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9/5/2025
 
Matéria

- Geral
Fada de Dentes pode ser uma aliada nos estudos e pesquisas na odontologia

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Instituição busca doadores para seu Banco de Dentes, que tem como objetivo armazenar e distribuir dentes humanos, principalmente para a realização de pesquisas científicas voltadas à melhoria da saúde bucal

Chegou a hora de explicar para as crianças qual a destinação correta que a Fada dos Dentes deve dar aos dentinhos de leite que ela troca por moedas ou presentes: eles são entregues às Faculdades de Odontologia que mantêm Bancos de Dentes ativos. As doações permitem que os dentistas realizem importantes pesquisas e estudos para verificar, por exemplo, qual o comportamento e as características dos materiais utilizados para restaurar e obturar um dente, qual o melhor produto para limpar cavidades nos dentes e o melhor material para cimentar uma prótese, dentre muitas outras.


A "verdadeira" Fada dos Dentes

Infelizmente não apenas os pais, mas também muitos dentistas, não têm essa consciência e até desconhecem a existência e a importância dos Bancos de Dentes, instituições sem fins lucrativos, vinculadas a faculdades ou universidades com o propósito de suprir as necessidades acadêmicas, fornecendo dentes humanos para pesquisas ou para treinamentos laboratoriais dos alunos durante o curso de Odontologia.

Um dos poucos Bancos de Dentes existentes no Brasil é o da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, interior de São Paulo. Instalado no Laboratório de Ensaio de Materiais da faculdade desde 2004, as atividades ali desenvolvidas incluem a seleção, o armazenamento e distribuição de dentes humanos, principalmente para realização e análises de pesquisas e estudos dos alunos da graduação e pós-graduação.

Há inúmeras pesquisas já realizadas ou em andamento na Faculdade São Leopoldo Mandic com a utilização dos dentes, entre elas: o estudo das alterações no esmalte dos dentes submetidos a clareamentos dentais, a verificação da ação dos materiais com antibactericidas utilizados nas restaurações para a inibição do desenvolvimento de lesões da cárie e o desgaste nos dentes das pessoas bulímicas devido à ação constante de Ácido Clorídrico (vômito) sobre o esmalte dental.

Doações

O cirurgião-dentista e professor responsável pelo Banco de Dentes da São Leopoldo Mandic, Gabriel Politano, explica que, todos os dentes, independentes de estarem inteiros ou quebrados podem ser doados: tanto os dentes de leite como os permanentes são muito úteis para as pesquisas e ensino. Até mesmo pedaços deles e as suas raízes podem servir para os testes laboratoriais.

"Só não aceitamos aqueles que estão em péssimo estado de conservação, nos quais nem a coroa nem a raiz podem ser aproveitadas", explica o cirurgião-dentista. Como o dente humano é considerado um órgão, como o coração, o fígado ou rim, por possuir variados tecidos e funções específicas, o seu armazenamento em consultórios ou residências é considerado ilegal, assim como o seu comércio. "O local adequado para guardá-los é o Banco de Dentes", alerta Politano.

Para armazená-los no Banco de Dentes, eles são conservados, divididos por grupos (incisivos, caninos, pré-molares e molares) e colocados dentro de recipientes com água em uma geladeira para evitar a contaminação e multiplicação de bactérias.

Para realizar qualquer pesquisa com dentes humanos, há obrigatoriedade de os alunos submeterem o projeto de pesquisa do estudo pretendido à Comissão de Ética da Faculdade, explicando os objetivos do trabalho, metodologia a ser aplicada e a quantidade de dentes necessários. As pesquisas apenas são autorizadas se houver a certificação da procedência dos dentes e o consentimento do doador do material. Nesse caso, como fornecedor desses órgãos, o Banco de Dentes garantirá que as pesquisas sejam sempre realizadas dentro dos critérios éticos, inclusive evitando o "comércio" ilegal de estruturas dentais.

Estoque

O estoque atual do Banco da Faculdade São Leopoldo Mandic é de aproximadamente 2 mil dentes humanos. O ideal seria, no mínimo, 5 mil, considerando que algumas pesquisas exigem dezenas de dentes do mesmo grupo (caninos, por exemplo) para a verificação mais precisa dos resultados. Por mês, a faculdade recebe de 100 a 200 órgãos.

Geralmente a doação ainda vem sendo feita quase que na totalidade por alunos da gradução e pós-graduação. No momento da remoção de um dente, o paciente ou responsável (no caso dos pacientes da clínica infantil) é questionado se deseja e autoriza a doação do dente ao Banco de Dentes para a sua utilização no ensino e na pesquisa.

No entanto, a Fada dos Dentes ou qualquer pessoa consciente da importância dessas pesquisas pode fazer a doação diretamente no Laboratório de Ensaio de Materiais, onde está instalado o Banco de Dentes da Faculdade São Leopoldo Mandic. O dente deve estar seco ou embebido em água mineral, dentro de um saco plástico.

As doações também podem ser enviadas pelos Correios, aos cuidados do Banco de Dentes Humanos da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, rua Dr. José Rocha Junqueira, 13, bairro Ponte Preta, CEP 13045-755, Campinas, São Paulo. Nesse caso, a recomendação é envolvê-lo com uma gaze seca, para melhor protegê-lo. É necessário que o doador também escreva uma carta de doação, contendo o seu nome, número do documento de identidade (RG) e a quantidade de dentes enviados naquele envelope.

"Todo dente recém-extraído deve ser limpo com água corrente para que seja removido o sangue e, em seguida, ser armazenado em frasco contendo apenas água corrente. Não se deve usar nenhuma substância antimicrobiana, como água oxigenada, álcool, etc., já que as propriedades dos dentes podem ser alteradas", explica Gabriel Politano.

Campanha

"O progresso na qualidade dos materiais odontológicos e o conhecimento de suas propriedades têm obtido grandes avanços graças ao trabalho dos pesquisadores. No entanto, a maioria dos dentistas ainda não está acostumada com pesquisas em odontologia e muitos ainda desconhecem que o Banco de Dentes é um local destinado para estudos", lamenta Politano.

Para conscientizar profissionais e alunos de odontologia sobre a importância dos Bancos de Dentes, a Faculdade São Leopoldo Mandic distribui informativos e encaminha cartas sobre os objetivos dessas instituições. O objetivo da campanha é apresentar esse espaço disponibilizado para pesquisas a todos os profissionais da área e incentivar as doações quando de extrações, já que, por atender as pessoas de todas as idades, eles têm um acesso muito maior aos vários grupos de dentes.

Os dentistas também podem auxiliar na campanha, informando aos pais que uma fada consciente, que dá uma destinação correta aos dentes de leite de seus filhos, estará contribuindo para estudos e pesquisas na Odontologia, além de já ensinar as crianças sobre a importância da doação de órgãos.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Instituição busca doadores para seu Banco de Dentes, que tem como objetivo armazenar e distribuir dentes humanos, principalmente para a realização de pesquisas científicas voltadas à melhoria da saúde bucal

Chegou a hora de explicar para as crianças qual a destinação correta que a Fada dos Dentes deve dar aos dentinhos de leite que ela troca por moedas ou presentes: eles são entregues às Faculdades de Odontologia que mantêm Bancos de Dentes ativos. As doações permitem que os dentistas realizem importantes pesquisas e estudos para verificar, por exemplo, qual o comportamento e as características dos materiais utilizados para restaurar e obturar um dente, qual o melhor produto para limpar cavidades nos dentes e o melhor material para cimentar uma prótese, dentre muitas outras.


A "verdadeira" Fada dos Dentes

Infelizmente não apenas os pais, mas também muitos dentistas, não têm essa consciência e até desconhecem a existência e a importância dos Bancos de Dentes, instituições sem fins lucrativos, vinculadas a faculdades ou universidades com o propósito de suprir as necessidades acadêmicas, fornecendo dentes humanos para pesquisas ou para treinamentos laboratoriais dos alunos durante o curso de Odontologia.

Um dos poucos Bancos de Dentes existentes no Brasil é o da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, interior de São Paulo. Instalado no Laboratório de Ensaio de Materiais da faculdade desde 2004, as atividades ali desenvolvidas incluem a seleção, o armazenamento e distribuição de dentes humanos, principalmente para realização e análises de pesquisas e estudos dos alunos da graduação e pós-graduação.

Há inúmeras pesquisas já realizadas ou em andamento na Faculdade São Leopoldo Mandic com a utilização dos dentes, entre elas: o estudo das alterações no esmalte dos dentes submetidos a clareamentos dentais, a verificação da ação dos materiais com antibactericidas utilizados nas restaurações para a inibição do desenvolvimento de lesões da cárie e o desgaste nos dentes das pessoas bulímicas devido à ação constante de Ácido Clorídrico (vômito) sobre o esmalte dental.

Doações

O cirurgião-dentista e professor responsável pelo Banco de Dentes da São Leopoldo Mandic, Gabriel Politano, explica que, todos os dentes, independentes de estarem inteiros ou quebrados podem ser doados: tanto os dentes de leite como os permanentes são muito úteis para as pesquisas e ensino. Até mesmo pedaços deles e as suas raízes podem servir para os testes laboratoriais.

"Só não aceitamos aqueles que estão em péssimo estado de conservação, nos quais nem a coroa nem a raiz podem ser aproveitadas", explica o cirurgião-dentista. Como o dente humano é considerado um órgão, como o coração, o fígado ou rim, por possuir variados tecidos e funções específicas, o seu armazenamento em consultórios ou residências é considerado ilegal, assim como o seu comércio. "O local adequado para guardá-los é o Banco de Dentes", alerta Politano.

Para armazená-los no Banco de Dentes, eles são conservados, divididos por grupos (incisivos, caninos, pré-molares e molares) e colocados dentro de recipientes com água em uma geladeira para evitar a contaminação e multiplicação de bactérias.

Para realizar qualquer pesquisa com dentes humanos, há obrigatoriedade de os alunos submeterem o projeto de pesquisa do estudo pretendido à Comissão de Ética da Faculdade, explicando os objetivos do trabalho, metodologia a ser aplicada e a quantidade de dentes necessários. As pesquisas apenas são autorizadas se houver a certificação da procedência dos dentes e o consentimento do doador do material. Nesse caso, como fornecedor desses órgãos, o Banco de Dentes garantirá que as pesquisas sejam sempre realizadas dentro dos critérios éticos, inclusive evitando o "comércio" ilegal de estruturas dentais.

Estoque

O estoque atual do Banco da Faculdade São Leopoldo Mandic é de aproximadamente 2 mil dentes humanos. O ideal seria, no mínimo, 5 mil, considerando que algumas pesquisas exigem dezenas de dentes do mesmo grupo (caninos, por exemplo) para a verificação mais precisa dos resultados. Por mês, a faculdade recebe de 100 a 200 órgãos.

Geralmente a doação ainda vem sendo feita quase que na totalidade por alunos da gradução e pós-graduação. No momento da remoção de um dente, o paciente ou responsável (no caso dos pacientes da clínica infantil) é questionado se deseja e autoriza a doação do dente ao Banco de Dentes para a sua utilização no ensino e na pesquisa.

No entanto, a Fada dos Dentes ou qualquer pessoa consciente da importância dessas pesquisas pode fazer a doação diretamente no Laboratório de Ensaio de Materiais, onde está instalado o Banco de Dentes da Faculdade São Leopoldo Mandic. O dente deve estar seco ou embebido em água mineral, dentro de um saco plástico.

As doações também podem ser enviadas pelos Correios, aos cuidados do Banco de Dentes Humanos da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, rua Dr. José Rocha Junqueira, 13, bairro Ponte Preta, CEP 13045-755, Campinas, São Paulo. Nesse caso, a recomendação é envolvê-lo com uma gaze seca, para melhor protegê-lo. É necessário que o doador também escreva uma carta de doação, contendo o seu nome, número do documento de identidade (RG) e a quantidade de dentes enviados naquele envelope.

"Todo dente recém-extraído deve ser limpo com água corrente para que seja removido o sangue e, em seguida, ser armazenado em frasco contendo apenas água corrente. Não se deve usar nenhuma substância antimicrobiana, como água oxigenada, álcool, etc., já que as propriedades dos dentes podem ser alteradas", explica Gabriel Politano.

Campanha

"O progresso na qualidade dos materiais odontológicos e o conhecimento de suas propriedades têm obtido grandes avanços graças ao trabalho dos pesquisadores. No entanto, a maioria dos dentistas ainda não está acostumada com pesquisas em odontologia e muitos ainda desconhecem que o Banco de Dentes é um local destinado para estudos", lamenta Politano.

Para conscientizar profissionais e alunos de odontologia sobre a importância dos Bancos de Dentes, a Faculdade São Leopoldo Mandic distribui informativos e encaminha cartas sobre os objetivos dessas instituições. O objetivo da campanha é apresentar esse espaço disponibilizado para pesquisas a todos os profissionais da área e incentivar as doações quando de extrações, já que, por atender as pessoas de todas as idades, eles têm um acesso muito maior aos vários grupos de dentes.

Os dentistas também podem auxiliar na campanha, informando aos pais que uma fada consciente, que dá uma destinação correta aos dentes de leite de seus filhos, estará contribuindo para estudos e pesquisas na Odontologia, além de já ensinar as crianças sobre a importância da doação de órgãos.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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