMG
Em sua pesquisa, sob orientação do prof. dr. Herman Sander Mansur, ela desenvolve um método inovador para o recobri-mento da superfície do esmalte dentário, utilizando a formação de cristais de F-HA (hidroxiapatita fluoretada), mesmo composto do esmalte dentário natural. A meta do estudo é caracterizar o grau de similaridade entre o biomaterial formado na superfície do esmalte e os tecidos naturais, em relação a propriedades como estrutura, cor, dureza, resistência e espessura.

Detalhe de microscópio de cristais de hidroxiapatita
A doutoranda afirma que o biomaterial foi desenvolvido em labo-ratório com equipamentos básicos de rotina e com reagentes de baixo custo, disponíveis no mercado nacional. Além disso, o pro-duto apresenta microdureza Vickers entre esmalte e dentina, chegando à similaridade do amálgama dentário, e coloração e brilho semelhantes ao do esmalte dentário natural.
Por ser unido quimicamente ao dente, o emprego do biomaterial em teste torna desnecessária a utilização de material interme-diário cimentante. O produto, segundo Marise, tem ainda a seu favor a mesma composição química do esmalte dentário natural, caracterizando o processo de biomimetismo. A pesquisa encon-tra-se na fase de caracterização, através de microscopia ele-trônica de varredura e microscopia de força atômica.
Na Escola de Engenharia, Marise afirma que já recebeu algumas propostas para atuar na iniciativa privada. Recusou todas. “Pre-tendo continuar exercendo a carreira de professora universitá-ria”, justifica.
Fonte: Revista ABO Nacional – Vol. XIV nº 5 out/Nov 2006