testeO adolescente apresenta uma tendência natural para o envolvimento em situações de risco, especialmente no que diz respeito ao consumo de drogas e à sexualidade precoce. Dominar esses assuntos pode fazer a diferença no tratamento odontológico
A dificuldade na previsão de conseqüências no futuro faz com que o indivíduo jovem viva exclusivamente o “aqui e agora”.
Esses fatores parecem contribuir para a experimentação de álcool e outras drogas, extremamente prejudicial à saúde bucal e integral do indivíduo, e ao desenvolvimento precoce da sexualidade, que pode ser igual-mente danoso. O uso de drogas, não raro algo difícil de ser identificado pelos pais, pode ser facilmente constatado pelo cirurgião-dentista, pois causa danos aos dentes.
A maneira como o adolescente lida com sua sexualidade também tem influência no trata-mento odontológico. No caso de garotas que usam anticoncepcionais, há diminuição da absorção de vitaminas C, B6 e B12, provocando sangramento gengival. Muitas vezes, os pais não sabem que a filha já tem uma vida sexual ativa. Se for estabelecida uma relação de confiança com a paciente adolescente, o cirurgião-dentista pode tomar conhecimento da causa do problema e executar seu trabalho de forma mais segura.

Adolescentes: pacientes diferenciados
O comportamento sexual do adolescente está intimamente ligado às transformações hormonais pelas quais o indivíduo passa nessa fase. Como profissionais de saúde, os cirurgiões-dentistas precisam conquistar a confiança do paciente hebiatra para que o tratamento não seja prejudicado por eventuais omissões de informação e falta de diálogo.
Como exemplo, uma adolescente que está próxima do seu período de menstruação está sujeita a maiores sangramentos dos tecidos gengivais devido ao aumento da permeabilidade vascular, e essa é uma informação valiosa para que o problema seja identificado e tratado corretamente.
Outro assunto recorrente no atendimento odontohebiátrico é a gravidez. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam índices altos de gravidez na adolescência, uma vez que, entre as jovens de 15 a 17 anos, a proporção de brasileiras com pelo menos um filho é de 7,3%. “Uma paciente hebiatra grávida necessita de atenção direcionada quanto à administração de soluções anestésicas e aos procedimentos radiográficos. Além disso, devemos considerar que ela terá diminuição do pH da cavidade bucal, podendo apresentar sangramento gengival freqüente e incidência de novas lesões de cárie nesse período, inclusive porque não consegue higienizar bem a boca e, muitas vezes, por ter enjôos, ingere alimentos com freqüência acentuada”, explica Sandra Kalil.
A odontopediatra chama a atenção, ainda, para as doenças sexualmente transmissíveis, especialmente Aids e hepatite. “Essas doenças podem se refletir na cavidade bucal e, muitas vezes, causam queda da resistência física, herpes, estomatite herpética e infecções oportunistas”, alerta.
Fonte: Revista ABO - Edição 86 - Volume XV - Out/Nov 2007
O adolescente apresenta uma tendência natural para o envolvimento em situações de risco, especialmente no que diz respeito ao consumo de drogas e à sexualidade precoce. Dominar esses assuntos pode fazer a diferença no tratamento odontológico
A dificuldade na previsão de conseqüências no futuro faz com que o indivíduo jovem viva exclusivamente o “aqui e agora”.
Esses fatores parecem contribuir para a experimentação de álcool e outras drogas, extremamente prejudicial à saúde bucal e integral do indivíduo, e ao desenvolvimento precoce da sexualidade, que pode ser igual-mente danoso. O uso de drogas, não raro algo difícil de ser identificado pelos pais, pode ser facilmente constatado pelo cirurgião-dentista, pois causa danos aos dentes.
A maneira como o adolescente lida com sua sexualidade também tem influência no trata-mento odontológico. No caso de garotas que usam anticoncepcionais, há diminuição da absorção de vitaminas C, B6 e B12, provocando sangramento gengival. Muitas vezes, os pais não sabem que a filha já tem uma vida sexual ativa. Se for estabelecida uma relação de confiança com a paciente adolescente, o cirurgião-dentista pode tomar conhecimento da causa do problema e executar seu trabalho de forma mais segura.

Adolescentes: pacientes diferenciados
O comportamento sexual do adolescente está intimamente ligado às transformações hormonais pelas quais o indivíduo passa nessa fase. Como profissionais de saúde, os cirurgiões-dentistas precisam conquistar a confiança do paciente hebiatra para que o tratamento não seja prejudicado por eventuais omissões de informação e falta de diálogo.
Como exemplo, uma adolescente que está próxima do seu período de menstruação está sujeita a maiores sangramentos dos tecidos gengivais devido ao aumento da permeabilidade vascular, e essa é uma informação valiosa para que o problema seja identificado e tratado corretamente.
Outro assunto recorrente no atendimento odontohebiátrico é a gravidez. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam índices altos de gravidez na adolescência, uma vez que, entre as jovens de 15 a 17 anos, a proporção de brasileiras com pelo menos um filho é de 7,3%. “Uma paciente hebiatra grávida necessita de atenção direcionada quanto à administração de soluções anestésicas e aos procedimentos radiográficos. Além disso, devemos considerar que ela terá diminuição do pH da cavidade bucal, podendo apresentar sangramento gengival freqüente e incidência de novas lesões de cárie nesse período, inclusive porque não consegue higienizar bem a boca e, muitas vezes, por ter enjôos, ingere alimentos com freqüência acentuada”, explica Sandra Kalil.
A odontopediatra chama a atenção, ainda, para as doenças sexualmente transmissíveis, especialmente Aids e hepatite. “Essas doenças podem se refletir na cavidade bucal e, muitas vezes, causam queda da resistência física, herpes, estomatite herpética e infecções oportunistas”, alerta.
Fonte: Revista ABO - Edição 86 - Volume XV - Out/Nov 2007