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9/5/2025
 
Matéria

- Dentística Restauradora
Professor da FOB quer mudar conceito de cárie

teste

Cárie não é doença. Esta é a conclusão de um estudo do professor José Eduardo de Oliveira Lima, da Faculdade de Odon-tologia de Bauru (FOB) da USP. O trabalho sugere modificações para a prevenção e o tratamento da cárie – que passa a ser interpretada como um desequilíbrio da biodiversidade presente na cavidade bucal. Tradicionalmente, a cárie é considerada uma doença infecto-contagiosa – portanto, uma doença transmis-sível cujo tratamento se foca no combate aos microorganismos.

A pesquisa de Lima aponta que a cárie aparece como resultado de um desequilíbrio provocado pela mudança dos hábitos alimen-tares ao longo do desenvolvimento da humanidade. Esses micro-organismos fazem parte da biodiversidade da cavidade bucal; no entanto, um desequilíbrio constante provoca a desmineralização irreversível do esmalte dentário, que é a cárie.  

Segundo o professor, o homem primitivo não tinha cáries: sua alimentação mantida exclusivamente por alimentos naturais e não-manipulados fazia com que ele permanecesse em equilíbrio com a natureza, apesar da presença dos microorganismos no seu corpo. 


Homem primitivo x fast food

As características dessa alimentação permitiam que as desmine-ralizações naturais do esmalte fossem neutralizadas pela saliva ainda em seu estágio reversível, o que provocava a reminera-lização natural. Era um processo contínuo e em equilíbrio. O sistema da fisiologia bucal nessa época era perfeito.

“Acreditava-se que devíamos combater o microorganismo. Ele participa do processo, mas não é o responsável pelo apareci-mento da cárie. Ele, na verdade, desempenha um papel fisio-lógico em conjunto com a dieta, formando a placa bacteriana”, diz Lima.

O professor ainda afirma que a cárie dentária deve ser considerada como uma lesão apenas no esmalte, e seu primeiro sinal é a chamada mancha branca. Lesões que atingem a dentina são provocadas por outros fatores que progridem e podem atingir a polpa, provocando dor, inflamação e infecção, caracterizando uma enfermidade, que já não define-se mais como a cárie dentária.

Prevenção

Baseado nesse conceito, toda es-tratégia preventiva deve buscar o equilíbrio da biodiversidade da ca-vidade bucal. Uma das maneiras de se conseguir isso é através da es-covação. Crianças, geralmente sem habilidade motora e conhecimento suficiente, costumam ser vitimadas justamente por não terem a capa-cidade de fazer uma escovação adequada.

O professor recomenda que a escovação por parte das crianças seja mantida – mas acrescenta que, para que as cáries sejam efetivamente prevenidas, é necessário que os pequenos sejam observados pelo dentista uma vez por mês. Com um odonto-pediatra, será feita uma limpeza completa dos dentes e a verificação das possíveis manchas brancas no esmalte.

Cárie não é doença. Esta é a conclusão de um estudo do professor José Eduardo de Oliveira Lima, da Faculdade de Odon-tologia de Bauru (FOB) da USP. O trabalho sugere modificações para a prevenção e o tratamento da cárie – que passa a ser interpretada como um desequilíbrio da biodiversidade presente na cavidade bucal. Tradicionalmente, a cárie é considerada uma doença infecto-contagiosa – portanto, uma doença transmis-sível cujo tratamento se foca no combate aos microorganismos.

A pesquisa de Lima aponta que a cárie aparece como resultado de um desequilíbrio provocado pela mudança dos hábitos alimen-tares ao longo do desenvolvimento da humanidade. Esses micro-organismos fazem parte da biodiversidade da cavidade bucal; no entanto, um desequilíbrio constante provoca a desmineralização irreversível do esmalte dentário, que é a cárie.  

Segundo o professor, o homem primitivo não tinha cáries: sua alimentação mantida exclusivamente por alimentos naturais e não-manipulados fazia com que ele permanecesse em equilíbrio com a natureza, apesar da presença dos microorganismos no seu corpo. 


Homem primitivo x fast food

As características dessa alimentação permitiam que as desmine-ralizações naturais do esmalte fossem neutralizadas pela saliva ainda em seu estágio reversível, o que provocava a reminera-lização natural. Era um processo contínuo e em equilíbrio. O sistema da fisiologia bucal nessa época era perfeito.

“Acreditava-se que devíamos combater o microorganismo. Ele participa do processo, mas não é o responsável pelo apareci-mento da cárie. Ele, na verdade, desempenha um papel fisio-lógico em conjunto com a dieta, formando a placa bacteriana”, diz Lima.

O professor ainda afirma que a cárie dentária deve ser considerada como uma lesão apenas no esmalte, e seu primeiro sinal é a chamada mancha branca. Lesões que atingem a dentina são provocadas por outros fatores que progridem e podem atingir a polpa, provocando dor, inflamação e infecção, caracterizando uma enfermidade, que já não define-se mais como a cárie dentária.

Prevenção

Baseado nesse conceito, toda es-tratégia preventiva deve buscar o equilíbrio da biodiversidade da ca-vidade bucal. Uma das maneiras de se conseguir isso é através da es-covação. Crianças, geralmente sem habilidade motora e conhecimento suficiente, costumam ser vitimadas justamente por não terem a capa-cidade de fazer uma escovação adequada.

O professor recomenda que a escovação por parte das crianças seja mantida – mas acrescenta que, para que as cáries sejam efetivamente prevenidas, é necessário que os pequenos sejam observados pelo dentista uma vez por mês. Com um odonto-pediatra, será feita uma limpeza completa dos dentes e a verificação das possíveis manchas brancas no esmalte.

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