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9/5/2025
 
Matéria

- Laser em Odontologia
Tecnologia dentro do consultório

teste

O laser pode ser muito útil no consultório, mas ainda é uma realidade um pouco distante

A Odontologia vem se modernizando a cada dia. O laser – tão conhecido dos filmes de ficção científica – tem invadido os consultórios dentários de todo o mundo, facilitando o trabalho dos cirurgiões dentistas. E suas utilidades não são poucas. O laser possui efeito antiinflamatório e analgésico, com grande eficiência no combate a microorganismos como bactérias, fungos e vírus. Isso ajuda no tratamento de cáries, de problemas no canal, herpes e mau hálito.

Como tudo começou

Em 1960, o físico norte americano Theodore Maiman anunciou o funcionamento do primeiro laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation). Os primeiros estudos envolvendo laser e odontologia surgiram com Stern & Sognnaes em meados da década de 1960.

Os dois cientistas utilizaram o Laser de Rubi (AI203) para vaporizar o esmalte dos dentes. 

No Brasil, os estudos tiveram início em 1990 com um grupo de professores da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, a FOUSP. Cinco anos depois, a própria FOUSP criou o LELO – Laboratório Experimental de Laser na Odontologia – um dos mais avançados centros no mundo dentro dessa área. Esse ano a UNICSUL inaugurou o CILO, Centro Internacional de Laser em Odontologia (veja a matéria). Tanto o CILO como o LELO dedicam-se a pesquisas para descobrir novas aplicações do laser na Odontologia. 

Vários tipos de laser podem ser utilizados na Odontologia. Os mais comuns são os de argônio, dióxido de carbono (CO2), érbio-YAG (Er:YAG) e neomídio-YAG (Nd:YAG). A sigla YAG designa um cristal sintético formado por óxido de ítrio e de alumínio. Com exceção do laser de argônio, os outros três são invisíveis a olho nu.

De acordo com a concentração de energia no feixe de luz os lasers podem ser classificados como de baixa, média ou alta potência. A maioria das aplicações na área odontológica é feita com lasers de alta potência, como o tratamento de cárie.

Colocando em prática

Uma das inovações que o laser trouxe foi a remoção de cáries sem o uso de anestesia, já que a utilização do laser não costuma causar dor. Nesse caso, o laser agiria somente no tecido cariado, não atingindo as áreas que estão sadias - é uma remoção seletiva. A broca de alta rotação não consegue fazer essa remoção seletiva e acaba danificando a parte sadia do dente.

Não é só o trabalho do cirurgião dentista que fica facilitado com o uso do laser, o paciente também é beneficiado. Além do laser não causar dor na maioria das vezes – o que já é um grande avanço no combate ao medo de dentista – a aplicação de laser somada ao uso de um creme dental com flúor também combate o surgimento de cáries.

Pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) comprovaram essa eficiência do laser de dióxido de carbono (CO2) no combate às caries. Os estudos foram feitos em laboratório e em 17 voluntários. O laser, quando aplicado nos dentes, cria uma barreira na superfície do esmalte que impede a penetração dos ácidos que causam as cáries. 

Segundo o teste, quando o laser e o creme dental com flúor são utilizados em conjunto o desenvolvimento de cáries é inibido em 84%. O uso do laser de maneira isolada diminuiu a incidência de cáries em 35%, enquanto o creme dental com flúor reduziu em 47%.  O laser potencializa a ação do creme dental e vice-versa. 

A utilização do laser não se restringe apenas à prevenção ou ao tratamento de algumas doenças. Estudos dos últimos anos mostram que o laser também pode ser utilizado para detectar essas doenças.

A partir de um aparelho de laser de baixa potência, a superfície do dente absorve a luz a laser. O processo emite uma fluorescência que é transformada em valores numéricos. Esses números – que vão de uma escala de 0 a 99 – expressam as áreas sadias do dente, bem como as que apresentam algum problema. A desmineralização do esmalte do dente faz com que ele perca a autofluorescência. Quando essa fluorescência é transformada em números o cirurgião dentista sabe qual a área do dente mais afetada, e sabe exatamente onde deve agir.

O laser diminui muito a chance de erros no diagnóstico graças a seu alto índice de precisão. Essa precisão mostra inclusive se determinada lesão cariosa está ativa ou estabilizada. No caso das lesões estabilizadas, o cirurgião dentista pode estudar o caso, para ver se vale a pena interferir ou se é melhor deixar o dente como ele está. Não haverá mais o risco de se tratar uma lesão estabilizada como se fosse ativa. 

Ainda no papel

Como toda nova tecnologia, o laser ainda apresenta um pouco de resistência por parte dos profissionais mais conservadores. É comum as pessoas continuarem com seus velhos hábitos ao invés de se renderem a algo novo.

No caso do laser, não é só esse tipo de resistência que impede o crescimento do número de aparelhos em consultórios odontológicos. Claro que algumas pessoas ainda torcem o nariz para as novas tecnologias, mas o investimento necessário para a compra da aparelhagem é muito elevado, o que impede um maior acesso dos cirurgiões dentistas e de seus pacientes aos benefícios do tratamento a laser. Porém, o surgimento de centros de pesquisa e cursos, como o CILO, representa um pontapé inicial.

 

O laser pode ser muito útil no consultório, mas ainda é uma realidade um pouco distante

A Odontologia vem se modernizando a cada dia. O laser – tão conhecido dos filmes de ficção científica – tem invadido os consultórios dentários de todo o mundo, facilitando o trabalho dos cirurgiões dentistas. E suas utilidades não são poucas. O laser possui efeito antiinflamatório e analgésico, com grande eficiência no combate a microorganismos como bactérias, fungos e vírus. Isso ajuda no tratamento de cáries, de problemas no canal, herpes e mau hálito.

Como tudo começou

Em 1960, o físico norte americano Theodore Maiman anunciou o funcionamento do primeiro laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation). Os primeiros estudos envolvendo laser e odontologia surgiram com Stern & Sognnaes em meados da década de 1960.

Os dois cientistas utilizaram o Laser de Rubi (AI203) para vaporizar o esmalte dos dentes. 

No Brasil, os estudos tiveram início em 1990 com um grupo de professores da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, a FOUSP. Cinco anos depois, a própria FOUSP criou o LELO – Laboratório Experimental de Laser na Odontologia – um dos mais avançados centros no mundo dentro dessa área. Esse ano a UNICSUL inaugurou o CILO, Centro Internacional de Laser em Odontologia (veja a matéria). Tanto o CILO como o LELO dedicam-se a pesquisas para descobrir novas aplicações do laser na Odontologia. 

Vários tipos de laser podem ser utilizados na Odontologia. Os mais comuns são os de argônio, dióxido de carbono (CO2), érbio-YAG (Er:YAG) e neomídio-YAG (Nd:YAG). A sigla YAG designa um cristal sintético formado por óxido de ítrio e de alumínio. Com exceção do laser de argônio, os outros três são invisíveis a olho nu.

De acordo com a concentração de energia no feixe de luz os lasers podem ser classificados como de baixa, média ou alta potência. A maioria das aplicações na área odontológica é feita com lasers de alta potência, como o tratamento de cárie.

Colocando em prática

Uma das inovações que o laser trouxe foi a remoção de cáries sem o uso de anestesia, já que a utilização do laser não costuma causar dor. Nesse caso, o laser agiria somente no tecido cariado, não atingindo as áreas que estão sadias - é uma remoção seletiva. A broca de alta rotação não consegue fazer essa remoção seletiva e acaba danificando a parte sadia do dente.

Não é só o trabalho do cirurgião dentista que fica facilitado com o uso do laser, o paciente também é beneficiado. Além do laser não causar dor na maioria das vezes – o que já é um grande avanço no combate ao medo de dentista – a aplicação de laser somada ao uso de um creme dental com flúor também combate o surgimento de cáries.

Pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) comprovaram essa eficiência do laser de dióxido de carbono (CO2) no combate às caries. Os estudos foram feitos em laboratório e em 17 voluntários. O laser, quando aplicado nos dentes, cria uma barreira na superfície do esmalte que impede a penetração dos ácidos que causam as cáries. 

Segundo o teste, quando o laser e o creme dental com flúor são utilizados em conjunto o desenvolvimento de cáries é inibido em 84%. O uso do laser de maneira isolada diminuiu a incidência de cáries em 35%, enquanto o creme dental com flúor reduziu em 47%.  O laser potencializa a ação do creme dental e vice-versa. 

A utilização do laser não se restringe apenas à prevenção ou ao tratamento de algumas doenças. Estudos dos últimos anos mostram que o laser também pode ser utilizado para detectar essas doenças.

A partir de um aparelho de laser de baixa potência, a superfície do dente absorve a luz a laser. O processo emite uma fluorescência que é transformada em valores numéricos. Esses números – que vão de uma escala de 0 a 99 – expressam as áreas sadias do dente, bem como as que apresentam algum problema. A desmineralização do esmalte do dente faz com que ele perca a autofluorescência. Quando essa fluorescência é transformada em números o cirurgião dentista sabe qual a área do dente mais afetada, e sabe exatamente onde deve agir.

O laser diminui muito a chance de erros no diagnóstico graças a seu alto índice de precisão. Essa precisão mostra inclusive se determinada lesão cariosa está ativa ou estabilizada. No caso das lesões estabilizadas, o cirurgião dentista pode estudar o caso, para ver se vale a pena interferir ou se é melhor deixar o dente como ele está. Não haverá mais o risco de se tratar uma lesão estabilizada como se fosse ativa. 

Ainda no papel

Como toda nova tecnologia, o laser ainda apresenta um pouco de resistência por parte dos profissionais mais conservadores. É comum as pessoas continuarem com seus velhos hábitos ao invés de se renderem a algo novo.

No caso do laser, não é só esse tipo de resistência que impede o crescimento do número de aparelhos em consultórios odontológicos. Claro que algumas pessoas ainda torcem o nariz para as novas tecnologias, mas o investimento necessário para a compra da aparelhagem é muito elevado, o que impede um maior acesso dos cirurgiões dentistas e de seus pacientes aos benefícios do tratamento a laser. Porém, o surgimento de centros de pesquisa e cursos, como o CILO, representa um pontapé inicial.

 

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