testeAconteceu no último dia 8 de dezembro a I Reunião Científica dos Grupos de Nutrição e Fonoaudiologia do Hospital São Luiz. O assunto tratado no auditório do Centro de Estudos da Unidade Itaim foi diferenças entre a deglutição normal e a disfagia.
O encontro reuniu as equipes de Nutrição e Fonoaudiologia que atuam no renomado hospital paulistano em suas duas unidades – Itaim e Morumbi.
À frente da concepção da reunião está a fonoaudióloga Maria Cristina B. de Oliveira, colunista deste portal, que tem desenvolvido um trabalho nas UTI’s do hospital no sentido de aproximar os vários tipos de especialistas envolvidos no tratamento de um mesmo paciente.
Após uma breve introdução, Cris, como a Dra. Maria Cristina é mais comumente conhecida nos corredores do hospital e prefere ser chamada, começou sua demonstração falando sobre o que é deglutição – todo o processo do comer -, seus tipos (seca e nutritiva) e a influência que o meio social tem sobre ela. Tudo acompanhado por um clip-art muito bem produzido. Diferenciou o que a Fonoaudiologia e a Nutrição têm a ver com esse processo, sendo que a primeira preocupa-se com a parte fisiológica e no “como” é feita a alimentação, enquanto que a segunda tem o foco no cuidado no “o que” serve de alimento.
O próximo passo foi mostrar à platéia um folheto cujo conteúdo continha uma ilustração de um ser humano em corte longitudinal engolindo um alimento. Na seqüência, foi passado a cada um da platéia um kit para todos juntos fazerem um teste proposto pela apresentadora: experimentar, ou melhor, deglutir três alimentos de diferentes texturas prestando à atenção no modo como os processávamos durante a mastigação, o movimento de nossa língua, lábios e cabeça, até o momento da ingestão. Os alimentos eram um purê de maçã, uma bolacha salgada e água. Ficou muito claro para todos os espectadores as diferenças de texturas dos alimentos e como isso influencia na ação da deglutição.
Logo após, a palavra foi passada às nutricionistas que evidenciaram os cuidados a serem tomados na alimentação de pacientes internados conforme o grau de gravidade destes. Para pacientes de UTI, esse cuidado redobra, pois dependendo do caso o paciente não se alimenta mais sozinho e acontece a disfagia, que simploriamente podemos explicar com uma dificuldade de engolir ou disfunção de deglutição. Aí é que entra em ação o trabalho conjunto de fonos e nutricionistas. Todos trabalhando para dar uma condição para o paciente voltar a alimentar-se normalmente novamente. A Fonoaudiologia trabalha nessa reabilitação com o paciente, tentando estimular os movimentos, enquanto que a Nutrição ajuda fornecendo os alimentos adequados, não só na questão de valor nutricional, mas principalmente na consistência e temperatura adequadas.
Há também um trabalho de conscientização dos familiares ou das pessoas envolvidas nos cuidados do dia-a-dia do paciente que são chamados de “cuidadores”. Estes últimos têm um trabalho importantíssimo na recuperação do paciente; eles têm que, além de cuidar do paciente, ter muita paciência e também relatar os fatos mais corriqueiros para o Fonoaudiólogo. Através desse relato o profissional pode ter os parâmetros mais corretos para prosseguir na conduta correta. Qualquer sinal, sejam eles tosses, demora para alimentar-se, deglutição inadequada para alguns tipos de alimentos, alteração na respiração etc., é importante para saber os próximos passos.
Tudo isso, aliado ao histórico médico do paciente, aos exames, clínicos ou radiológicos e à experiência do profissional, permite o diagnóstico correto e conseqüentemente a indicação da melhor conduta, incluindo sempre a higiene oral, minimizar ocorrências invasivas (cânula traqueóide) e orientação.
Se você se interessou por este assunto, consulte a coluna da Dra. Maria Cristina no caderno Colunas. Voltaremos, também, a tratar deste assunto aqui mesmo, trazendo também o registro das próximas reuniões, programadas para o primeiro semestre de 2006.
Até lá.
Aconteceu no último dia 8 de dezembro a I Reunião Científica dos Grupos de Nutrição e Fonoaudiologia do Hospital São Luiz. O assunto tratado no auditório do Centro de Estudos da Unidade Itaim foi diferenças entre a deglutição normal e a disfagia.
O encontro reuniu as equipes de Nutrição e Fonoaudiologia que atuam no renomado hospital paulistano em suas duas unidades – Itaim e Morumbi.
À frente da concepção da reunião está a fonoaudióloga Maria Cristina B. de Oliveira, colunista deste portal, que tem desenvolvido um trabalho nas UTI’s do hospital no sentido de aproximar os vários tipos de especialistas envolvidos no tratamento de um mesmo paciente.
Após uma breve introdução, Cris, como a Dra. Maria Cristina é mais comumente conhecida nos corredores do hospital e prefere ser chamada, começou sua demonstração falando sobre o que é deglutição – todo o processo do comer -, seus tipos (seca e nutritiva) e a influência que o meio social tem sobre ela. Tudo acompanhado por um clip-art muito bem produzido. Diferenciou o que a Fonoaudiologia e a Nutrição têm a ver com esse processo, sendo que a primeira preocupa-se com a parte fisiológica e no “como” é feita a alimentação, enquanto que a segunda tem o foco no cuidado no “o que” serve de alimento.
O próximo passo foi mostrar à platéia um folheto cujo conteúdo continha uma ilustração de um ser humano em corte longitudinal engolindo um alimento. Na seqüência, foi passado a cada um da platéia um kit para todos juntos fazerem um teste proposto pela apresentadora: experimentar, ou melhor, deglutir três alimentos de diferentes texturas prestando à atenção no modo como os processávamos durante a mastigação, o movimento de nossa língua, lábios e cabeça, até o momento da ingestão. Os alimentos eram um purê de maçã, uma bolacha salgada e água. Ficou muito claro para todos os espectadores as diferenças de texturas dos alimentos e como isso influencia na ação da deglutição.
Logo após, a palavra foi passada às nutricionistas que evidenciaram os cuidados a serem tomados na alimentação de pacientes internados conforme o grau de gravidade destes. Para pacientes de UTI, esse cuidado redobra, pois dependendo do caso o paciente não se alimenta mais sozinho e acontece a disfagia, que simploriamente podemos explicar com uma dificuldade de engolir ou disfunção de deglutição. Aí é que entra em ação o trabalho conjunto de fonos e nutricionistas. Todos trabalhando para dar uma condição para o paciente voltar a alimentar-se normalmente novamente. A Fonoaudiologia trabalha nessa reabilitação com o paciente, tentando estimular os movimentos, enquanto que a Nutrição ajuda fornecendo os alimentos adequados, não só na questão de valor nutricional, mas principalmente na consistência e temperatura adequadas.
Há também um trabalho de conscientização dos familiares ou das pessoas envolvidas nos cuidados do dia-a-dia do paciente que são chamados de “cuidadores”. Estes últimos têm um trabalho importantíssimo na recuperação do paciente; eles têm que, além de cuidar do paciente, ter muita paciência e também relatar os fatos mais corriqueiros para o Fonoaudiólogo. Através desse relato o profissional pode ter os parâmetros mais corretos para prosseguir na conduta correta. Qualquer sinal, sejam eles tosses, demora para alimentar-se, deglutição inadequada para alguns tipos de alimentos, alteração na respiração etc., é importante para saber os próximos passos.
Tudo isso, aliado ao histórico médico do paciente, aos exames, clínicos ou radiológicos e à experiência do profissional, permite o diagnóstico correto e conseqüentemente a indicação da melhor conduta, incluindo sempre a higiene oral, minimizar ocorrências invasivas (cânula traqueóide) e orientação.
Se você se interessou por este assunto, consulte a coluna da Dra. Maria Cristina no caderno Colunas. Voltaremos, também, a tratar deste assunto aqui mesmo, trazendo também o registro das próximas reuniões, programadas para o primeiro semestre de 2006.
Até lá.