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9/5/2025
 
Matéria

- Periodontia
Atenção redobrada

teste

Cardiopatas devem receber tratamento odontológico diferen-ciado, com atenção especial a protocolo de atendimento, abor-dagem do paciente e interação medicamentosa. 

Bueno de Moraes após avaliar as con-dições sistêmicas e periodontais de pacientes do Instituto Dante Pazzane-se de Cardiologia em São Paulo, em 2002, observou que 92% dos indiví-duos examinados deveriam se subme-ter a um tratamento periodontal e sugeriu a adoção de um protocolo médico e odontológico integrado no Brasil, que melhore as possibilidades da promoção da saúde dos indivíduos. 

Cardiopatas necessitam de tratamento odontológico diferenci-ado, principalmente no quesito bacteriemia. A informação é da especialista Lenize Zanotti Soares Dias, que por sua vez evoca um estudo de Durack (1995), segundo o qual bacteriemia transitória é produzida após 60% das exodontias, 88% das cirurgias periodontais e aproximadamente 40% após escovação dentária. 

Com base neste antecedente científico, conclui-se que a fre-qüência da bacteriemia é alta após procedimentos dentários, quando comparados com outros procedimentos terapêuticos no organismo humano, como do trato respiratório, do geniturinário, do trato gastrointestinal ou sistema vascular. Lenize adverte, portanto, que os cirurgiões-dentistas devem estar atentos para o fato de que as doenças cardíacas são os maiores problemas sistêmicos de saúde em todo o mundo e que sua prevalência aumenta com a idade. 

Durante o tratamento odontológico do cardiopata, Lenize reco-menda evitar alterações hemodinâmicas além das toleráveis pelo sistema cardiovascular do paciente. Para ela, também o es-tresse psicológico e fisiológico é um considerável gatilho das alterações na estabilidade hemodinâmica. Por isso Lenize sugere o seguinte protocolo para evitar a tensão no paciente: 

• Sessões mais curtas e preferencialmente pela manhã;
• Usar anestesia para minimizar o desconforto;
• Uso de medicamentos para relaxamento e controle da an-siedade, desde que em acordo com o cardiologista.

Segundo a especialista, vários autores recomendam o controle da pressão arterial em portadores de coronariopatias que ve-nham a ser submetidos a intervenções mais invasivas como cirurgias periodontais e bucomaxilofaciais.

 

Interação medicamentosa

Dependendo da história médica do pacien-te, anestésicos locais com menor concen-tração, ou até mesmo sem adrenalina são recomendáveis, segundo Lenize. Soma-se a isto o máximo de precaução quanto à prática de injeções intravasculares. 

Em pacientes que fazem uso de anticoa-gulantes, aconselha-se marcar as cirurgias ou raspagens profundas após consultar o cardiologista sobre a suspensão desses medicamentos por pelo menos três dias antes da intervenção odontológica. 

Deve-se também ficar atento para os efeitos colaterais de alguns medicamentos como os anticonvulsivantes, os agentes bloqueadores dos canais de cálcio e os imunossupressores, que podem causar crescimento gengival. Os agentes bloqueadores dos canais de cálcio são utilizados para controlar problemas cardiovasculares como hipertensão arterial, taquicardia e angi-na. Lenize recorda que existem relatos da associação entre o crescimento gengival e o uso da nifedipina, verapamil, felodipina, nitrendipina e diltiazem. 

“Sabemos que nosso organismo possui mecanismos de defesa, porém, devemos estar atentos aos pacientes cardiopatas e quando houver dúvida, entrar em contato com o cardiologista do paciente”, orienta.

Para ver o Protocolo completo, clique aqui.

Fonte: Revista ABO Nacional – Vol. XIV nº 6 Dez 2006/Jan 2007

Cardiopatas devem receber tratamento odontológico diferen-ciado, com atenção especial a protocolo de atendimento, abor-dagem do paciente e interação medicamentosa. 

Bueno de Moraes após avaliar as con-dições sistêmicas e periodontais de pacientes do Instituto Dante Pazzane-se de Cardiologia em São Paulo, em 2002, observou que 92% dos indiví-duos examinados deveriam se subme-ter a um tratamento periodontal e sugeriu a adoção de um protocolo médico e odontológico integrado no Brasil, que melhore as possibilidades da promoção da saúde dos indivíduos. 

Cardiopatas necessitam de tratamento odontológico diferenci-ado, principalmente no quesito bacteriemia. A informação é da especialista Lenize Zanotti Soares Dias, que por sua vez evoca um estudo de Durack (1995), segundo o qual bacteriemia transitória é produzida após 60% das exodontias, 88% das cirurgias periodontais e aproximadamente 40% após escovação dentária. 

Com base neste antecedente científico, conclui-se que a fre-qüência da bacteriemia é alta após procedimentos dentários, quando comparados com outros procedimentos terapêuticos no organismo humano, como do trato respiratório, do geniturinário, do trato gastrointestinal ou sistema vascular. Lenize adverte, portanto, que os cirurgiões-dentistas devem estar atentos para o fato de que as doenças cardíacas são os maiores problemas sistêmicos de saúde em todo o mundo e que sua prevalência aumenta com a idade. 

Durante o tratamento odontológico do cardiopata, Lenize reco-menda evitar alterações hemodinâmicas além das toleráveis pelo sistema cardiovascular do paciente. Para ela, também o es-tresse psicológico e fisiológico é um considerável gatilho das alterações na estabilidade hemodinâmica. Por isso Lenize sugere o seguinte protocolo para evitar a tensão no paciente: 

• Sessões mais curtas e preferencialmente pela manhã;
• Usar anestesia para minimizar o desconforto;
• Uso de medicamentos para relaxamento e controle da an-siedade, desde que em acordo com o cardiologista.

Segundo a especialista, vários autores recomendam o controle da pressão arterial em portadores de coronariopatias que ve-nham a ser submetidos a intervenções mais invasivas como cirurgias periodontais e bucomaxilofaciais.

 

Interação medicamentosa

Dependendo da história médica do pacien-te, anestésicos locais com menor concen-tração, ou até mesmo sem adrenalina são recomendáveis, segundo Lenize. Soma-se a isto o máximo de precaução quanto à prática de injeções intravasculares. 

Em pacientes que fazem uso de anticoa-gulantes, aconselha-se marcar as cirurgias ou raspagens profundas após consultar o cardiologista sobre a suspensão desses medicamentos por pelo menos três dias antes da intervenção odontológica. 

Deve-se também ficar atento para os efeitos colaterais de alguns medicamentos como os anticonvulsivantes, os agentes bloqueadores dos canais de cálcio e os imunossupressores, que podem causar crescimento gengival. Os agentes bloqueadores dos canais de cálcio são utilizados para controlar problemas cardiovasculares como hipertensão arterial, taquicardia e angi-na. Lenize recorda que existem relatos da associação entre o crescimento gengival e o uso da nifedipina, verapamil, felodipina, nitrendipina e diltiazem. 

“Sabemos que nosso organismo possui mecanismos de defesa, porém, devemos estar atentos aos pacientes cardiopatas e quando houver dúvida, entrar em contato com o cardiologista do paciente”, orienta.

Para ver o Protocolo completo, clique aqui.

Fonte: Revista ABO Nacional – Vol. XIV nº 6 Dez 2006/Jan 2007

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