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A Promoção de Saúde Bucal no País ganhou reforço em 2004, com a implantação do Brasil Sorridente, que aumentou em 400% a cobertura do atendimento odontológico. A continuidade do seu sucesso depende, agora, da transformação desse programa em política permanente do governo, assim como do apoio de Estados, municípios e entidades como a ABO.
Em 2004, a Promoção da Saúde no Brasil deu um grande passo em Saúde Bucal: a implantação do programa do governo federal Brasil Sorridente, que insere a atenção odontológica no Sistema Único de Saúde (SUS) e de acordo com a estratégia Saúde da Família. “Pela primeira vez na nossa história temos uma Política Nacional de Saúde Bucal, com recursos assegurados e investimentos 15 vezes maiores comparados a tudo que se investia em Odontologia no Brasil anteriormente”, declara, comemorando, Gilberto Alfredo Pucca Jr., coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde e que exerce a função desde o início do programa.
Sobre o que representa a iniciativa do Brasil Sorridente para a Saúde Pública no País, Pucca apresenta alguns dados: “Menos de 10% dos brasileiros tinham acesso a tratamentos odontológicos na rede privada, para os outros 90% restava o SUS, que atendia menos de 20 milhões de pessoas e ainda oferecia poucos serviços. Para essas pessoas, saúde bucal era uma obra de ficção, mas, na verdade, ela tem que ser um direito de todos. Agora, a atenção odontológica passou a ser possível e, portanto, também mais conhecida, desejada e exigida pela população. Esta é uma grande novidade”.

Gilberto Pucca Jr.: pela 1ª vez, investimentos
15 vezes maiores do que tudo o que era feito
Atualmente, após quatro anos, as Equipes de Saúde Bucal (ESBs) já cobrem quase 80 milhões de pessoas e através do programa já foram criados 600 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) em todo o País, que oferecem tratamentos especializados, e quase 300 Laboratórios Regionais de Prótese Dentária. O Brasil Sorridente deve continuar crescendo quantitativamente, considerando que a meta do Ministério da Saúde de verbas para o programa, de 2007 a 2010, é de R$ 2,7 bilhões, superando o R$ 1,2 bilhão já investido nos três primeiros anos.
Um resultado prático do programa apontado por Pucca está relacionado ao número de extrações dentárias realizadas no Brasil. “Até 2002, cerca de 12 milhões de dentes eram extraídos por ano no País. Em 2007 esse número chegou a algo em torno de 8,5 milhões. O número ainda é alto, mas já deixamos de extrair mais de 3 milhões de dentes. Isso é uma vitória sem precedentes, principalmente para a Odontologia e o povo brasileiro.”
Segundo o coordenador de Saúde Bucal, o grande desafio agora é a qualidade. “Temos que fazer o atendimento odontológico do SUS ser resolutivo de fato. Para isso, o investimento fundamental não é apenas em máquinas, equipamentos e estrutura, mas também em pessoal. Temos que ousar nas atualizações profissionais, de cirurgiões-dentistas e auxiliares, nas carreiras e nos salários”, completa Pucca.
É preciso destacar ainda que a implantação do Brasil Sorridente é realizada em parceria com as outras esferas do governo. Assim, a contrapartida de municípios e Estados, que devem solicitar a criação dos CEOs, levantar os recursos humanos e ajudar no financiamento, é também essencial para o maior alcance e eficiência do programa.
Saúde bucal de Estado
Em junho do ano passado, representantes da Rede ABO se reuniram com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para, entre outros assuntos, reivindicar a criação de um espaço permanente no Ministério para a Odontologia. Esta medida asseguraria que a atual Política Nacional de Saúde Bucal seja de Estado, e não apenas de governo, tornando-se permanente.
Para Pucca, essa reivindicação mostra o compromisso que a ABO tem não apenas com o governo federal, mas, sobretudo, com o País. Ele completa que já existe uma movimentação para estabelecer essa mudança, que deverá mesmo se concretizar. “Esse é um desafio de todos nós. Assim, estamos tomando o cuidado de ir transformando em leis e portarias tudo que está sendo promovido através do Brasil Sorridente. Isso vai dar o contorno legal e institucional necessário para o programa se tornar permanente.”
Além da atenção dentária
O coordenador de Saúde Bucal também destaca que a assistência odontológica apenas não é suficiente para melhorar a saúde bucal da população e resolver todos os seus problemas epidemiológicos. “Mesmo que cobríssemos 100% da população nosso problema não estaria resolvido. Só vamos mudar de fato o quadro epidemiológico com ações de Promoção da Saúde. Ou seja, as que não são exclusivamente odontológicas.” E Pucca completa: “Acesso à informação, à moradia digna, ao lazer, ao trabalho, a um transporte decente, à educação de qualidade também são essenciais. Saúde bucal é resultante direta das condições materiais de vida das pessoas. Isso é muito maior do que a potencialidade dos nossos consultórios”.
Fonte: Revista ABO Nacional – Edição 88 - Vol. XVI nº 1 Fev/Mar 2008 - matéria de Antonela Tescarollo
A Promoção de Saúde Bucal no País ganhou reforço em 2004, com a implantação do Brasil Sorridente, que aumentou em 400% a cobertura do atendimento odontológico. A continuidade do seu sucesso depende, agora, da transformação desse programa em política permanente do governo, assim como do apoio de Estados, municípios e entidades como a ABO.
Em 2004, a Promoção da Saúde no Brasil deu um grande passo em Saúde Bucal: a implantação do programa do governo federal Brasil Sorridente, que insere a atenção odontológica no Sistema Único de Saúde (SUS) e de acordo com a estratégia Saúde da Família. “Pela primeira vez na nossa história temos uma Política Nacional de Saúde Bucal, com recursos assegurados e investimentos 15 vezes maiores comparados a tudo que se investia em Odontologia no Brasil anteriormente”, declara, comemorando, Gilberto Alfredo Pucca Jr., coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde e que exerce a função desde o início do programa.
Sobre o que representa a iniciativa do Brasil Sorridente para a Saúde Pública no País, Pucca apresenta alguns dados: “Menos de 10% dos brasileiros tinham acesso a tratamentos odontológicos na rede privada, para os outros 90% restava o SUS, que atendia menos de 20 milhões de pessoas e ainda oferecia poucos serviços. Para essas pessoas, saúde bucal era uma obra de ficção, mas, na verdade, ela tem que ser um direito de todos. Agora, a atenção odontológica passou a ser possível e, portanto, também mais conhecida, desejada e exigida pela população. Esta é uma grande novidade”.

Gilberto Pucca Jr.: pela 1ª vez, investimentos
15 vezes maiores do que tudo o que era feito
Atualmente, após quatro anos, as Equipes de Saúde Bucal (ESBs) já cobrem quase 80 milhões de pessoas e através do programa já foram criados 600 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) em todo o País, que oferecem tratamentos especializados, e quase 300 Laboratórios Regionais de Prótese Dentária. O Brasil Sorridente deve continuar crescendo quantitativamente, considerando que a meta do Ministério da Saúde de verbas para o programa, de 2007 a 2010, é de R$ 2,7 bilhões, superando o R$ 1,2 bilhão já investido nos três primeiros anos.
Um resultado prático do programa apontado por Pucca está relacionado ao número de extrações dentárias realizadas no Brasil. “Até 2002, cerca de 12 milhões de dentes eram extraídos por ano no País. Em 2007 esse número chegou a algo em torno de 8,5 milhões. O número ainda é alto, mas já deixamos de extrair mais de 3 milhões de dentes. Isso é uma vitória sem precedentes, principalmente para a Odontologia e o povo brasileiro.”
Segundo o coordenador de Saúde Bucal, o grande desafio agora é a qualidade. “Temos que fazer o atendimento odontológico do SUS ser resolutivo de fato. Para isso, o investimento fundamental não é apenas em máquinas, equipamentos e estrutura, mas também em pessoal. Temos que ousar nas atualizações profissionais, de cirurgiões-dentistas e auxiliares, nas carreiras e nos salários”, completa Pucca.
É preciso destacar ainda que a implantação do Brasil Sorridente é realizada em parceria com as outras esferas do governo. Assim, a contrapartida de municípios e Estados, que devem solicitar a criação dos CEOs, levantar os recursos humanos e ajudar no financiamento, é também essencial para o maior alcance e eficiência do programa.
Saúde bucal de Estado
Em junho do ano passado, representantes da Rede ABO se reuniram com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para, entre outros assuntos, reivindicar a criação de um espaço permanente no Ministério para a Odontologia. Esta medida asseguraria que a atual Política Nacional de Saúde Bucal seja de Estado, e não apenas de governo, tornando-se permanente.
Para Pucca, essa reivindicação mostra o compromisso que a ABO tem não apenas com o governo federal, mas, sobretudo, com o País. Ele completa que já existe uma movimentação para estabelecer essa mudança, que deverá mesmo se concretizar. “Esse é um desafio de todos nós. Assim, estamos tomando o cuidado de ir transformando em leis e portarias tudo que está sendo promovido através do Brasil Sorridente. Isso vai dar o contorno legal e institucional necessário para o programa se tornar permanente.”
Além da atenção dentária
O coordenador de Saúde Bucal também destaca que a assistência odontológica apenas não é suficiente para melhorar a saúde bucal da população e resolver todos os seus problemas epidemiológicos. “Mesmo que cobríssemos 100% da população nosso problema não estaria resolvido. Só vamos mudar de fato o quadro epidemiológico com ações de Promoção da Saúde. Ou seja, as que não são exclusivamente odontológicas.” E Pucca completa: “Acesso à informação, à moradia digna, ao lazer, ao trabalho, a um transporte decente, à educação de qualidade também são essenciais. Saúde bucal é resultante direta das condições materiais de vida das pessoas. Isso é muito maior do que a potencialidade dos nossos consultórios”.
Fonte: Revista ABO Nacional – Edição 88 - Vol. XVI nº 1 Fev/Mar 2008 - matéria de Antonela Tescarollo