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9/5/2025
 
Artigo

- Odontologia Estética
O sorriso: entre a razão e a emoção

teste

 

 

 

 

  

Artigo enviado pelo
Prof. Dr. William Frossard

Podemos considerar, de uma maneira geral, que cada década na Odontologia é caracterizada por novos conceitos vindos de no-vas tecnologias e, após pesquisas acadêmicas, passam a fazer parte da rotina clínica, indo ao encontro das necessidades de dos pacientes.

Nos anos 80, as facetas laminadas de porcelana qualificaram-se por preencher os critérios exigidos, somando-se a eles a cres-cente demanda pela Odontologia Estética. Facetas laminadas são restaurações estéticas, em resina composta ou porcelana que envolvem preferencialmente uma face livre e parte das faces proximais do dente. Em alguns casos, pode se estender também para a face lingual.

As facetas estão indicadas para todos aqueles dentes ante-riores que, por comprometimento estético ou funcional, neces-sitem ter sua forma, tamanho ou cor restaurados, sendo um procedimento conservador quando comparado às próteses convencionais. Este tipo de metodologia, portanto, permite a modificação da forma, posição e cor dos dentes, originando efeitos significativos no sorriso.

Pela sua longevidade e durabilidade, quando realizadas corre-tamente em situações clínicas apropriadas, as facetas laminadas hoje em dia são utilizadas rotineiramente, com alto grau de sucesso clínico, inclusive em pré-molares devido à continuidade da harmonia durante o sorriso.

Entretanto, as facetas laminadas têm seu uso restrito. Nas situações clínicas onde necessitávamos ser mais invasivos, com recobrimento total dos elementos dentários, as coroas em metalo-cerâmica ocuparam e ainda ocupam um lugar de destaque dentro da Odontologia justamente pelo sucesso clínico, fartamente descrito dentro da literatura especializada. Esse tipo de trabalho parece ser de longe o mais bem sucedido na produção de restaurações resistentes ao estresse oclusal.

No entanto, as subestruturas metálicas tendem a ser problemáticas em termos de estética. A cor do metal precisa ser bloqueada, mascarada e isto é difícil nas áreas de margem, assim como nas áreas de pouca espessura de porcelana. Além disso, a translucidez da restauração é fortemente reduzida por essa subestrutura.

Pensando nisso, foi desenvolvida uma técnica que combina subestrutura metálica com margens de porcelana. O técnico deve reduzir o coping metálico de forma a permitir espaço para margens totalmente cerâmicas (ombro cerâmico). A partir disso, com o desejo crescente de eliminarmos o metal na composição estética das próteses dentárias, no final dos anos 80 e início dos anos 90 foram introduzidos no mercado as coroas livres de metal. Dentre esses sistemas, podemos citar alguns: IPS Empress, In Ceram, Cerec,  Procera, Cercon, Lava.

O IPS Empress é uma cerâmica feldspática reforçada por leucita com boas propriedades mecânicas e visuais. Este sistema emprega modelos de cera que são incluídos com subseqüente termopressão da cerâmica vítrea. Esta é uma técnica versátil que pode ser usada para facetas laminadas, coroas de jaqueta, inlays, onlays e prótese fixa de três elementos anteriores  até segundo pré-molar, sendo sua resistência flexural em torno de 300-400 Mpa.

O sistema In-Ceram foi desenvolvido por Sadoun em 1985. Ele faz uso de munhões aluminizados infiltrados por vidro para alcançar maior resistência. A infra-estrutura obtida fornece resistência à flexão em média de 400Mpa, sendo indicado para a confecção de coroas totais anteriores e posteriores e próteses fixas de três elementos para a região anterior até pré-molar.

O sistema In-Ceram Spinell utiliza uma mistura de alumina e magnésia, o que torna a infra-estrutura mais translúcida e com resistência à flexão 25% menor em relação à In-Ceram Alumina. Portanto, é indicado para coroas totais anteriores, inlays e onlays em situações em que se deseja uma maior translucidez da estrutura.

O Procera é baseado no sistema CAD-CAM (Computer-Assisted Design – Computer Assisted-Manufacture). O CAD utiliza um “scanner” de troquel e um computador, o qual irá converter as informações digitadas pelo “scanner” em imagens tridimensionais de alta resolução. Após o processamento destes dados, é possível, por meio de um software específico, trabalhar sobre esse preparo definindo suas margens, estabelecendo espessura uniforme da infra-estrutura protética, e enviar via internet as informações para a central de produção (Suécia e Estados Unidos). Normalmente, após cinco dias em média, recebemos o trabalho (infra-estrutura) no local desejado, via correio. Esse sistema consiste na produção industrial de “copings” de óxido de alumínio, altamente puro e densamente sinterizado. O processo de sinterização produz uma superfície livre de poros e extremamente resistente.

Desenvolvido também através do sistema CAD-CAM, a cerâmica de Óxido de Zircônia é o mais recente e promissor material disponível no mercado. A zircônia é um material com excelente biocompatibilidade, que apresenta uma série de vantagens: baixa condutibilidade térmica e menor colonização bacteriana em relação a outras cerâmicas. É uma estrutura cristalina tetragonal parcialmente estabilizada pelo óxido de ítreo e tem a capacidade de quando submetida a forças se transformar numa fase monoclínica, aumentando de volume, evitando a propagação de trincas, além de possuir alta resistência flexural (> 1000Mpa).

Sua opacidade, semelhante ao do metal, não impede que apresente propriedades óticas favoráveis, sendo capaz de mascarar núcleos metálicos, dentes escurecidos e conseguir como resultado final uma estética adequada. Por todas essas qualidades, sua indicação dentro da cavidade oral é irrestrita, podendo ser utilizado para restaurações unitárias, prótese parcial fixa, prótese adesiva e também para núcleos intra-radiculares e implantares.

Outra possibilidade de utilização, também através do sistema CAD-CAM, é a possibilidade de se confeccionar estruturas extremamente precisas para prótese sobre implantes, tanto aparafusadas quanto cimentadas. 

Prevenção e ética

Entretanto, podemos afirmar que o tratamento mais moderno que existe em Odontologia, é a prevenção, juntamente com os cuidados de higiene e manutenção profissional. A melhor prótese do mundo, feita pelo melhor dentista, não é melhor que os nossos dentes naturais. Mas, é claro, a prótese ocupa um lugar de destaque dentro da Odontologia atual, quando aplicada  nos casos de perda do(s) dente(s), ou parte deles, ou mesmo por indicação estética, possibilitando a devolução de um sorriso harmonioso. Além do mais, existirá o resgate da auto-estima e da confiança, o que é um dos aspectos mais fascinantes da nossa especialidade: o de não estar mexendo apenas com dentes, bocas, mas com sentimentos, emoções, bem-estar, alegria de viver...

Muitos pacientes e clínicos procuram diretrizes para o que deveria ser o sorriso perfeito. O sorriso é, ainda, um dos maiores atrativos da personalidade e, por ser capaz de abrir muitas portas, as pessoas atualmente estão dispostas a investir tempo e dinheiro para melhorá-lo, não menos do que fazem pela aparência de outras áreas do corpo. 

O sorriso apresenta claramente três componentes: os dentes, os lábios e a gengiva. Entretanto muitos outros elementos menos evidentes estão envolvidos, tais como: tamanho, equilíbrio de cores, textura, translucidez e assim por diante. Tanto a estética dental como a gengival atuam em conjunto para proporcionar um sorriso com harmonia e equilíbrio. Um defeito nos tecidos circundantes não pode ser compensado através da qualidade da restauração e vice-versa.

Portanto, na Odontologia atual, é praticamente fundamental que a busca por um “sorriso perfeito” tenha uma abordagem multidisciplinar: Ortodontia, Periodontia, Implantodontia, Cirurgia juntamente com a Prótese clínica e laboratorial.

Um outro aspecto extremamente importante, é ouvir o paciente e interpretar adequadamente seus anseios. Quando o paciente é incapaz de entender, apesar de todo o esforço do profissional, a impossibilidade de satisfazer suas necessidades, visto que são incompatíveis com o clinicamente possível, é melhor não realizar o tratamento.

O dever ético do cirurgião-dentista é o de sempre oferecer explicações detalhadas sobre o tratamento, dentro da possibilidade de compreensão do paciente e respeitando suas expectativas. No que se refere aos materiais disponíveis, às diferentes técnicas e aos procedimentos estéticos existentes, os pacientes ainda podem ser considerados leigos.

Em prol da estética, não deve haver detrimento da ética. Respeitar o que é natural consiste em tarefa extremamente difícil e trabalhosa e, como ocorre na maioria dos casos, o conceito estético do paciente nem sempre se aproxima do que é natural.

Citando o Prof. Carlo Zappalà, existe uma área neutra que pode ser explorada a fim de satisfazer as vontades do paciente, sem comprometer a ética profissional. Esse limite está entre a razão e a emoção, entre a percepção e o conhecimento técnico e o marketing. É onde a emoção e o conhecimento científico se encontram. Criar a verdadeira estética requer a compreensão de que a melhor restauração é aquela que não pode ser notada.

William Frossard é mestre em Dentística, especialista em Prótese Dentária, coordenador e professor do curso de Especialização em Prótese Dentária da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e consultor da Nobel Biocare

 

 

 

 

  

Artigo enviado pelo
Prof. Dr. William Frossard

Podemos considerar, de uma maneira geral, que cada década na Odontologia é caracterizada por novos conceitos vindos de no-vas tecnologias e, após pesquisas acadêmicas, passam a fazer parte da rotina clínica, indo ao encontro das necessidades de dos pacientes.

Nos anos 80, as facetas laminadas de porcelana qualificaram-se por preencher os critérios exigidos, somando-se a eles a cres-cente demanda pela Odontologia Estética. Facetas laminadas são restaurações estéticas, em resina composta ou porcelana que envolvem preferencialmente uma face livre e parte das faces proximais do dente. Em alguns casos, pode se estender também para a face lingual.

As facetas estão indicadas para todos aqueles dentes ante-riores que, por comprometimento estético ou funcional, neces-sitem ter sua forma, tamanho ou cor restaurados, sendo um procedimento conservador quando comparado às próteses convencionais. Este tipo de metodologia, portanto, permite a modificação da forma, posição e cor dos dentes, originando efeitos significativos no sorriso.

Pela sua longevidade e durabilidade, quando realizadas corre-tamente em situações clínicas apropriadas, as facetas laminadas hoje em dia são utilizadas rotineiramente, com alto grau de sucesso clínico, inclusive em pré-molares devido à continuidade da harmonia durante o sorriso.

Entretanto, as facetas laminadas têm seu uso restrito. Nas situações clínicas onde necessitávamos ser mais invasivos, com recobrimento total dos elementos dentários, as coroas em metalo-cerâmica ocuparam e ainda ocupam um lugar de destaque dentro da Odontologia justamente pelo sucesso clínico, fartamente descrito dentro da literatura especializada. Esse tipo de trabalho parece ser de longe o mais bem sucedido na produção de restaurações resistentes ao estresse oclusal.

No entanto, as subestruturas metálicas tendem a ser problemáticas em termos de estética. A cor do metal precisa ser bloqueada, mascarada e isto é difícil nas áreas de margem, assim como nas áreas de pouca espessura de porcelana. Além disso, a translucidez da restauração é fortemente reduzida por essa subestrutura.

Pensando nisso, foi desenvolvida uma técnica que combina subestrutura metálica com margens de porcelana. O técnico deve reduzir o coping metálico de forma a permitir espaço para margens totalmente cerâmicas (ombro cerâmico). A partir disso, com o desejo crescente de eliminarmos o metal na composição estética das próteses dentárias, no final dos anos 80 e início dos anos 90 foram introduzidos no mercado as coroas livres de metal. Dentre esses sistemas, podemos citar alguns: IPS Empress, In Ceram, Cerec,  Procera, Cercon, Lava.

O IPS Empress é uma cerâmica feldspática reforçada por leucita com boas propriedades mecânicas e visuais. Este sistema emprega modelos de cera que são incluídos com subseqüente termopressão da cerâmica vítrea. Esta é uma técnica versátil que pode ser usada para facetas laminadas, coroas de jaqueta, inlays, onlays e prótese fixa de três elementos anteriores  até segundo pré-molar, sendo sua resistência flexural em torno de 300-400 Mpa.

O sistema In-Ceram foi desenvolvido por Sadoun em 1985. Ele faz uso de munhões aluminizados infiltrados por vidro para alcançar maior resistência. A infra-estrutura obtida fornece resistência à flexão em média de 400Mpa, sendo indicado para a confecção de coroas totais anteriores e posteriores e próteses fixas de três elementos para a região anterior até pré-molar.

O sistema In-Ceram Spinell utiliza uma mistura de alumina e magnésia, o que torna a infra-estrutura mais translúcida e com resistência à flexão 25% menor em relação à In-Ceram Alumina. Portanto, é indicado para coroas totais anteriores, inlays e onlays em situações em que se deseja uma maior translucidez da estrutura.

O Procera é baseado no sistema CAD-CAM (Computer-Assisted Design – Computer Assisted-Manufacture). O CAD utiliza um “scanner” de troquel e um computador, o qual irá converter as informações digitadas pelo “scanner” em imagens tridimensionais de alta resolução. Após o processamento destes dados, é possível, por meio de um software específico, trabalhar sobre esse preparo definindo suas margens, estabelecendo espessura uniforme da infra-estrutura protética, e enviar via internet as informações para a central de produção (Suécia e Estados Unidos). Normalmente, após cinco dias em média, recebemos o trabalho (infra-estrutura) no local desejado, via correio. Esse sistema consiste na produção industrial de “copings” de óxido de alumínio, altamente puro e densamente sinterizado. O processo de sinterização produz uma superfície livre de poros e extremamente resistente.

Desenvolvido também através do sistema CAD-CAM, a cerâmica de Óxido de Zircônia é o mais recente e promissor material disponível no mercado. A zircônia é um material com excelente biocompatibilidade, que apresenta uma série de vantagens: baixa condutibilidade térmica e menor colonização bacteriana em relação a outras cerâmicas. É uma estrutura cristalina tetragonal parcialmente estabilizada pelo óxido de ítreo e tem a capacidade de quando submetida a forças se transformar numa fase monoclínica, aumentando de volume, evitando a propagação de trincas, além de possuir alta resistência flexural (> 1000Mpa).

Sua opacidade, semelhante ao do metal, não impede que apresente propriedades óticas favoráveis, sendo capaz de mascarar núcleos metálicos, dentes escurecidos e conseguir como resultado final uma estética adequada. Por todas essas qualidades, sua indicação dentro da cavidade oral é irrestrita, podendo ser utilizado para restaurações unitárias, prótese parcial fixa, prótese adesiva e também para núcleos intra-radiculares e implantares.

Outra possibilidade de utilização, também através do sistema CAD-CAM, é a possibilidade de se confeccionar estruturas extremamente precisas para prótese sobre implantes, tanto aparafusadas quanto cimentadas. 

Prevenção e ética

Entretanto, podemos afirmar que o tratamento mais moderno que existe em Odontologia, é a prevenção, juntamente com os cuidados de higiene e manutenção profissional. A melhor prótese do mundo, feita pelo melhor dentista, não é melhor que os nossos dentes naturais. Mas, é claro, a prótese ocupa um lugar de destaque dentro da Odontologia atual, quando aplicada  nos casos de perda do(s) dente(s), ou parte deles, ou mesmo por indicação estética, possibilitando a devolução de um sorriso harmonioso. Além do mais, existirá o resgate da auto-estima e da confiança, o que é um dos aspectos mais fascinantes da nossa especialidade: o de não estar mexendo apenas com dentes, bocas, mas com sentimentos, emoções, bem-estar, alegria de viver...

Muitos pacientes e clínicos procuram diretrizes para o que deveria ser o sorriso perfeito. O sorriso é, ainda, um dos maiores atrativos da personalidade e, por ser capaz de abrir muitas portas, as pessoas atualmente estão dispostas a investir tempo e dinheiro para melhorá-lo, não menos do que fazem pela aparência de outras áreas do corpo. 

O sorriso apresenta claramente três componentes: os dentes, os lábios e a gengiva. Entretanto muitos outros elementos menos evidentes estão envolvidos, tais como: tamanho, equilíbrio de cores, textura, translucidez e assim por diante. Tanto a estética dental como a gengival atuam em conjunto para proporcionar um sorriso com harmonia e equilíbrio. Um defeito nos tecidos circundantes não pode ser compensado através da qualidade da restauração e vice-versa.

Portanto, na Odontologia atual, é praticamente fundamental que a busca por um “sorriso perfeito” tenha uma abordagem multidisciplinar: Ortodontia, Periodontia, Implantodontia, Cirurgia juntamente com a Prótese clínica e laboratorial.

Um outro aspecto extremamente importante, é ouvir o paciente e interpretar adequadamente seus anseios. Quando o paciente é incapaz de entender, apesar de todo o esforço do profissional, a impossibilidade de satisfazer suas necessidades, visto que são incompatíveis com o clinicamente possível, é melhor não realizar o tratamento.

O dever ético do cirurgião-dentista é o de sempre oferecer explicações detalhadas sobre o tratamento, dentro da possibilidade de compreensão do paciente e respeitando suas expectativas. No que se refere aos materiais disponíveis, às diferentes técnicas e aos procedimentos estéticos existentes, os pacientes ainda podem ser considerados leigos.

Em prol da estética, não deve haver detrimento da ética. Respeitar o que é natural consiste em tarefa extremamente difícil e trabalhosa e, como ocorre na maioria dos casos, o conceito estético do paciente nem sempre se aproxima do que é natural.

Citando o Prof. Carlo Zappalà, existe uma área neutra que pode ser explorada a fim de satisfazer as vontades do paciente, sem comprometer a ética profissional. Esse limite está entre a razão e a emoção, entre a percepção e o conhecimento técnico e o marketing. É onde a emoção e o conhecimento científico se encontram. Criar a verdadeira estética requer a compreensão de que a melhor restauração é aquela que não pode ser notada.

William Frossard é mestre em Dentística, especialista em Prótese Dentária, coordenador e professor do curso de Especialização em Prótese Dentária da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e consultor da Nobel Biocare

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