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9/5/2025
 
Matéria

- Periodontia
CD, o melhor amigo do bebê

teste

A influência da periodontite no nascimento de bebês prema-turos ou com baixo peso é tema recorrente no meio científico. Apesar das opiniões controversas, diversas evidências já foram reunidas 

Depois das doenças acriovascualres, os estudos que mais reúnem evidências sobre a periodontite como fator de risco são os que abordam a prema-turidade e/ou nascimento de bebês com baixo pe-so. Esta posição é partilhada por nomes de peso da Odontologia, incluindo a Academia Americana de Periodontia. Os estudos têm indicado que, mesmo após serem considerados os outros fatores de risco obstétricos tradicionais, como fumo, ál-cool, idade, raça, cuidados pré-naturais, infecções genituriná-rias e outras doenças infecciosas, a doença periodontal perma-nece como fator contribuinte de risco para o aumento dos casos de prematuridade e baixo peso. 

A quantidade de estudos em humanos até hoje não é tanto quanto aquela que suporta a relação com a doença cardiovas-cular e, entre as pesquisas existentes, há várias opiniões. Há estudos que não confirmam associação, enquanto outros dão sustentação à suposição de que estas condições estão relacio-nadas. A maioria dos estudos sugere que a doença periodontal pode ter impacto tão grande na prevalência do nascimento pre-maturo quanto o fumo e o consumo de bebidas alcoólicas. “Há estimativas sugerindo que até 18% de todos os nascimentos de prematuros podem ser evitados, desde que se garanta o tratamento e o controle da doença periodontal”, informa Lenize Zanotti Soares Dias, coordenadora de Periodontia da ABO/ES.


Bebê prematuro

A hipótese do mecanismo de influência da doença periodontal na prematuridade e nascimento com baixo peso é, segundo o dou-tor em Periodontia e Professor Titular da Faculdade de Odon-tologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FO/Uerj) Ricardo Guimarães Fischer, que a infecção liberaria marcadores inflamatórios na corrente sanguínea. Alguns desses marcadores, como o fator de necrose tumoral e a prostaglandina E, são tam-bém indutores do parto. “Assim, o organismo das gestantes teria níveis mais elevados que o normal dessas substâncias e o pata-mar necessário para induzir o parto seria atingido mais precoce-mente”, explica. 

Engebretson e colaboradores publicaram um estudo no Journal of Periodontology analisando o efeito do tratamento periodontal durante a gravidez e suas conseqüências sobre o nascimento prematuro. Como resultado, observaram que houve significati-vamente menos partos prematuros nas gestantes que foram acompanhadas com os cuidados da periodontia (terapia perio-dontal), do que nas gestantes em o tratamento. Um estudo recente, apresentado no Congresso Europerio V em 2006 pela periodontista norte-americana Marjorie Jeffcoat, analisou 3 mil grávidas dividindo-as em dois grupos. Entre as que receberam tratamento periodontal, a incidência do nascimento de crianças com baixo peso foi de 4%, enquanto que, entre as que não passaram pela terapia, a incidência foi de 13%. 

Maria Chistina Brunetti (2002) numa pes-quisa de caso controle, em que avaliou a condição periodontal de 174 puérperas assistidas em três hospitais públicos de São Paulo, para verificar a associação entre a doença periodontal e a ocorrên-cia do tratamento prematuro e/ou com baixo peso, concluiu que essa associação pode ser reflexo de uma característica inflamatória do hospedeiro, colocando o indivíduo em risco para ambas as condi-ções, e que qualquer interpretação para essa associação deve ser feita com pre-caução até que um número maior de dados, obtidos de estudos longitudinais, seja apresentado.

Ciclo menstrual

No decorrer do desenvolvimento da mulher ocorrem conseqüen-tes alterações de concentração de estrogênio e progesterona. Estas alterações acompanham a mulher ao longo de toda a sua vida, desde os ciclos menstruais, no uso de contraceptivos orais, na gravidez, no estresse e na menopausa. 

Vários estudos mostraram que o aumento da produção de hor-mônios sexuais leva a uma resposta inflamatória acentuada do hospedeiro. Como exemplo, o aumento da progesterona eleva o nível da prosraglandina E2 (PGE2), que é um potente mediador da inflamação. Desta forma, durante o período da puberdade, as alterações hormonais levam a um agravamento da gengivite. “Maiores quantidades de hormônios femininos favorecem o cres-cimento de bactérias elevando o potencial patogênico da pla-ca”, explica Lenize.


Ciclo menstrual: aumento de hormônios

Em algumas mulheres, a alteração da resposta inflamatória na gengivite pode ser detectada durante o ciclo menstrual. Certos anticoncepcionais podem aumentar a vermelhidão, o edema ou mesmo a tendência ao sangramento. Na menopausa, podem o-correr as alterações já mencionadas, além da sensação de quei-mação, ardência ou prurido na boca e na gengiva.       

Fonte: Revista ABO Nacional – Vol. XIV nº 6 Dez 2006/Jan 2007

A influência da periodontite no nascimento de bebês prema-turos ou com baixo peso é tema recorrente no meio científico. Apesar das opiniões controversas, diversas evidências já foram reunidas 

Depois das doenças acriovascualres, os estudos que mais reúnem evidências sobre a periodontite como fator de risco são os que abordam a prema-turidade e/ou nascimento de bebês com baixo pe-so. Esta posição é partilhada por nomes de peso da Odontologia, incluindo a Academia Americana de Periodontia. Os estudos têm indicado que, mesmo após serem considerados os outros fatores de risco obstétricos tradicionais, como fumo, ál-cool, idade, raça, cuidados pré-naturais, infecções genituriná-rias e outras doenças infecciosas, a doença periodontal perma-nece como fator contribuinte de risco para o aumento dos casos de prematuridade e baixo peso. 

A quantidade de estudos em humanos até hoje não é tanto quanto aquela que suporta a relação com a doença cardiovas-cular e, entre as pesquisas existentes, há várias opiniões. Há estudos que não confirmam associação, enquanto outros dão sustentação à suposição de que estas condições estão relacio-nadas. A maioria dos estudos sugere que a doença periodontal pode ter impacto tão grande na prevalência do nascimento pre-maturo quanto o fumo e o consumo de bebidas alcoólicas. “Há estimativas sugerindo que até 18% de todos os nascimentos de prematuros podem ser evitados, desde que se garanta o tratamento e o controle da doença periodontal”, informa Lenize Zanotti Soares Dias, coordenadora de Periodontia da ABO/ES.


Bebê prematuro

A hipótese do mecanismo de influência da doença periodontal na prematuridade e nascimento com baixo peso é, segundo o dou-tor em Periodontia e Professor Titular da Faculdade de Odon-tologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FO/Uerj) Ricardo Guimarães Fischer, que a infecção liberaria marcadores inflamatórios na corrente sanguínea. Alguns desses marcadores, como o fator de necrose tumoral e a prostaglandina E, são tam-bém indutores do parto. “Assim, o organismo das gestantes teria níveis mais elevados que o normal dessas substâncias e o pata-mar necessário para induzir o parto seria atingido mais precoce-mente”, explica. 

Engebretson e colaboradores publicaram um estudo no Journal of Periodontology analisando o efeito do tratamento periodontal durante a gravidez e suas conseqüências sobre o nascimento prematuro. Como resultado, observaram que houve significati-vamente menos partos prematuros nas gestantes que foram acompanhadas com os cuidados da periodontia (terapia perio-dontal), do que nas gestantes em o tratamento. Um estudo recente, apresentado no Congresso Europerio V em 2006 pela periodontista norte-americana Marjorie Jeffcoat, analisou 3 mil grávidas dividindo-as em dois grupos. Entre as que receberam tratamento periodontal, a incidência do nascimento de crianças com baixo peso foi de 4%, enquanto que, entre as que não passaram pela terapia, a incidência foi de 13%. 

Maria Chistina Brunetti (2002) numa pes-quisa de caso controle, em que avaliou a condição periodontal de 174 puérperas assistidas em três hospitais públicos de São Paulo, para verificar a associação entre a doença periodontal e a ocorrên-cia do tratamento prematuro e/ou com baixo peso, concluiu que essa associação pode ser reflexo de uma característica inflamatória do hospedeiro, colocando o indivíduo em risco para ambas as condi-ções, e que qualquer interpretação para essa associação deve ser feita com pre-caução até que um número maior de dados, obtidos de estudos longitudinais, seja apresentado.

Ciclo menstrual

No decorrer do desenvolvimento da mulher ocorrem conseqüen-tes alterações de concentração de estrogênio e progesterona. Estas alterações acompanham a mulher ao longo de toda a sua vida, desde os ciclos menstruais, no uso de contraceptivos orais, na gravidez, no estresse e na menopausa. 

Vários estudos mostraram que o aumento da produção de hor-mônios sexuais leva a uma resposta inflamatória acentuada do hospedeiro. Como exemplo, o aumento da progesterona eleva o nível da prosraglandina E2 (PGE2), que é um potente mediador da inflamação. Desta forma, durante o período da puberdade, as alterações hormonais levam a um agravamento da gengivite. “Maiores quantidades de hormônios femininos favorecem o cres-cimento de bactérias elevando o potencial patogênico da pla-ca”, explica Lenize.


Ciclo menstrual: aumento de hormônios

Em algumas mulheres, a alteração da resposta inflamatória na gengivite pode ser detectada durante o ciclo menstrual. Certos anticoncepcionais podem aumentar a vermelhidão, o edema ou mesmo a tendência ao sangramento. Na menopausa, podem o-correr as alterações já mencionadas, além da sensação de quei-mação, ardência ou prurido na boca e na gengiva.       

Fonte: Revista ABO Nacional – Vol. XIV nº 6 Dez 2006/Jan 2007

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