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9/5/2025
 
Matéria

- Dentística Restauradora
Diagnósticos e tratamentos para cárie com mínima intervenção

teste

Saiba como utilizar métodos menos invasivos para o diagnós-tico e o tratamento da doença cárie 

Não há um cirurgião-dentista, seja ele de qualquer especialidade, que nunca tenha recebido um paciente com lesão cariosa. O problema é um dos mais comuns em consultórios dentários e atinge pessoas de todas as idades. 

Exatamente por ser um problema comum, seu surgimento pode estar relacionado a diversos fatores, que vão desde problemas com a alimentação ou uma escovação inadequada até uma predestinação à doença.  

Doença X Sinal clínico 

A grande maioria dos cirurgiões-dentistas não busca descobrir qual a causa das cáries. As lesões são encaradas apenas como um sinal clínico, e não como uma doença. A maneira como o profissional interpreta as lesões cariosas foi um dos temas da palestra do Dr. Fausto Medeiros Mendes no 26º CIOSP. “Quando uma pessoa vai ao consultório com catapora, o médico não diz ‘você está com 49 cataporas’, ele dá o diagnóstico da doença catapora e, não receita uma pomada para tratar individualmente cada lesão, a doença é que é tratada. Com as cáries é feito exatamente o oposto”, exemplifica Dr. Fausto. 

Ao tratar apenas do sinal clínico cárie o profissional não está resolvendo o problema. É preciso descobrir o agente causador das lesões e combater a doença cárie, para que o sinal clínico não volte a aparecer. 

Diagnóstico  

Por ser um problema tão comum, há diversos métodos de diagnosticá-lo, que vão dos mais simples e conservadores aos mais modernos, com aparelhos que prometem diagnosticá-lo com maior precisão. 

Independente do método utilizado para diagnosticar a doença – cada um tem seu método preferido, que considera mais eficaz – é importante ter em mente que ele deve ser o menos invasivo possível e o tratamento só deve ser feito quando se há certeza de que há uma lesão cariosa em determinado dente. 

Caso haja qualquer incerteza com relação à lesão, é reco-mendado que não se mexa no dente. É mais aconselhável “subestimar” a doença a abrir um dente hígido, sadio, sem necessidade. Depois, caso o diagnóstico se confirme, a lesão poderá ser tratada normalmente. 

Métodos convencionais para diagnóstico de cárie 

A sonda exploradora pode ser considerada um dos métodos mais utilizados no exame tátil das lesões cariosas. Não há quem, ao suspeitar de uma cárie, não tenha uti-lizado uma sonda exploradora para avaliar a textura da possível lesão. 

Porém, a sonda exploradora não é a mais indicada. Além de apresentar baixa precisão, o explorador pode causar danos à superfície de lesão do dente. Uma solução seria trocar a sonda exploradora por uma sonda OMS que, quando utilizada cui-dadosamente, é menos agressiva ao dente. 

O exame tátil torna-se mais preciso quando feito em conjunto com o exame visual e radiográfico. As radiografias são muito im-portantes para um diagnóstico preciso, já que podem evidenciar lesões nas superfícies proximais ou lesões oclusais ocultas.


Radiografia: essencial no diagnóstico.

Métodos avançados para diagnóstico de cárie 

Em constante evolução, a cada dia que passa surgem novos métodos para diagnosticar as lesões, sempre prometendo uma maior rapidez e precisão. Os novos métodos buscam um diag-nóstico mais objetivo, medindo pequenas alterações minerais nos dentes. 

O diagnóstico é feito com a ajuda de aparelhos que, de acordo com uma escala numérica, mostram quais dentes podem apresentar lesões cariosas. Além do alto preço dos equipa-mentos, esses aparelhos apresentam outras desvantagens, como o fato de sofrerem interferência de pigmentações que não são lesões de cárie.  

Quando utilizados em conjunto com os exames táteis e visuais já convencionais os métodos avançados podem ser grandes aliados no consultório odontológico. Mas é sempre bom res-saltar: se mesmo com a utilização de todos esses métodos houver qualquer dúvida com relação ao diagnóstico, é melhor “subestimar” a doença e evitar que um dente sadio seja aberto desnecessariamente.


Podem ser grandes aliados.

Tratamento

Como já foi dito anteriormente, o cirurgião-dentista deve se preocupar em tratar a doença cárie, e não o sinal clínico cárie. Para isso, é necessário saber a causa da doença e tentar combatê-la. 

“Antes de dar início a qualquer tratamento, é preciso saber que o risco e a atividade de cárie são diferentes para cada pessoa e o tratamento da doença deve ser de acordo com o risco e a atividade de cárie de cada um”, explicou a Dra. Mônica Campos Serra durante o 26º CIOSP. Dra. Mônica é especialista exa-tamente em pacientes com grande atividade de cárie e afirma que, para diferenciar cada paciente com relação ao risco de cáries e saber como combatê-la, uma boa anamnese é fundamental. 

Biofilme dental 

O controle do biofilme é fundamental para a manutenção de uma saúde bucal saudável. Para que o dentista possa conhecer melhor a alimentação de seu paciente e, conseqüentemente, seu biofilme, é necessário que o cirurgião-dentista peça um diário alimentar a todos os seus pacientes. Assim, é possível conhecer mais a fundo a alimentação de cada um e a cons-tituição de seu biofilme. 

Uma simples mudança de hábitos ali-mentares pode ajudar no combate às cáries. Além de uma dieta com pouca sacarose (no máximo 3 ingestões diá-rias), o consumo de leite, queijo e nozes, amêndoas e castanhas podem contribuir para seu controle. O consumo de ali-mentos ricos em cálcio e fósforo também auxiliam na remineralização do esmalte. 

Flúor 

A utilização do flúor é um dos méto-dos mais eficazes de se prevenir a cárie. Uma prova de sua importân-cia é ver como a incidência de cáries diminuiu em cidades que possuem água fluoretada. 

Os dentifrícios fluoretados, cada vez mais freqüentes nos mercados, também são uma excelente forma de combate à lesão. 

Selante 

Na hora de tratar as lesões cariosas, além da opção por méto-dos de diagnóstico pouco invasivos e pela “subestimação” da doença em caso de dúvidas, também é necessário tomar cuida-do com lesões inativas, que também devem ser “subesti-madas”.  

Um exame radiográfico, por exemplo, não permite ao CD saber se uma determinada lesão encontra-se ativa ou não. Em caso de dúvidas, é melhor esperar um certo período, fazendo acompanhamentos periódicos e verificar se houve um aumento da lesão. 

Outra solução pouco invasiva para o tratamento das cáries é a utilização de selante. Além de ser utilizado para restaurações no lugar do amálgama, ele pode ser utilizado para transformar lesões ativas em inativas e, dessa maneira, evitar a necessidade de tratamento. 

Mudança de pensamento 

O combate à doença cárie ao invés do sinal clínico cárie deve ser prioridade dentro de todos os consultórios dentários. A simples mudança no modo como encarar as lesões cariosas já é um grande passo para fazer com que sua incidência caia cada vez mais. 

Outra atitude que deve ser abolida dos consultórios é o tratamento de lesões cariosas sem necessidade. Não são poucos os dentes hígidos que, por um diagnóstico impreciso, são abertos, ou até mesmo lesões inativas, que são tratadas e fazem com que o dente perca partes sadias. Devemos sempre lembrar que nem mesmo a melhor das restaurações é tão eficiente quanto a estrutura “original” do dente. 

A escolha por métodos de diagnóstico e tratamento menos invasivos, que não agridam a nenhum dente, principalmente os hígidos, também deve ser prioridade. Quando simples atitudes como as descritas acima começarem a fazer parte do dia-a-dia do cirurgião-dentista, os tratamentos se tornarão mais simples e o número de dentes tratados erroneamente com certeza irá diminuir. 

Saiba como utilizar métodos menos invasivos para o diagnós-tico e o tratamento da doença cárie 

Não há um cirurgião-dentista, seja ele de qualquer especialidade, que nunca tenha recebido um paciente com lesão cariosa. O problema é um dos mais comuns em consultórios dentários e atinge pessoas de todas as idades. 

Exatamente por ser um problema comum, seu surgimento pode estar relacionado a diversos fatores, que vão desde problemas com a alimentação ou uma escovação inadequada até uma predestinação à doença.  

Doença X Sinal clínico 

A grande maioria dos cirurgiões-dentistas não busca descobrir qual a causa das cáries. As lesões são encaradas apenas como um sinal clínico, e não como uma doença. A maneira como o profissional interpreta as lesões cariosas foi um dos temas da palestra do Dr. Fausto Medeiros Mendes no 26º CIOSP. “Quando uma pessoa vai ao consultório com catapora, o médico não diz ‘você está com 49 cataporas’, ele dá o diagnóstico da doença catapora e, não receita uma pomada para tratar individualmente cada lesão, a doença é que é tratada. Com as cáries é feito exatamente o oposto”, exemplifica Dr. Fausto. 

Ao tratar apenas do sinal clínico cárie o profissional não está resolvendo o problema. É preciso descobrir o agente causador das lesões e combater a doença cárie, para que o sinal clínico não volte a aparecer. 

Diagnóstico  

Por ser um problema tão comum, há diversos métodos de diagnosticá-lo, que vão dos mais simples e conservadores aos mais modernos, com aparelhos que prometem diagnosticá-lo com maior precisão. 

Independente do método utilizado para diagnosticar a doença – cada um tem seu método preferido, que considera mais eficaz – é importante ter em mente que ele deve ser o menos invasivo possível e o tratamento só deve ser feito quando se há certeza de que há uma lesão cariosa em determinado dente. 

Caso haja qualquer incerteza com relação à lesão, é reco-mendado que não se mexa no dente. É mais aconselhável “subestimar” a doença a abrir um dente hígido, sadio, sem necessidade. Depois, caso o diagnóstico se confirme, a lesão poderá ser tratada normalmente. 

Métodos convencionais para diagnóstico de cárie 

A sonda exploradora pode ser considerada um dos métodos mais utilizados no exame tátil das lesões cariosas. Não há quem, ao suspeitar de uma cárie, não tenha uti-lizado uma sonda exploradora para avaliar a textura da possível lesão. 

Porém, a sonda exploradora não é a mais indicada. Além de apresentar baixa precisão, o explorador pode causar danos à superfície de lesão do dente. Uma solução seria trocar a sonda exploradora por uma sonda OMS que, quando utilizada cui-dadosamente, é menos agressiva ao dente. 

O exame tátil torna-se mais preciso quando feito em conjunto com o exame visual e radiográfico. As radiografias são muito im-portantes para um diagnóstico preciso, já que podem evidenciar lesões nas superfícies proximais ou lesões oclusais ocultas.


Radiografia: essencial no diagnóstico.

Métodos avançados para diagnóstico de cárie 

Em constante evolução, a cada dia que passa surgem novos métodos para diagnosticar as lesões, sempre prometendo uma maior rapidez e precisão. Os novos métodos buscam um diag-nóstico mais objetivo, medindo pequenas alterações minerais nos dentes. 

O diagnóstico é feito com a ajuda de aparelhos que, de acordo com uma escala numérica, mostram quais dentes podem apresentar lesões cariosas. Além do alto preço dos equipa-mentos, esses aparelhos apresentam outras desvantagens, como o fato de sofrerem interferência de pigmentações que não são lesões de cárie.  

Quando utilizados em conjunto com os exames táteis e visuais já convencionais os métodos avançados podem ser grandes aliados no consultório odontológico. Mas é sempre bom res-saltar: se mesmo com a utilização de todos esses métodos houver qualquer dúvida com relação ao diagnóstico, é melhor “subestimar” a doença e evitar que um dente sadio seja aberto desnecessariamente.


Podem ser grandes aliados.

Tratamento

Como já foi dito anteriormente, o cirurgião-dentista deve se preocupar em tratar a doença cárie, e não o sinal clínico cárie. Para isso, é necessário saber a causa da doença e tentar combatê-la. 

“Antes de dar início a qualquer tratamento, é preciso saber que o risco e a atividade de cárie são diferentes para cada pessoa e o tratamento da doença deve ser de acordo com o risco e a atividade de cárie de cada um”, explicou a Dra. Mônica Campos Serra durante o 26º CIOSP. Dra. Mônica é especialista exa-tamente em pacientes com grande atividade de cárie e afirma que, para diferenciar cada paciente com relação ao risco de cáries e saber como combatê-la, uma boa anamnese é fundamental. 

Biofilme dental 

O controle do biofilme é fundamental para a manutenção de uma saúde bucal saudável. Para que o dentista possa conhecer melhor a alimentação de seu paciente e, conseqüentemente, seu biofilme, é necessário que o cirurgião-dentista peça um diário alimentar a todos os seus pacientes. Assim, é possível conhecer mais a fundo a alimentação de cada um e a cons-tituição de seu biofilme. 

Uma simples mudança de hábitos ali-mentares pode ajudar no combate às cáries. Além de uma dieta com pouca sacarose (no máximo 3 ingestões diá-rias), o consumo de leite, queijo e nozes, amêndoas e castanhas podem contribuir para seu controle. O consumo de ali-mentos ricos em cálcio e fósforo também auxiliam na remineralização do esmalte. 

Flúor 

A utilização do flúor é um dos méto-dos mais eficazes de se prevenir a cárie. Uma prova de sua importân-cia é ver como a incidência de cáries diminuiu em cidades que possuem água fluoretada. 

Os dentifrícios fluoretados, cada vez mais freqüentes nos mercados, também são uma excelente forma de combate à lesão. 

Selante 

Na hora de tratar as lesões cariosas, além da opção por méto-dos de diagnóstico pouco invasivos e pela “subestimação” da doença em caso de dúvidas, também é necessário tomar cuida-do com lesões inativas, que também devem ser “subesti-madas”.  

Um exame radiográfico, por exemplo, não permite ao CD saber se uma determinada lesão encontra-se ativa ou não. Em caso de dúvidas, é melhor esperar um certo período, fazendo acompanhamentos periódicos e verificar se houve um aumento da lesão. 

Outra solução pouco invasiva para o tratamento das cáries é a utilização de selante. Além de ser utilizado para restaurações no lugar do amálgama, ele pode ser utilizado para transformar lesões ativas em inativas e, dessa maneira, evitar a necessidade de tratamento. 

Mudança de pensamento 

O combate à doença cárie ao invés do sinal clínico cárie deve ser prioridade dentro de todos os consultórios dentários. A simples mudança no modo como encarar as lesões cariosas já é um grande passo para fazer com que sua incidência caia cada vez mais. 

Outra atitude que deve ser abolida dos consultórios é o tratamento de lesões cariosas sem necessidade. Não são poucos os dentes hígidos que, por um diagnóstico impreciso, são abertos, ou até mesmo lesões inativas, que são tratadas e fazem com que o dente perca partes sadias. Devemos sempre lembrar que nem mesmo a melhor das restaurações é tão eficiente quanto a estrutura “original” do dente. 

A escolha por métodos de diagnóstico e tratamento menos invasivos, que não agridam a nenhum dente, principalmente os hígidos, também deve ser prioridade. Quando simples atitudes como as descritas acima começarem a fazer parte do dia-a-dia do cirurgião-dentista, os tratamentos se tornarão mais simples e o número de dentes tratados erroneamente com certeza irá diminuir. 

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