testeEntidades mundiais de saúde, como a World Health Organization (WHO) e a World Medical Association (WMA), manifestaram-se sobre a crise financeira mundial e seus prováveis impactos sobre a saúde.
Este é um resumo da Resolução adotada na 59ª Assembleia Geral da WMA, em Seul (Coreia do Sul), em outubro passado:
A atual crise global da economia está afetando tanto indivíduos quanto nações e terá implicações para a saúde. A população passa por incertezas sobre o futuro e consequências psicológicas estão começando a aparecer. Ao enfrentar dificuldades econômicas, os governos têm respondido com o corte de despesas nacionais. Há um risco de que os gastos com a assistência à saúde diminuam nominal e proporcionalmente nos próximos anos. A experiência tem mostrado que esta ação pode ter sérias consequências na saúde dos indivíduos e em sua contribuição para a economia nacional. Dessa forma, todas as reservas serão reduzidas.
A WMA exorta as Associações Médicas Nacionais a trabalharem junto a seus governos para:
- Iniciar programas de apoio médico e psicológico aos indivíduos e famílias afetados pela crise econômica atual
- Manter, pelo menos, os investimentos atuais em saúde
A Associação Médica Brasileira, associada à WMA, endossa a resolução.
A crise e a saúde global

Já a WHO preparou extenso relatório com base em consultas de alto nível, divulgado em janeiro deste ano, em Genebra (Suíça), do qual constam, entre outras, algumas considerações:
Todos os países serão afetados, uns mais que outros, e alguns deles estarão sujeitos a maiores riscos, incluindo os países desenvolvidos que requereram assistência emergencial do Fundo Monetário Internacional. Muitos países em desenvolvimento estão em melhor situação fiscal que em crises anteriores. E muitos continuarão em um caminho de crescimento econômico, embora em taxas menores. Populações desses países afetados por conflitos, com poucas reservas, instituições fracas e falta de infra-estrutura são especialmente vulneráveis à crise.
Orientações:
- Identificar populações vulneráveis é tão importante quanto identificar países vulneráveis
- Solidariedade em tempos de crise: salvaguardas para o progresso, baseado em comprometimento e manutenção de programas
- Há muito que pode ser feito para mitigar o impacto da crise financeira, segundo os consultores, como diminuir as consequências do desemprego por meio de cortes nas despesas do governo e motivar outros atores no cenário privado e no terceiro setor para contribuir com o esforço em prol da saúde
- Medidas de curto e de longo prazos que darão ao setor saúde mais flexibilidade no futuro: proteger os recursos de saúde; fazer com que o setor saúde gaste com mais eficiência e efetividade; colaboração entre os países e dentro deles, entre outras.
Fonte: Jornal da ABO nº 117 – janeiro/fevereiro 2009
Entidades mundiais de saúde, como a World Health Organization (WHO) e a World Medical Association (WMA), manifestaram-se sobre a crise financeira mundial e seus prováveis impactos sobre a saúde.
Este é um resumo da Resolução adotada na 59ª Assembleia Geral da WMA, em Seul (Coreia do Sul), em outubro passado:
A atual crise global da economia está afetando tanto indivíduos quanto nações e terá implicações para a saúde. A população passa por incertezas sobre o futuro e consequências psicológicas estão começando a aparecer. Ao enfrentar dificuldades econômicas, os governos têm respondido com o corte de despesas nacionais. Há um risco de que os gastos com a assistência à saúde diminuam nominal e proporcionalmente nos próximos anos. A experiência tem mostrado que esta ação pode ter sérias consequências na saúde dos indivíduos e em sua contribuição para a economia nacional. Dessa forma, todas as reservas serão reduzidas.
A WMA exorta as Associações Médicas Nacionais a trabalharem junto a seus governos para:
- Iniciar programas de apoio médico e psicológico aos indivíduos e famílias afetados pela crise econômica atual
- Manter, pelo menos, os investimentos atuais em saúde
A Associação Médica Brasileira, associada à WMA, endossa a resolução.
A crise e a saúde global

Já a WHO preparou extenso relatório com base em consultas de alto nível, divulgado em janeiro deste ano, em Genebra (Suíça), do qual constam, entre outras, algumas considerações:
Todos os países serão afetados, uns mais que outros, e alguns deles estarão sujeitos a maiores riscos, incluindo os países desenvolvidos que requereram assistência emergencial do Fundo Monetário Internacional. Muitos países em desenvolvimento estão em melhor situação fiscal que em crises anteriores. E muitos continuarão em um caminho de crescimento econômico, embora em taxas menores. Populações desses países afetados por conflitos, com poucas reservas, instituições fracas e falta de infra-estrutura são especialmente vulneráveis à crise.
Orientações:
- Identificar populações vulneráveis é tão importante quanto identificar países vulneráveis
- Solidariedade em tempos de crise: salvaguardas para o progresso, baseado em comprometimento e manutenção de programas
- Há muito que pode ser feito para mitigar o impacto da crise financeira, segundo os consultores, como diminuir as consequências do desemprego por meio de cortes nas despesas do governo e motivar outros atores no cenário privado e no terceiro setor para contribuir com o esforço em prol da saúde
- Medidas de curto e de longo prazos que darão ao setor saúde mais flexibilidade no futuro: proteger os recursos de saúde; fazer com que o setor saúde gaste com mais eficiência e efetividade; colaboração entre os países e dentro deles, entre outras.
Fonte: Jornal da ABO nº 117 – janeiro/fevereiro 2009