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Os participantes do 1° Fórum de Odontologia do Esporte para Atletas de Alto-Rendimento, evento que reuniu 90 pessoas – atletas, pesquisadores, médicos, dentistas e autoridades – em São Paulo, na sede do Esporte Clube Sírio, concentraram-se na discussão sobre a presença do cirurgião-dentista nas equipes de saúde de clubes e de federações esportivas. O atendimento odontológico pode ser o diferencial de sucesso na carreira do atleta e no esporte de alto-rendimento no Brasil?
Organizado pelo CETAO, com o apoio da Secretaria Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, o fórum trouxe à tona pontos de vista diferentes sobre o esporte profissional no Brasil. Lembrando a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil, Marco Aurélio Klein, diretor da Secretaria Nacional de Alto Rendimento, destacou que o evento “requer melhor preparo brasileiro em todos os aspectos do esporte de alto nível”, por isto, o Ministério do Esporte decidiu apoiar o CETAO, na realização do Fórum, visando oferecer uma oportunidade de reunir profissionais que atuam na odontologia esportiva, pesquisadores, gestores do esporte, técnicos e atletas, os principais interessados nos avanços que a medicina e a odontologia esportiva podem oferecer aos esportistas brasileiros.
Para Marco Aurelio Klein, “o atleta está inserido na dimensão multifacetada do esporte, que possui diversas vertentes complementares, dentre elas, o campo da medicina, da ciência e da pesquisa. Cada vez mais, procuramos estimular a adoção de técnicas e instrumentos de preservação da saúde de nossos atletas. Por isso, apoiamos o desenvolvimento científico e tecnológico em benefício do esporte competitivo”, destacou.
Além das oportunidades de negócios – novas construções dedicadas à prática esportiva, como estádios, novas pontes e estradas, reformulação do sistema de transporte, ampliação da capacidade hoteleira, geração de milhares de empregos – os atletas e representantes de federações esportivas esperam que eventos grandiosos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, consolidem a cultura esportiva e facilitem o acesso da população às diversas modalidades. Para o organizador do Fórum, o Prof° Dr. Alênio Calil Mathias, membro do conselho diretivo do CETAO, Instituição de Ensino Superior – Extensão e Pós-Graduação em Odontologia, "a Odontologia do Esporte não é algo que pode ser relegado a segundo plano, deve se equiparar à Medicina do Esporte", destacou o dentista.
“Sete anos nos separam da abertura dos Jogos Olímpicos. Todos alimentamos a expectativa de que o País consiga avançar nas políticas públicas de inclusão da população nas práticas esportivas e nas de melhora do rendimento dos atletas. Já sabemos que o atleta, por exigir mais do seu corpo, precisa estar sempre atento à sua saúde. O rendimento de um atleta pode ser afetado, se ele tiver algum distúrbio bucal. Quando falamos de uma olimpíada, o rendimento do atleta está intimamente relacionado com a vitória ou a derrota de uma nação”, disse o Prof° Dr. Alênio Calil Mathias.
A palavra dos especialistas
Alexandre Ueda, coordenador do CODEC, Centro de Odontologia do Esporte do CETAO, destacou em sua apresentação que o "quadro de medalhas olímpicas do Brasil ainda não demonstra a força da nossa miscigenação. Isto porque passamos, anos e anos, apenas esperando os bons frutos. Há muito pouco tempo descobrimos que para sermos uma potência olímpica, precisamos investir no esporte”, disse o dentista.
Poucos foram os visionários que conseguiram enxergar isto antes. Ueda fez um retrospecto da História da Odontologia do Esporte no Brasil e prestou homenagem ao dentista Mário Trigo. "A história da Odontologia do Esporte no Brasil é marcada pela atuação do cirurgião dentista Mário Trigo, falecido em 2008. Pioneiro, acompanhou as seleções brasileiras bicampeãs mundiais de futebol de 58 e 62, além da seleção de 1966. Trigo foi, até hoje, o único cirurgião-dentista a viajar com a delegação brasileira e a receber as faixas de campeão juntamente com os atletas – em 58 e 62", destacou.
Antonio Jorge Netto, dentista da Sociedade Esportiva Palmeiras, que há 20 anos atua no campo da Odontologia do Esporte, é outro pioneiro da área, no Brasil. A primeira experiência de Netto na Odontologia do Esporte foi no atendimento ao atleta de vôlei Domingos Maracanã, que subiu ao palco para contar ao público a importância da Odontologia do Esporte “para uma recuperação mais rápida de suas lesões esportivas”, disse.
Netto considera fundamental a atuação conjunta da Ortopedia com a Odontologia, uma vez que “dores agudas corporais que não apresentam melhoras, após a medicação e a fisioterapia, podem indicar um foco de lesão bucal”, disse o dentista. Durante sua apresentação, o dentista da Sociedade Esportiva Palmeiras, Antonio Jorge Netto, convidou ao palco o médico do time, André Pedrinelli, que revelou ao público que a decisão de montar um departamento odontológico dentro do clube foi uma decisão estratégica. "Hoje, colhemos bons frutos, pois o rendimento profissional melhorou muito com o apoio odontológico, bem como a qualidade de vida dos nossos jogadores também", disse Pedrinelli.
“A ciência do esporte será o diferencial das medalhas brasileiras nos jogos olímpicos em 2016. Quanto mais profissionais de saúde estiverem trabalhando sinergicamente para atender o atleta, mais motivos de orgulho teremos”, disse o ortopedista e especialista em medicina do esporte, Wagner Castropil. O médico dividiu com o público sua experiência pessoal-profissional com o esporte. Entre 1985 e 1992, Castropil foi atleta da seleção Brasileira de Judô. Foi também integrante da Equipe Olímpica Brasileira em três olimpíadas: Barcelona (1992), como atleta, Atenas (2004) e Pequim (2008), como médico. “A correlação de lesões com processos inflamatórios ou infecciosos bucais é de 21%. O dentista que atende um atleta pode facilitar muito a recuperação do esportista. Vivenciei, tanto como atleta, quanto como médico da Confederação Brasileira de Judô, a importância do desenvolvimento da área e, com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Brasil, novos avanços certamente virão em prol das equipes nacionais”, destacou Castropil.

Mesa de debate
“No Brasil, há a necessidade de uma conscientização das instituições de saúde, educação e esportivas para que sejam feitas campanhas públicas visando estimular os praticantes de esportes e a comunidade em geral a uma prática esportiva segura. Precisamos avançar na questão do atendimento odontológico obrigatório, durante as atividades esportivas, para assegurar que os procedimentos imediatos frente a um traumatismo dentário sejam adotados. Novas pesquisas mais abrangentes devem ser realizadas neste campo, enfatizando as condições de saúde bucal de atletas”, destacou Hilton Tiba, que divide com Jun Ueda a coordenação do CODEC, Centro de Odontologia do Esporte do CETAO.
A palavra dos atletas
“Sediar as Olimpíadas não pode ser o ponto final para o Brasil, na verdade, este deve ser o ponto inicial de uma política de valorização do atleta brasileiro, que merece contar com apoio técnico e científico semelhante ao que grandes nações disponibilizam a seus atletas. Por falta de estrutura e de apoio ao esporte, já fui atendido, no exterior, por membros de comissões técnicas de outros países, simplesmente porque a comissão brasileira não contava com o suporte necessário para tanto” revelou ao público, Cassius Duran, atleta olímpico brasileiro de saltos ornamentais. Duran destacou que era seu “dever moral” prestar o seu testemunho sobre a Odontologia do Esporte, pois há seis anos, conta com atendimento especializado nesta área, o que lhe proporcionou uma melhora significativa em suas participações nos jogos olímpicos.
Fábio Vanini, atleta de handebol do Esporte Clube Pinheiros e da Seleção Brasileira de Handebol, contou aos presentes que se beneficia muito com o uso de um protetor bucal adequado à sua prática esportiva, feito especialmente para ele. Hilton Tiba destacou, após o testemunho de Vanini, que além da ação sobre os traumatismos, a Odontologia do Esporte também é essencial do ponto de vista da prevenção. “É preciso esclarecer os atletas a respeito da necessidade da prevenção de acidentes e de uma ação preventiva em saúde bucal. Por exemplo, existe um mito entre os atletas que diz que o protetor bucal traz dificuldades de respiração e fala. As 22 atletas da seleção feminina de futebol, por exemplo, usaram protetor bucal, em Atenas 2004, e não tiveram problemas... No mundial Sub 17, quatro atletas brasileiros também usaram... É comprovado cientificamente que o protetor não altera o desempenho do atleta, desde que seja um protetor adequado, personalizado”, explicou o dentista.
Vanini também destacou que “para o handebol atingir um status de grande modalidade, precisaria conquistar títulos como Olimpíadas e Mundiais que são as duas competições mais fortes para o nosso cenário. Precisamos investir na reestruturação da organização do handebol, visando atingir esse objetivo a longo prazo. A Medicina e a Odontologia do Esporte podem contribuir muito para este processo”, defendeu.
O coreano naturalizado brasileiro, Joon Sok Seo, divide os treinos de natação com o consultório de cirurgião-dentista. Começou a nadar como um exercício fisioterápico, para melhorar a locomoção, comprometida por uma poliomielite. Chegou a competir no tênis de mesa, mas foi na natação que se encontrou. Hoje, é nadador paraolímpico, especialista nas provas 50m, 100m e 4×50m livre, 50m costas e 50m borboleta. “ Se a Odontologia do Esporte é importante para o atleta que não compete nos Jogos Paraolímpicos, imaginem a importância deste atendimento para um atleta do arco e flecha que não tem um braço e atira a flecha com a boca, ou para um nadador que não tem braços e para competir nas provas de costas precisa segurar com os dentes uma toalha, antes da largada”, disse Joon Sok Seo.
E o que vem pela frente?
“Hoje, existem equipes de saúde que acompanham os eventos esportivos. Mas, sem a presença de um cirurgião-dentista, não podemos dizer que a equipe efetivamente é de Saúde, pois do ponto de vista da saúde bucal, os atletas estão desprotegidos. Desde 2002, o CETAO vem agindo, preventivamente e terapeuticamente nesta área. Iniciamos nossas pesquisas e estudos no campo da Odontologia do Esporte quando começamos a atender os atletas do Centro Olímpico da Cidade de São Paulo, mediante convênio de cooperação firmado com a Prefeitura. Em 2007, criamos o CODEC- Centro de Odontologia do Esporte do CETAO, um centro de excelência que vem firmando convênios para atender atletas e desportistas. Estamos produzindo protocolos de atendimento em todos os níveis de atuação odontológica. Estamos buscando também a integração da Odontologia do Esporte com os demais profissionais envolvidos em treinamentos e competições: fisioterapeutas, fisiologistas, nutricionistas e médicos ligados ao esporte”, explicou Alênio Calil Mathias.
“Como forma de alavancar o esporte no Brasil, o CETAO oferecerá, a partir de 2010, cursos de capacitação na área odontológica para os dentistas; cursos de integração com as práticas da Odontologia do Esporte para outros profissionais de saúde; e por fim, sonhamos também em criar o mais completo laboratório do Esporte brasileiro, onde toda a equipe de Saúde e, principalmente os atletas, se beneficiariam com nossas pesquisas e estudos”, afirmou o Prof° Dr. Alênio Calil Mathias, membro do conselho diretivo do CETAO, Instituição de Ensino Superior – Extensão e Pós-Graduação em Odontologia e organizador do 1° Fórum de Odontologia do Esporte para Atletas de Alto-Rendimento.
www.cetao.com.br
Fonte: Assessoria de Imprensa

Os participantes do 1° Fórum de Odontologia do Esporte para Atletas de Alto-Rendimento, evento que reuniu 90 pessoas – atletas, pesquisadores, médicos, dentistas e autoridades – em São Paulo, na sede do Esporte Clube Sírio, concentraram-se na discussão sobre a presença do cirurgião-dentista nas equipes de saúde de clubes e de federações esportivas. O atendimento odontológico pode ser o diferencial de sucesso na carreira do atleta e no esporte de alto-rendimento no Brasil?
Organizado pelo CETAO, com o apoio da Secretaria Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, o fórum trouxe à tona pontos de vista diferentes sobre o esporte profissional no Brasil. Lembrando a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil, Marco Aurélio Klein, diretor da Secretaria Nacional de Alto Rendimento, destacou que o evento “requer melhor preparo brasileiro em todos os aspectos do esporte de alto nível”, por isto, o Ministério do Esporte decidiu apoiar o CETAO, na realização do Fórum, visando oferecer uma oportunidade de reunir profissionais que atuam na odontologia esportiva, pesquisadores, gestores do esporte, técnicos e atletas, os principais interessados nos avanços que a medicina e a odontologia esportiva podem oferecer aos esportistas brasileiros.
Para Marco Aurelio Klein, “o atleta está inserido na dimensão multifacetada do esporte, que possui diversas vertentes complementares, dentre elas, o campo da medicina, da ciência e da pesquisa. Cada vez mais, procuramos estimular a adoção de técnicas e instrumentos de preservação da saúde de nossos atletas. Por isso, apoiamos o desenvolvimento científico e tecnológico em benefício do esporte competitivo”, destacou.
Além das oportunidades de negócios – novas construções dedicadas à prática esportiva, como estádios, novas pontes e estradas, reformulação do sistema de transporte, ampliação da capacidade hoteleira, geração de milhares de empregos – os atletas e representantes de federações esportivas esperam que eventos grandiosos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, consolidem a cultura esportiva e facilitem o acesso da população às diversas modalidades. Para o organizador do Fórum, o Prof° Dr. Alênio Calil Mathias, membro do conselho diretivo do CETAO, Instituição de Ensino Superior – Extensão e Pós-Graduação em Odontologia, "a Odontologia do Esporte não é algo que pode ser relegado a segundo plano, deve se equiparar à Medicina do Esporte", destacou o dentista.
“Sete anos nos separam da abertura dos Jogos Olímpicos. Todos alimentamos a expectativa de que o País consiga avançar nas políticas públicas de inclusão da população nas práticas esportivas e nas de melhora do rendimento dos atletas. Já sabemos que o atleta, por exigir mais do seu corpo, precisa estar sempre atento à sua saúde. O rendimento de um atleta pode ser afetado, se ele tiver algum distúrbio bucal. Quando falamos de uma olimpíada, o rendimento do atleta está intimamente relacionado com a vitória ou a derrota de uma nação”, disse o Prof° Dr. Alênio Calil Mathias.
A palavra dos especialistas
Alexandre Ueda, coordenador do CODEC, Centro de Odontologia do Esporte do CETAO, destacou em sua apresentação que o "quadro de medalhas olímpicas do Brasil ainda não demonstra a força da nossa miscigenação. Isto porque passamos, anos e anos, apenas esperando os bons frutos. Há muito pouco tempo descobrimos que para sermos uma potência olímpica, precisamos investir no esporte”, disse o dentista.
Poucos foram os visionários que conseguiram enxergar isto antes. Ueda fez um retrospecto da História da Odontologia do Esporte no Brasil e prestou homenagem ao dentista Mário Trigo. "A história da Odontologia do Esporte no Brasil é marcada pela atuação do cirurgião dentista Mário Trigo, falecido em 2008. Pioneiro, acompanhou as seleções brasileiras bicampeãs mundiais de futebol de 58 e 62, além da seleção de 1966. Trigo foi, até hoje, o único cirurgião-dentista a viajar com a delegação brasileira e a receber as faixas de campeão juntamente com os atletas – em 58 e 62", destacou.
Antonio Jorge Netto, dentista da Sociedade Esportiva Palmeiras, que há 20 anos atua no campo da Odontologia do Esporte, é outro pioneiro da área, no Brasil. A primeira experiência de Netto na Odontologia do Esporte foi no atendimento ao atleta de vôlei Domingos Maracanã, que subiu ao palco para contar ao público a importância da Odontologia do Esporte “para uma recuperação mais rápida de suas lesões esportivas”, disse.
Netto considera fundamental a atuação conjunta da Ortopedia com a Odontologia, uma vez que “dores agudas corporais que não apresentam melhoras, após a medicação e a fisioterapia, podem indicar um foco de lesão bucal”, disse o dentista. Durante sua apresentação, o dentista da Sociedade Esportiva Palmeiras, Antonio Jorge Netto, convidou ao palco o médico do time, André Pedrinelli, que revelou ao público que a decisão de montar um departamento odontológico dentro do clube foi uma decisão estratégica. "Hoje, colhemos bons frutos, pois o rendimento profissional melhorou muito com o apoio odontológico, bem como a qualidade de vida dos nossos jogadores também", disse Pedrinelli.
“A ciência do esporte será o diferencial das medalhas brasileiras nos jogos olímpicos em 2016. Quanto mais profissionais de saúde estiverem trabalhando sinergicamente para atender o atleta, mais motivos de orgulho teremos”, disse o ortopedista e especialista em medicina do esporte, Wagner Castropil. O médico dividiu com o público sua experiência pessoal-profissional com o esporte. Entre 1985 e 1992, Castropil foi atleta da seleção Brasileira de Judô. Foi também integrante da Equipe Olímpica Brasileira em três olimpíadas: Barcelona (1992), como atleta, Atenas (2004) e Pequim (2008), como médico. “A correlação de lesões com processos inflamatórios ou infecciosos bucais é de 21%. O dentista que atende um atleta pode facilitar muito a recuperação do esportista. Vivenciei, tanto como atleta, quanto como médico da Confederação Brasileira de Judô, a importância do desenvolvimento da área e, com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Brasil, novos avanços certamente virão em prol das equipes nacionais”, destacou Castropil.

Mesa de debate
“No Brasil, há a necessidade de uma conscientização das instituições de saúde, educação e esportivas para que sejam feitas campanhas públicas visando estimular os praticantes de esportes e a comunidade em geral a uma prática esportiva segura. Precisamos avançar na questão do atendimento odontológico obrigatório, durante as atividades esportivas, para assegurar que os procedimentos imediatos frente a um traumatismo dentário sejam adotados. Novas pesquisas mais abrangentes devem ser realizadas neste campo, enfatizando as condições de saúde bucal de atletas”, destacou Hilton Tiba, que divide com Jun Ueda a coordenação do CODEC, Centro de Odontologia do Esporte do CETAO.
A palavra dos atletas
“Sediar as Olimpíadas não pode ser o ponto final para o Brasil, na verdade, este deve ser o ponto inicial de uma política de valorização do atleta brasileiro, que merece contar com apoio técnico e científico semelhante ao que grandes nações disponibilizam a seus atletas. Por falta de estrutura e de apoio ao esporte, já fui atendido, no exterior, por membros de comissões técnicas de outros países, simplesmente porque a comissão brasileira não contava com o suporte necessário para tanto” revelou ao público, Cassius Duran, atleta olímpico brasileiro de saltos ornamentais. Duran destacou que era seu “dever moral” prestar o seu testemunho sobre a Odontologia do Esporte, pois há seis anos, conta com atendimento especializado nesta área, o que lhe proporcionou uma melhora significativa em suas participações nos jogos olímpicos.
Fábio Vanini, atleta de handebol do Esporte Clube Pinheiros e da Seleção Brasileira de Handebol, contou aos presentes que se beneficia muito com o uso de um protetor bucal adequado à sua prática esportiva, feito especialmente para ele. Hilton Tiba destacou, após o testemunho de Vanini, que além da ação sobre os traumatismos, a Odontologia do Esporte também é essencial do ponto de vista da prevenção. “É preciso esclarecer os atletas a respeito da necessidade da prevenção de acidentes e de uma ação preventiva em saúde bucal. Por exemplo, existe um mito entre os atletas que diz que o protetor bucal traz dificuldades de respiração e fala. As 22 atletas da seleção feminina de futebol, por exemplo, usaram protetor bucal, em Atenas 2004, e não tiveram problemas... No mundial Sub 17, quatro atletas brasileiros também usaram... É comprovado cientificamente que o protetor não altera o desempenho do atleta, desde que seja um protetor adequado, personalizado”, explicou o dentista.
Vanini também destacou que “para o handebol atingir um status de grande modalidade, precisaria conquistar títulos como Olimpíadas e Mundiais que são as duas competições mais fortes para o nosso cenário. Precisamos investir na reestruturação da organização do handebol, visando atingir esse objetivo a longo prazo. A Medicina e a Odontologia do Esporte podem contribuir muito para este processo”, defendeu.
O coreano naturalizado brasileiro, Joon Sok Seo, divide os treinos de natação com o consultório de cirurgião-dentista. Começou a nadar como um exercício fisioterápico, para melhorar a locomoção, comprometida por uma poliomielite. Chegou a competir no tênis de mesa, mas foi na natação que se encontrou. Hoje, é nadador paraolímpico, especialista nas provas 50m, 100m e 4×50m livre, 50m costas e 50m borboleta. “ Se a Odontologia do Esporte é importante para o atleta que não compete nos Jogos Paraolímpicos, imaginem a importância deste atendimento para um atleta do arco e flecha que não tem um braço e atira a flecha com a boca, ou para um nadador que não tem braços e para competir nas provas de costas precisa segurar com os dentes uma toalha, antes da largada”, disse Joon Sok Seo.
E o que vem pela frente?
“Hoje, existem equipes de saúde que acompanham os eventos esportivos. Mas, sem a presença de um cirurgião-dentista, não podemos dizer que a equipe efetivamente é de Saúde, pois do ponto de vista da saúde bucal, os atletas estão desprotegidos. Desde 2002, o CETAO vem agindo, preventivamente e terapeuticamente nesta área. Iniciamos nossas pesquisas e estudos no campo da Odontologia do Esporte quando começamos a atender os atletas do Centro Olímpico da Cidade de São Paulo, mediante convênio de cooperação firmado com a Prefeitura. Em 2007, criamos o CODEC- Centro de Odontologia do Esporte do CETAO, um centro de excelência que vem firmando convênios para atender atletas e desportistas. Estamos produzindo protocolos de atendimento em todos os níveis de atuação odontológica. Estamos buscando também a integração da Odontologia do Esporte com os demais profissionais envolvidos em treinamentos e competições: fisioterapeutas, fisiologistas, nutricionistas e médicos ligados ao esporte”, explicou Alênio Calil Mathias.
“Como forma de alavancar o esporte no Brasil, o CETAO oferecerá, a partir de 2010, cursos de capacitação na área odontológica para os dentistas; cursos de integração com as práticas da Odontologia do Esporte para outros profissionais de saúde; e por fim, sonhamos também em criar o mais completo laboratório do Esporte brasileiro, onde toda a equipe de Saúde e, principalmente os atletas, se beneficiariam com nossas pesquisas e estudos”, afirmou o Prof° Dr. Alênio Calil Mathias, membro do conselho diretivo do CETAO, Instituição de Ensino Superior – Extensão e Pós-Graduação em Odontologia e organizador do 1° Fórum de Odontologia do Esporte para Atletas de Alto-Rendimento.
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Fonte: Assessoria de Imprensa