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9/5/2025
 
Matéria

- Ortodontia e Ortopedia Dento-Facial
Rinite alérgica pode levar pacientes ao ortodontista

teste

Pesquisa comprova que crianças com rinite alérgica
possuem grandes chances de ter problemas dentários

A rinite é uma doença bastante comum em todo o mundo. A Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia divulgou em 2005 que, somente no Brasil, a doença atinge de 15 a 25% da população, ou seja, mais de 17 milhões de pessoas provenientes de todas as classes sociais. Devido à poluição, nos grandes centros urbanos o número de casos de rinite alérgica é ainda maior. Em algumas regiões do Brasil, 35% da população adulta sofre com o problema. A rinite alérgica não é contagiosa, mas os filhos de pessoas que têm rinite possuem 50% a mais de chance de contrair a doença, porém isso não exclui a possibilidade de filhos de pessoas que não sofrem de rinite adquirirem a doença.

A rinite alérgica sempre esteve relacionada a um otorrinolaringologista ou a um alergologista. Entretanto, as coisas mudaram. Pesquisas têm mostrado que as crianças que sofrem de rinite alérgica – além de sofrerem com os efeitos da doença como coriza e obstrução nasal – são sérias candidatas a usarem aparelhos ortodônticos.

A ortodontista Cláudia Feitosa de Souza da Cunha Cintra apresentou como tese de mestrado pela Faculdade de Medicina da USP uma pesquisa sobre o assunto. Cláudia analisou 76 crianças atendidas no Hospital das Clínicas e no Centro de Saúde de Pinheiros – de 7 a 14 anos – com rinite leve e moderada. O principal objetivo da pesquisa foi mostrar como a rinite alérgica pode ser um fator complicador das alterações buco-faciais O resultado mostrou que, das 76 crianças, 82% apresentavam obstrução nasal e, conseqüentemente, respiravam pela boca. Foram excluídos da pesquisa os pacientes com desvio de septo e hipertrofia de amídalas e de adenóide, que também causam obstrução nasal e poderiam influir no resultado.

Se a criança respira corretamente – pelo nariz – o ar exerce pressão sobre o palato. Quando a criança respira pela boca não há pressão e o palato tende a ser mais profundo, alterando assim a posição dos dentes. Os resultados tornam-se mais sérios de acordo com o grau da rinite e de acordo com a idade em que ela apareceu. Quanto mais grave for a rinite alérgica e mais cedo ela aparecer, mais graves serão os problemas que ela poderá causar. Em alguns casos a doença chega a mudar a direção de crescimento das mandíbulas, causando alterações na face.

Apinhamento dentário

Das crianças examinadas por Cláudia na pesquisa, 68% apresentavam apinhamento dentário. Além do céu da boca mais profundo, o edema nasal provocado pela rinite também pode contribuir para isso. O edema prejudica a circulação sangüínea, fazendo com que os ossos alveolares – que dão suporte à raiz do dente – recebam menos sangue. Com o problema da irrigação dos ossos, a troca da dentição pode ser afetada. Os dentes decíduos podem demorar a cair ou cair antes do tempo. Dessa maneira, os dentes permanentes já nasceriam desalinhados.

Bruxismo

A rinite alérgica também aumenta as chances da criança sofrer de bruxismo. O edema acaba por fechar a tuba auditiva. Enquanto a criança mastiga, boceja, espirra ou engole – isso ao longo do dia – a tuba permanece aberta. Durante o sono, o que mantém a tuba auditiva aberta é o ato de engolir saliva. Se a criança sofre de rinite, ela tem grandes chances de ter uma respiração bucal e essa respiração errada faz com que a criança fique com a boca seca e, conseqüentemente, não tenha saliva pra engolir. Dessa maneira, a criança acaba rangendo os dentes para manter a tuba aberta.

Não é a toa que a pesquisa da USP feita por Cláudia Cintra mostrou um resultado de 58% das crianças com bruxismo. A pesquisadora afirma que, além do edema, o estresse provocado pelos sintomas da rinite – obstrução nasal, espirros freqüentes, nariz coçando e escorrendo – também contribuem para o aumento do número de pessoas que sofrem de bruxismo. O estresse também diminui o poder de concentração e prejudica o rendimento nos estudos.

Trabalho em conjunto

O aumento dos problemas dentários por causa da rinite alérgica é fato, mas não é o simples uso de um aparelho ortodôntico que vai resolver de vez o problema. Cláudia Cintra ainda afirma através de sua pesquisa que a criança precisa fazer um tratamento conjunto com um ortodontista, um otorrino e um alergologista.

A rinite alérgica não tem cura, mas esse tratamento multidisciplinar pode fazer com que os sintomas quase desapareçam. Assim, o otorrino e o alergologista fazem um tratamento visando diminuir os problemas da rinite e normalizar a respiração enquanto o ortodontista trabalha na correção da arcada dentária.

Se esse trabalho não for feito em conjunto pelos três profissionais, o tratamento não irá surtir efeito. Por mais que o ortodontista trabalhe para corrigir o apinhamento dentário de seu paciente, os problemas respiratórios podem fazer o problema voltar. Tudo isso, claro, somado a uma boa limpeza do ambiente, impedindo o contato com os agentes causadores da doença.

 

Pesquisa comprova que crianças com rinite alérgica
possuem grandes chances de ter problemas dentários

A rinite é uma doença bastante comum em todo o mundo. A Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia divulgou em 2005 que, somente no Brasil, a doença atinge de 15 a 25% da população, ou seja, mais de 17 milhões de pessoas provenientes de todas as classes sociais. Devido à poluição, nos grandes centros urbanos o número de casos de rinite alérgica é ainda maior. Em algumas regiões do Brasil, 35% da população adulta sofre com o problema. A rinite alérgica não é contagiosa, mas os filhos de pessoas que têm rinite possuem 50% a mais de chance de contrair a doença, porém isso não exclui a possibilidade de filhos de pessoas que não sofrem de rinite adquirirem a doença.

A rinite alérgica sempre esteve relacionada a um otorrinolaringologista ou a um alergologista. Entretanto, as coisas mudaram. Pesquisas têm mostrado que as crianças que sofrem de rinite alérgica – além de sofrerem com os efeitos da doença como coriza e obstrução nasal – são sérias candidatas a usarem aparelhos ortodônticos.

A ortodontista Cláudia Feitosa de Souza da Cunha Cintra apresentou como tese de mestrado pela Faculdade de Medicina da USP uma pesquisa sobre o assunto. Cláudia analisou 76 crianças atendidas no Hospital das Clínicas e no Centro de Saúde de Pinheiros – de 7 a 14 anos – com rinite leve e moderada. O principal objetivo da pesquisa foi mostrar como a rinite alérgica pode ser um fator complicador das alterações buco-faciais O resultado mostrou que, das 76 crianças, 82% apresentavam obstrução nasal e, conseqüentemente, respiravam pela boca. Foram excluídos da pesquisa os pacientes com desvio de septo e hipertrofia de amídalas e de adenóide, que também causam obstrução nasal e poderiam influir no resultado.

Se a criança respira corretamente – pelo nariz – o ar exerce pressão sobre o palato. Quando a criança respira pela boca não há pressão e o palato tende a ser mais profundo, alterando assim a posição dos dentes. Os resultados tornam-se mais sérios de acordo com o grau da rinite e de acordo com a idade em que ela apareceu. Quanto mais grave for a rinite alérgica e mais cedo ela aparecer, mais graves serão os problemas que ela poderá causar. Em alguns casos a doença chega a mudar a direção de crescimento das mandíbulas, causando alterações na face.

Apinhamento dentário

Das crianças examinadas por Cláudia na pesquisa, 68% apresentavam apinhamento dentário. Além do céu da boca mais profundo, o edema nasal provocado pela rinite também pode contribuir para isso. O edema prejudica a circulação sangüínea, fazendo com que os ossos alveolares – que dão suporte à raiz do dente – recebam menos sangue. Com o problema da irrigação dos ossos, a troca da dentição pode ser afetada. Os dentes decíduos podem demorar a cair ou cair antes do tempo. Dessa maneira, os dentes permanentes já nasceriam desalinhados.

Bruxismo

A rinite alérgica também aumenta as chances da criança sofrer de bruxismo. O edema acaba por fechar a tuba auditiva. Enquanto a criança mastiga, boceja, espirra ou engole – isso ao longo do dia – a tuba permanece aberta. Durante o sono, o que mantém a tuba auditiva aberta é o ato de engolir saliva. Se a criança sofre de rinite, ela tem grandes chances de ter uma respiração bucal e essa respiração errada faz com que a criança fique com a boca seca e, conseqüentemente, não tenha saliva pra engolir. Dessa maneira, a criança acaba rangendo os dentes para manter a tuba aberta.

Não é a toa que a pesquisa da USP feita por Cláudia Cintra mostrou um resultado de 58% das crianças com bruxismo. A pesquisadora afirma que, além do edema, o estresse provocado pelos sintomas da rinite – obstrução nasal, espirros freqüentes, nariz coçando e escorrendo – também contribuem para o aumento do número de pessoas que sofrem de bruxismo. O estresse também diminui o poder de concentração e prejudica o rendimento nos estudos.

Trabalho em conjunto

O aumento dos problemas dentários por causa da rinite alérgica é fato, mas não é o simples uso de um aparelho ortodôntico que vai resolver de vez o problema. Cláudia Cintra ainda afirma através de sua pesquisa que a criança precisa fazer um tratamento conjunto com um ortodontista, um otorrino e um alergologista.

A rinite alérgica não tem cura, mas esse tratamento multidisciplinar pode fazer com que os sintomas quase desapareçam. Assim, o otorrino e o alergologista fazem um tratamento visando diminuir os problemas da rinite e normalizar a respiração enquanto o ortodontista trabalha na correção da arcada dentária.

Se esse trabalho não for feito em conjunto pelos três profissionais, o tratamento não irá surtir efeito. Por mais que o ortodontista trabalhe para corrigir o apinhamento dentário de seu paciente, os problemas respiratórios podem fazer o problema voltar. Tudo isso, claro, somado a uma boa limpeza do ambiente, impedindo o contato com os agentes causadores da doença.

 

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