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9/5/2025
 
Matéria

- Implantodontia
Do planejamento virtual à precisão real

teste

Em Implantodontia, o crucial para se obter um bom resultado é fazer um bom planejamento do caso, buscando o máximo de informações e tratando outro problema bucal que o paciente possa ter antes de realizar qualquer procedimento. “Os implan-tes podem ser a melhor ou a pior escolha para o paciente, dependendo dos cuidados no planejamento, que deve seguir a clássica rotina: história médica e odontológica do paciente, exame clínico, modelos de estudo, enceramento diagnóstico, diagnóstico por imagem e avaliação da relação osseo-alveolar remanescente e reabilitação protética”. Esta é a opinião do doutor em Implantodontia e coordenador do curso de espe-cialização na área da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) José Cícero Dinato.

A busca por um pré-operatório minucioso e ideal e por formas que auxiliem o profissional a transferir com precisão o que foi planejado para a cirurgia impulsionou o desenvolvimento de um dos mais atuais procedimentos em Implantodontia, baseado em planejamento virtual e cirurgia guiada por peças prototipadas, que permitem a colocação dos implantes sem retalhos.

Com estes dois novos elementos, a técnica deu uma abordagem inteiramente nova para as cirurgias de instalação de implantes. Por ser recente e ter um valor elevado em relação às metodo-logias tradicionais, a novidade ainda está se difundindo no Brasil.

A tecnologia começa na passagem das imagens de tomografia computadorizada para um software específico, em que o pro-fissional poderá visualizar a anatomia óssea do paciente em 3D e manipulá-la livremente. Com o sistema, é possível planejar as mais adequadas posição, inclinação e quantidade de implantes utilizados, levando em consideração as restrições anatômicas e as questões estéticas e protéticas.


Planejamento virtual da cirurgia com software específico

Depois da realização do procedimento virtualmente, os resulta-dos dele são usados para confeccionar, através de um sistema CAD/CAM, a guia cirúrgica. A guia traz pequenos furos, revestidos por metal, que indicam o local e inclinação das perfurações, conforme o que foi planejado previamente. “A guia é a chave do sistema, visto que ela permite a transferência do planejamento protético pré-determinado para o planejamento atual dos implantes”, avalia Dinato. Com o conhecimento prévio da posição dos implantes através do planejamento virtual e da guia já pronta, é possível confeccionar a prótese antes da cirurgia e fixá-la logo após a colocação dos implantes.

Ganham CD e paciente

Além da precisão e segurança no procedimento e previsibi­lidade do caso, a moderna técnica é pouco invasiva e tem o grande benefício de evitar retalhos na gengiva, pois a guia é posicionada diretamente na mucosa e somente o tecido por onde passam os implantes é removido. “Dessa forma, sintomas pós-operatórios como dor, edema e inflamação são bastante reduzidos”, explica o implantodontista Geninho Thomé. Outro benefício é lembrado por Dinato: “Com um pós mais confortável e a função imediata, o paciente pode voltar às suas atividades profissionais e sociais em um breve intervalo de tempo”.

O planejamento virtual e a guia também oferecem muita simpli-cidade, agilidade e rapidez à cirurgia e a todo o tratamento. “Há uma redução na média do número de consultas, permitindo ao paciente poupar tempo e reduzir os custos do tratamento”, avalia Laércio Vasconcelos.

Caminho percorrido

Para se chegar às atuais técnicas de cirurgia guiada com pla-nejamento assistido por computador, um caminho de estudo e experimentação foi percorrido por pesquisadores nos últimos anos. Segundo Dinato, um dos primeiros relatos de procedimentos nessa linha foi feito por van Steenberghe e colaboradores, em 2002, que assentaram as guias no rebordo alveolar após o descolamento do retalho. “Encorajado pelos bons resultados deste trabalho, este conceito evoluiu para a sua utilização em cirurgias sem retalho”, conta o especialista.

Por sua vez, Thomé destaca como um grande passo na Implantodontia as cirurgias guiadas por barras apoiadas sobre o osso e a utilização das barras metálicas pré-fabricadas para esplintagem dos implantes. “As vantagens das barras metálicas são a facilidade de assentamento passivo das próteses, menor período de trabalho laboratorial e menor custo do tratamento. No entanto, a técnica sem retalho é um avanço por oferecer mais conforto ao paciente.”

Mais biossegurança à Odontologia

Tratamentos em reabilitação oral, assim como outros procedi-mentos cirúrgicos, envolvem cuidados rigorosos na assepsia dos instrumentos e do ambiente. A evolução da Implantodontia, pelas exigências inerentes a ela, contribuiu muito para melhorar a biossegurança nos consultórios odontológicos.

“A maioria dos colegas tem boa noção de assepsia, que é ensinada em todos os cursos de implante. Com isso, as infecções na área não são comuns”, diz Laércio Vasconcelos. Ele completa que os problemas com infecção são mais comuns nos casos de enxerto ósseo, autógenos ou heterógenos. “O seio maxilar é, por exemplo, uma área com propensão à sinusopatias decorrentes dos enxertos e também dos implantes zigomáticos.” E alerta: “Deve fazer procedimentos cirúrgicos somente quem estiver apto, para não colocar em risco a saúde dos pacientes”.

Fonte: Revista ABO Nacional – Edição 83 - Vol. XV nº 2 Abr/Maio 2007

Em Implantodontia, o crucial para se obter um bom resultado é fazer um bom planejamento do caso, buscando o máximo de informações e tratando outro problema bucal que o paciente possa ter antes de realizar qualquer procedimento. “Os implan-tes podem ser a melhor ou a pior escolha para o paciente, dependendo dos cuidados no planejamento, que deve seguir a clássica rotina: história médica e odontológica do paciente, exame clínico, modelos de estudo, enceramento diagnóstico, diagnóstico por imagem e avaliação da relação osseo-alveolar remanescente e reabilitação protética”. Esta é a opinião do doutor em Implantodontia e coordenador do curso de espe-cialização na área da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) José Cícero Dinato.

A busca por um pré-operatório minucioso e ideal e por formas que auxiliem o profissional a transferir com precisão o que foi planejado para a cirurgia impulsionou o desenvolvimento de um dos mais atuais procedimentos em Implantodontia, baseado em planejamento virtual e cirurgia guiada por peças prototipadas, que permitem a colocação dos implantes sem retalhos.

Com estes dois novos elementos, a técnica deu uma abordagem inteiramente nova para as cirurgias de instalação de implantes. Por ser recente e ter um valor elevado em relação às metodo-logias tradicionais, a novidade ainda está se difundindo no Brasil.

A tecnologia começa na passagem das imagens de tomografia computadorizada para um software específico, em que o pro-fissional poderá visualizar a anatomia óssea do paciente em 3D e manipulá-la livremente. Com o sistema, é possível planejar as mais adequadas posição, inclinação e quantidade de implantes utilizados, levando em consideração as restrições anatômicas e as questões estéticas e protéticas.


Planejamento virtual da cirurgia com software específico

Depois da realização do procedimento virtualmente, os resulta-dos dele são usados para confeccionar, através de um sistema CAD/CAM, a guia cirúrgica. A guia traz pequenos furos, revestidos por metal, que indicam o local e inclinação das perfurações, conforme o que foi planejado previamente. “A guia é a chave do sistema, visto que ela permite a transferência do planejamento protético pré-determinado para o planejamento atual dos implantes”, avalia Dinato. Com o conhecimento prévio da posição dos implantes através do planejamento virtual e da guia já pronta, é possível confeccionar a prótese antes da cirurgia e fixá-la logo após a colocação dos implantes.

Ganham CD e paciente

Além da precisão e segurança no procedimento e previsibi­lidade do caso, a moderna técnica é pouco invasiva e tem o grande benefício de evitar retalhos na gengiva, pois a guia é posicionada diretamente na mucosa e somente o tecido por onde passam os implantes é removido. “Dessa forma, sintomas pós-operatórios como dor, edema e inflamação são bastante reduzidos”, explica o implantodontista Geninho Thomé. Outro benefício é lembrado por Dinato: “Com um pós mais confortável e a função imediata, o paciente pode voltar às suas atividades profissionais e sociais em um breve intervalo de tempo”.

O planejamento virtual e a guia também oferecem muita simpli-cidade, agilidade e rapidez à cirurgia e a todo o tratamento. “Há uma redução na média do número de consultas, permitindo ao paciente poupar tempo e reduzir os custos do tratamento”, avalia Laércio Vasconcelos.

Caminho percorrido

Para se chegar às atuais técnicas de cirurgia guiada com pla-nejamento assistido por computador, um caminho de estudo e experimentação foi percorrido por pesquisadores nos últimos anos. Segundo Dinato, um dos primeiros relatos de procedimentos nessa linha foi feito por van Steenberghe e colaboradores, em 2002, que assentaram as guias no rebordo alveolar após o descolamento do retalho. “Encorajado pelos bons resultados deste trabalho, este conceito evoluiu para a sua utilização em cirurgias sem retalho”, conta o especialista.

Por sua vez, Thomé destaca como um grande passo na Implantodontia as cirurgias guiadas por barras apoiadas sobre o osso e a utilização das barras metálicas pré-fabricadas para esplintagem dos implantes. “As vantagens das barras metálicas são a facilidade de assentamento passivo das próteses, menor período de trabalho laboratorial e menor custo do tratamento. No entanto, a técnica sem retalho é um avanço por oferecer mais conforto ao paciente.”

Mais biossegurança à Odontologia

Tratamentos em reabilitação oral, assim como outros procedi-mentos cirúrgicos, envolvem cuidados rigorosos na assepsia dos instrumentos e do ambiente. A evolução da Implantodontia, pelas exigências inerentes a ela, contribuiu muito para melhorar a biossegurança nos consultórios odontológicos.

“A maioria dos colegas tem boa noção de assepsia, que é ensinada em todos os cursos de implante. Com isso, as infecções na área não são comuns”, diz Laércio Vasconcelos. Ele completa que os problemas com infecção são mais comuns nos casos de enxerto ósseo, autógenos ou heterógenos. “O seio maxilar é, por exemplo, uma área com propensão à sinusopatias decorrentes dos enxertos e também dos implantes zigomáticos.” E alerta: “Deve fazer procedimentos cirúrgicos somente quem estiver apto, para não colocar em risco a saúde dos pacientes”.

Fonte: Revista ABO Nacional – Edição 83 - Vol. XV nº 2 Abr/Maio 2007

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