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O papel do Cirurgião-Dentista no mundo sustentável será um dos pilares do evento que tratará a saúde oral da criança e do adolescente sob o ponto de vista da responsabilidade social
Não é de hoje que os chavões ou clichês já tão costumeiros de que “a criança e o adolescente são o futuro da nação” ou de que “na criança está a esperança de um futuro melhor” são divulgados pelos quatro cantos do mundo. E realmente, a cada dia, verifica-se que, de fato, nas mãos dos pequeninos está a possibilidade de tornar o mundo mais justo, mais humano e mais limpo. E essa necessidade de se criar uma consciência coletiva e individual de responsabilidade social e atuação cidadã nos mais jovens passa pelas mãos dos educadores, professores, pais, agentes da saúde.
Baseado no papel do Cirurgião-Dentista como educador e agente da saúde, co-responsável por atuar na busca de práticas que possam colaborar para o desenvolvimento sus-tentável, o temário do 4º Congresso de Odontopediatria, “Saúde da Criança e do Adolescente – Responsabilidade Social”, realizado em parceria entre a APCD e a APO (Associação Paulista de Odontopediatria), foi escolhido. Segundo a presi-dente do evento, Sandra Kalil Bussadori, o objetivo ao eleger esse tema foi demonstrar uma preocupação crescente em relação ao rumo e futuro que os Cirurgiões-Dentistas esperam e querem da profissão.
De acordo com Sandra Kalil, além de abordar questões e novidades inerentes à prática diária da especialidade, o evento quer esta-belecer condutas baseadas em um desen-volvimento sustentável dessa área de atu-ação da Odontologia, que respeitem a na-tureza e propiciem a realização de uma Odontologia de qualidade, com responsabi-lidade. Confira na entrevista de Sandra Kalil Bussadori, mais informações sobre este evento que traz uma temática pioneira e inédita no Brasil.
Por que o temário “Saúde da criança e do adolescente - responsabilidade social” foi escolhido para esta edição do congresso?
Sandra Kalil – Porque realmente sentimos a necessidade de introduzir a Odontopediatria nesta fase tão significativa que o mundo atual se encontra de preocupação com o desenvol-vimento sustentável e chamar a atenção, justamente, para os profissionais dessa especialidade que são os formadores de uma nova geração, desde o bebê até o adolescente. Ou seja, é justamente a fase em que se formam conceitos e, nós, profissionais da Odontologia, somos coadjuvantes ativos na formação deste processo. A nossa responsabilidade na formação da criança e do adolescente é fundamental e uma das coisas que queremos alcançar é que o odontopediatra tenha uma adesão significativa justamente neste programa. Queremos introduzir um novo conceito na Odontologia, como a nossa responsabilidade com o que fazemos com todo o nosso arsenal de materiais. Não é apenas mudar o nosso papel e o nosso convívio com a criança e com o adolescente, mas a nossa consciência a respeito do que fazemos com os nossos instrumentais, com os plásticos que utilizamos, por exemplo, e trazer à tona o debate sobre como podemos contribuir, inclusive, com a natureza e com o desenvolvimento sustentável através de atitudes diferentes.
O que vai ter de novidade nesta edição do congresso? Como foi planejada a grade científica?
Sandra Kalil – Acredito que tenham duas coisas pontuais no evento voltadas para o profissional que lida com esta faixa etária: primeiramente, o Fórum Latino-Americano de Saúde do Adolescente que trará professores estrangeiros da América Latina. Será uma reunião para estabelecermos uma linguagem padrão de atendimento na América Latina para esta faixa etária e a APCD, neste sentido, também é pioneira, porque foi uma das primeiras entidades a lançar cursos voltados para a odontope-diatria. Queremos fortalecer profissionais no tratamento não só voltado para a criança, mas para o adolescente também. O evento também trará lançamentos de alguns materiais que vão favorecer a devolução de saúde, o que será algo muito significativo porque abordaremos o papel do odontopediatria como formador de opinião nessa fase da vida e será uma oportunidade única de, de repente, elaborarmos um manual com as condutas dos profissionais em relação aos materiais odontológicos, ou seja, não trabalharemos o material em si, mas como descartá-lo ou reaproveitá-lo junto aos fabricantes. Quero destacar que esse será o primeiro encontro na Odontologia, o pioneiro mesmo, com este enfoque baseado no desenvolvimento sustentável. Também vamos reforçar a tônica da mini-invasão. Este vai ser um grande foco do congresso, em especial, o tratamento com fito compostos. Acredito que a nossa geração tem que formar o odontopediatra com o olhar da mínima invasão, a partir do momento em que técnicas são trabalhadas muito mais para a devolução da saúde. Procurando usar bem menos o motor e talvez eu possa falar isso por causa do uso do gel que também vai ser abordado neste congresso. O odontopediatra procura trazer uma coisa gostosa para a criança, o lado bom da coisa. É claro que não esqueceremos da parte estética que é um assunto que vamos focar muito, porque o odontopediatra não tem o costume de olhar tanto para a parte estética, como agentes clareadores, remoção de manchas... Isso vai ser bem focado também no congresso.
Falar sobre como os odontopediatras lidam com o “futuro”. O objetivo foi fazer um link entre as idéias então...
Sandra Kalil – Isso. Inclusive porque, hoje, as crianças chegam ao ambiente do consultório e perguntam: “Tia, por que aquela ‘agüinha’ está ligada? Desliga ela!”. Ou seja, a criança já tem uma preocupação incutida na sua cabecinha, dentro da escola, de preocupação com o ambiente, com a natureza, com o desperdício da água, por exemplo. Então, temos que começar a ter um olhar diferente para este tipo de conduta.
Serão simpósios, cursos?
Sandra Kalil – Teremos uma modalidade de cursos e vamos também ter simpósios e conferências. Procuramos pautar as conferências em vários assuntos. É superimportante que o congressista faça sua adesão e se inscreva o quanto antes nos cursos. Preparamos uma grade científica bem diferenciada e diversificada. A parte cientifica vai abranger um pouco de tudo: as tendências atuais na endodontia, na cirurgia, na remoção de tecido cariado, a parte estética, a parte de ortodontia, a parte de periodontal, enfim, muita coisa mesmo. Também haverá o simpósio de saúde pública, que vai falar da política de atendimento da criança e do adolescente no setor e quais serão os novos direcionamentos em termos de verba e de atitudes voltadas para esta faixa etária.
Existem muitos odontopediatras no Brasil?
Sandra Kalil – Acho que sim, apesar de hoje existir uma falsa noção de que a odontopediatria não está em alta. Mas o que eu mais falo é que está em alta sim. É uma especialidade que as pessoas sempre terão que ir atrás. Então, a nossa espe-cialização é a especialidade do futuro. É o odontopediatra que forma, que vai dar saúde, tanto da dentição provisória quanto da permanente. É que hoje a gente trabalha com a prevenção, com a conscientização, mas não dá para conceber mais que as mães levem seus filhos a cada seis meses, ciclos semestrais ao Cirurgião-Dentista. Isso não funciona mais.
O 4º Congresso de Odontopediatria acontece nos dias 27 e 28 de junho. Ainda dá tempo de fazer a inscrição. Informações e adesões pelo telefone 0800 12 85 55 (de segunda a sexta, das 10h às 22h). Ou acesse o site www.apcd.org.br/odontopediatria2008
Por Bruna Oliveira
Mtb. 46.263
Jornalista do APCD Jornal
O papel do Cirurgião-Dentista no mundo sustentável será um dos pilares do evento que tratará a saúde oral da criança e do adolescente sob o ponto de vista da responsabilidade social
Não é de hoje que os chavões ou clichês já tão costumeiros de que “a criança e o adolescente são o futuro da nação” ou de que “na criança está a esperança de um futuro melhor” são divulgados pelos quatro cantos do mundo. E realmente, a cada dia, verifica-se que, de fato, nas mãos dos pequeninos está a possibilidade de tornar o mundo mais justo, mais humano e mais limpo. E essa necessidade de se criar uma consciência coletiva e individual de responsabilidade social e atuação cidadã nos mais jovens passa pelas mãos dos educadores, professores, pais, agentes da saúde.
Baseado no papel do Cirurgião-Dentista como educador e agente da saúde, co-responsável por atuar na busca de práticas que possam colaborar para o desenvolvimento sus-tentável, o temário do 4º Congresso de Odontopediatria, “Saúde da Criança e do Adolescente – Responsabilidade Social”, realizado em parceria entre a APCD e a APO (Associação Paulista de Odontopediatria), foi escolhido. Segundo a presi-dente do evento, Sandra Kalil Bussadori, o objetivo ao eleger esse tema foi demonstrar uma preocupação crescente em relação ao rumo e futuro que os Cirurgiões-Dentistas esperam e querem da profissão.
De acordo com Sandra Kalil, além de abordar questões e novidades inerentes à prática diária da especialidade, o evento quer esta-belecer condutas baseadas em um desen-volvimento sustentável dessa área de atu-ação da Odontologia, que respeitem a na-tureza e propiciem a realização de uma Odontologia de qualidade, com responsabi-lidade. Confira na entrevista de Sandra Kalil Bussadori, mais informações sobre este evento que traz uma temática pioneira e inédita no Brasil.
Por que o temário “Saúde da criança e do adolescente - responsabilidade social” foi escolhido para esta edição do congresso?
Sandra Kalil – Porque realmente sentimos a necessidade de introduzir a Odontopediatria nesta fase tão significativa que o mundo atual se encontra de preocupação com o desenvol-vimento sustentável e chamar a atenção, justamente, para os profissionais dessa especialidade que são os formadores de uma nova geração, desde o bebê até o adolescente. Ou seja, é justamente a fase em que se formam conceitos e, nós, profissionais da Odontologia, somos coadjuvantes ativos na formação deste processo. A nossa responsabilidade na formação da criança e do adolescente é fundamental e uma das coisas que queremos alcançar é que o odontopediatra tenha uma adesão significativa justamente neste programa. Queremos introduzir um novo conceito na Odontologia, como a nossa responsabilidade com o que fazemos com todo o nosso arsenal de materiais. Não é apenas mudar o nosso papel e o nosso convívio com a criança e com o adolescente, mas a nossa consciência a respeito do que fazemos com os nossos instrumentais, com os plásticos que utilizamos, por exemplo, e trazer à tona o debate sobre como podemos contribuir, inclusive, com a natureza e com o desenvolvimento sustentável através de atitudes diferentes.
O que vai ter de novidade nesta edição do congresso? Como foi planejada a grade científica?
Sandra Kalil – Acredito que tenham duas coisas pontuais no evento voltadas para o profissional que lida com esta faixa etária: primeiramente, o Fórum Latino-Americano de Saúde do Adolescente que trará professores estrangeiros da América Latina. Será uma reunião para estabelecermos uma linguagem padrão de atendimento na América Latina para esta faixa etária e a APCD, neste sentido, também é pioneira, porque foi uma das primeiras entidades a lançar cursos voltados para a odontope-diatria. Queremos fortalecer profissionais no tratamento não só voltado para a criança, mas para o adolescente também. O evento também trará lançamentos de alguns materiais que vão favorecer a devolução de saúde, o que será algo muito significativo porque abordaremos o papel do odontopediatria como formador de opinião nessa fase da vida e será uma oportunidade única de, de repente, elaborarmos um manual com as condutas dos profissionais em relação aos materiais odontológicos, ou seja, não trabalharemos o material em si, mas como descartá-lo ou reaproveitá-lo junto aos fabricantes. Quero destacar que esse será o primeiro encontro na Odontologia, o pioneiro mesmo, com este enfoque baseado no desenvolvimento sustentável. Também vamos reforçar a tônica da mini-invasão. Este vai ser um grande foco do congresso, em especial, o tratamento com fito compostos. Acredito que a nossa geração tem que formar o odontopediatra com o olhar da mínima invasão, a partir do momento em que técnicas são trabalhadas muito mais para a devolução da saúde. Procurando usar bem menos o motor e talvez eu possa falar isso por causa do uso do gel que também vai ser abordado neste congresso. O odontopediatra procura trazer uma coisa gostosa para a criança, o lado bom da coisa. É claro que não esqueceremos da parte estética que é um assunto que vamos focar muito, porque o odontopediatra não tem o costume de olhar tanto para a parte estética, como agentes clareadores, remoção de manchas... Isso vai ser bem focado também no congresso.
Falar sobre como os odontopediatras lidam com o “futuro”. O objetivo foi fazer um link entre as idéias então...
Sandra Kalil – Isso. Inclusive porque, hoje, as crianças chegam ao ambiente do consultório e perguntam: “Tia, por que aquela ‘agüinha’ está ligada? Desliga ela!”. Ou seja, a criança já tem uma preocupação incutida na sua cabecinha, dentro da escola, de preocupação com o ambiente, com a natureza, com o desperdício da água, por exemplo. Então, temos que começar a ter um olhar diferente para este tipo de conduta.
Serão simpósios, cursos?
Sandra Kalil – Teremos uma modalidade de cursos e vamos também ter simpósios e conferências. Procuramos pautar as conferências em vários assuntos. É superimportante que o congressista faça sua adesão e se inscreva o quanto antes nos cursos. Preparamos uma grade científica bem diferenciada e diversificada. A parte cientifica vai abranger um pouco de tudo: as tendências atuais na endodontia, na cirurgia, na remoção de tecido cariado, a parte estética, a parte de ortodontia, a parte de periodontal, enfim, muita coisa mesmo. Também haverá o simpósio de saúde pública, que vai falar da política de atendimento da criança e do adolescente no setor e quais serão os novos direcionamentos em termos de verba e de atitudes voltadas para esta faixa etária.
Existem muitos odontopediatras no Brasil?
Sandra Kalil – Acho que sim, apesar de hoje existir uma falsa noção de que a odontopediatria não está em alta. Mas o que eu mais falo é que está em alta sim. É uma especialidade que as pessoas sempre terão que ir atrás. Então, a nossa espe-cialização é a especialidade do futuro. É o odontopediatra que forma, que vai dar saúde, tanto da dentição provisória quanto da permanente. É que hoje a gente trabalha com a prevenção, com a conscientização, mas não dá para conceber mais que as mães levem seus filhos a cada seis meses, ciclos semestrais ao Cirurgião-Dentista. Isso não funciona mais.
O 4º Congresso de Odontopediatria acontece nos dias 27 e 28 de junho. Ainda dá tempo de fazer a inscrição. Informações e adesões pelo telefone 0800 12 85 55 (de segunda a sexta, das 10h às 22h). Ou acesse o site www.apcd.org.br/odontopediatria2008
Por Bruna Oliveira
Mtb. 46.263
Jornalista do APCD Jornal
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