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9/5/2025
 
Matéria

- Geral
"Impressões digitais" dos dentes?

teste

Pesquisa revela que marcas nos dentes
são únicas para cada pessoa

Todos os seres humanos são diferentes e únicos entre si. Os avanços das pesquisas puderam nos mostrar que o nosso DNA é o responsável por todas as nossas características, e ele é único. Nem mesmo irmãos gêmeos, que parecem idênticos, têm o mesmo DNA.

Além do DNA, não se pode deixar de lado as impressões digitais, que também são únicas de cada pessoa. Todo mundo lembra das histórias policiais em que o detetive descobre quem é o culpado através das impressões digitais deixadas quando se pega um objeto sem luvas. Aí, é só olhar no registro geral, ver de quem são as impressões e pronto! Eis o culpado... Mas os dedos não são os únicos que possuem essas impressões únicas, exclusivas.

Uma pesquisa da Unicamp comprovou que o esmalte dos dentes também apresenta algumas marcas que são únicas para cada indivíduo, e, por isso, podem ser uma alternativa de identificação humana.

O esmalte dos dentes é formado por camadas de prismas em direções alternadas. Essas camadas formam as Bandas de Hunter-Schreger (HSB) que, quando vistas sob uma luz lateral, aparecem como faixas claras e escuras sucessivas, formando uma espécie de “impressão digital”. Essa impressão dental é obtida quando se usa uma lupa esteroscópica (com capacidade de ampliação entre 20 e 50 vezes) para lançar uma iluminação lateral localizada de fibra ótica sobre o dente na região cervical, face vestibular. As imagens são captadas em um computador e trabalhadas para se destacar os contrastes. Depois, o mesmo software usado pra identificar as impressões digitais capta as tais impressões dentais, gerando uma lista de fatores de similaridade.

A Pesquisa

A descoberta foi feita pela cirurgiã-dentista Liza Lima Ramenzoni e deu origem a sua dissertação de mestrado pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp. O assunto tem sido pesquisado por Liza desde 2002, quando ela era graduanda em Odontologia pela Unicamp. A pesquisa é inédita no campo da histologia (ramo da biologia que estuda a estrutura microscópica normal de tecidos e órgãos). Graças a sua notoriedade, o trabalho foi publicado na revista inglesa Proceedings of the Royal Society – Biology como destaque da edição.

O interesse pelo assunto surgiu depois de Liza ler um estudo publicado na revista Journal of Vertebrate Paleontology. O estudo mostrava que as bandas de mamíferos pré-históricos, que viveram há 60 milhões de anos, estavam preservadas e o exame dessas texturas já mostrava uma particularidade entre as bandas, que auxiliava a distinguir as espécies de animais pesquisados. O professor Sérgio Line era o autor do estudo e foi o orientador de Liza durante todo o projeto. Liza estudou 274 dentes incisivos inferiores isolados e dentes diretamente da cavidade bucal de 30 pessoas.

Aplicação prática

Muitas pessoas poderiam se perguntar qual é a vantagem de tudo isso, já que os exames de impressão digital e DNA chegam ao mesmo resultado. A vantagem é que a análise da impressão dental é bem mais barata, já que pode ser feita em qualquer consultório dentário, com equipamentos comuns. Sem contar o fato de que ela é mais rápida também, o resultado sai na mesma hora, enquanto um exame de DNA pode demorar até uma semana. No Brasil, cerca de 90% dos exames de reconhecimento feitos no Instituto Médico Legal (IML) são feitos através da impressão digital.

O uso da impressão dental serviria para complementar os métodos de identificação humana já existentes. O novo método pode ser usado principalmente para reconhecer corpos de vítimas de desastre em massa, em que os corpos muitas vezes ficam carbonizados, putrefeitos, ou em pedaços. As células que contêm o DNA podem ser perdidas nesses casos, assim como as impressões digitais. Como o esmalte do dente é uma das substâncias mais resistentes do corpo humano, e consegue suportar temperaturas de 300 a 500ºC, a única maneira de se fazer o reconhecimento de um corpo nessas situações seria através do exame da impressão dental.

Para começar a por em prática, porém só há um problema: para que os reconhecimentos possam ser feitos através da impressão dental é preciso criar um banco de dados, igual a aquele feito quando se tira o RG, o que ainda não tem previsão.

 

Pesquisa revela que marcas nos dentes
são únicas para cada pessoa

Todos os seres humanos são diferentes e únicos entre si. Os avanços das pesquisas puderam nos mostrar que o nosso DNA é o responsável por todas as nossas características, e ele é único. Nem mesmo irmãos gêmeos, que parecem idênticos, têm o mesmo DNA.

Além do DNA, não se pode deixar de lado as impressões digitais, que também são únicas de cada pessoa. Todo mundo lembra das histórias policiais em que o detetive descobre quem é o culpado através das impressões digitais deixadas quando se pega um objeto sem luvas. Aí, é só olhar no registro geral, ver de quem são as impressões e pronto! Eis o culpado... Mas os dedos não são os únicos que possuem essas impressões únicas, exclusivas.

Uma pesquisa da Unicamp comprovou que o esmalte dos dentes também apresenta algumas marcas que são únicas para cada indivíduo, e, por isso, podem ser uma alternativa de identificação humana.

O esmalte dos dentes é formado por camadas de prismas em direções alternadas. Essas camadas formam as Bandas de Hunter-Schreger (HSB) que, quando vistas sob uma luz lateral, aparecem como faixas claras e escuras sucessivas, formando uma espécie de “impressão digital”. Essa impressão dental é obtida quando se usa uma lupa esteroscópica (com capacidade de ampliação entre 20 e 50 vezes) para lançar uma iluminação lateral localizada de fibra ótica sobre o dente na região cervical, face vestibular. As imagens são captadas em um computador e trabalhadas para se destacar os contrastes. Depois, o mesmo software usado pra identificar as impressões digitais capta as tais impressões dentais, gerando uma lista de fatores de similaridade.

A Pesquisa

A descoberta foi feita pela cirurgiã-dentista Liza Lima Ramenzoni e deu origem a sua dissertação de mestrado pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp. O assunto tem sido pesquisado por Liza desde 2002, quando ela era graduanda em Odontologia pela Unicamp. A pesquisa é inédita no campo da histologia (ramo da biologia que estuda a estrutura microscópica normal de tecidos e órgãos). Graças a sua notoriedade, o trabalho foi publicado na revista inglesa Proceedings of the Royal Society – Biology como destaque da edição.

O interesse pelo assunto surgiu depois de Liza ler um estudo publicado na revista Journal of Vertebrate Paleontology. O estudo mostrava que as bandas de mamíferos pré-históricos, que viveram há 60 milhões de anos, estavam preservadas e o exame dessas texturas já mostrava uma particularidade entre as bandas, que auxiliava a distinguir as espécies de animais pesquisados. O professor Sérgio Line era o autor do estudo e foi o orientador de Liza durante todo o projeto. Liza estudou 274 dentes incisivos inferiores isolados e dentes diretamente da cavidade bucal de 30 pessoas.

Aplicação prática

Muitas pessoas poderiam se perguntar qual é a vantagem de tudo isso, já que os exames de impressão digital e DNA chegam ao mesmo resultado. A vantagem é que a análise da impressão dental é bem mais barata, já que pode ser feita em qualquer consultório dentário, com equipamentos comuns. Sem contar o fato de que ela é mais rápida também, o resultado sai na mesma hora, enquanto um exame de DNA pode demorar até uma semana. No Brasil, cerca de 90% dos exames de reconhecimento feitos no Instituto Médico Legal (IML) são feitos através da impressão digital.

O uso da impressão dental serviria para complementar os métodos de identificação humana já existentes. O novo método pode ser usado principalmente para reconhecer corpos de vítimas de desastre em massa, em que os corpos muitas vezes ficam carbonizados, putrefeitos, ou em pedaços. As células que contêm o DNA podem ser perdidas nesses casos, assim como as impressões digitais. Como o esmalte do dente é uma das substâncias mais resistentes do corpo humano, e consegue suportar temperaturas de 300 a 500ºC, a única maneira de se fazer o reconhecimento de um corpo nessas situações seria através do exame da impressão dental.

Para começar a por em prática, porém só há um problema: para que os reconhecimentos possam ser feitos através da impressão dental é preciso criar um banco de dados, igual a aquele feito quando se tira o RG, o que ainda não tem previsão.

 

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