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9/5/2025
 
Matéria

- Endodontia
Estudo mapeia traumatismos dentários em serviço da FOP

teste

Levantamento realizado pela cirurgiã-dentista Fernanda Freitas Lins apontou a avulsão dental (quando o dente sai da boca), como o trauma mais frequente nos 450 pacientes atendidos no Serviço de Trauma Dental da Área de Endodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP). Ou seja, para a maioria dos pacientes que passaram pelo atendimento, em 10 anos, o risco de perder os dentes foi o mais evidente. Já as quedas e acidentes com bicicleta foram as principais causas dos traumas dentários. No universo dos 450 pacientes, 300 eram do sexo masculino e 150, feminino.


Uma das principais causas

Na radiografia sobre o perfil da população acidentada que recebeu socorro na FOP, os meninos na faixa etária de 11 a 15 anos se machucaram muito mais do que as meninas da mesma idade. No total, 31,5% dos atendimentos foram dedicados aos adolescentes. O estudo mostrou ainda que o mês de maio teve o maior número de atendimentos, sendo sábado o dia da semana em que mais ocorreram esses traumas. Todos estes dados compõem o estudo realizado por Fernanda Lins, sob orientação da professora Adriana de Jesus Soares, cujo objetivo foi, justamente, avaliar os diversos aspectos envolvendo o que eles chamam de injúrias dentárias traumáticas na população atendida na FOP – um serviço de referência que atua na região desde julho de 2000.

O mapeamento, segundo Fernanda, é importante para elaborar programas preventivos específicos para os problemas que foram identificados. “Com esses dados em mãos, temos condições de saber a etiologia, prevalência e classificação dos traumas e, assim, contribuir para elaborar medidas de educação nas escolas e para a população de maneira geral”, explica. Até julho de 2010, foram 1.284 dentes traumatizados em uma população na faixa etária entre seis e 71 anos, sendo que, em média, cada paciente teve prejudicado quase três dentes – mais especificamente, 2,8. Média alta se for considerada a faixa etária estudada, principalmente, tendo os dentes incisivos centrais superiores, aqueles localizados na região frontal da boca, com o percentual de trauma mais elevado, 53,7%.

A cirurgiã-dentista afirma que o socorro rápido e os cuidados básicos, muitas vezes desconhecidos por grande parte da população, minimizariam o risco de perda dentária. Um exemplo é o armazenamento imediato do dente, quando sai da boca, no leite. Esta simples medida evita a deterioração do material de revestimento do dente. Caso o paciente consiga seguir rapidamente para um consultório dentário, aumentam ainda mais as chances de reparação. Outra dica em relação às fraturas dentárias de esmalte e dentina, também frequentes segundo o estudo, seria o acondicionamento do pedaço fraturado em soro fisiológico.

“É possível realizar um procedimento de reimplante se o paciente chegar em meia hora depois do acidente ao serviço de emergência. O problema é que, em geral, o atendimento é tardio e o dente vem acondicionado em papel ou tecido, inviabilizando o processo. Já no caso do esmalte e da dentina, os fragmentos dentários poderiam ser colados como uma forma de manter a estética do dente”, ensina a cirurgiã-dentista. O uso de capacete e acessórios de segurança para se andar de bicicleta é outra medida essencial para que sejam minimizados os riscos. Em determinados casos, segundo Fernanda Lins, até mesmo o uso de protetor bucal seria o recomendado.

As ações preventivas e imediatas ao acidente, lembra a cirurgiã-dentista, permitem economia de custos, visto que um dente traumatizado, dependendo da gravidade, pode levar mais de um ano, e em alguns casos até dois, para ser reparado. O atendimento prestado no Serviço de Trauma Dental da FOP tem um fluxo bastante intenso e funciona somente às segundas-feiras. Em média, são cinco casos novos por semana, afora aqueles que estão em tratamento prolongado.

Fonte: Jornal da Unicamp – ANO XXV – Nº 494

Levantamento realizado pela cirurgiã-dentista Fernanda Freitas Lins apontou a avulsão dental (quando o dente sai da boca), como o trauma mais frequente nos 450 pacientes atendidos no Serviço de Trauma Dental da Área de Endodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP). Ou seja, para a maioria dos pacientes que passaram pelo atendimento, em 10 anos, o risco de perder os dentes foi o mais evidente. Já as quedas e acidentes com bicicleta foram as principais causas dos traumas dentários. No universo dos 450 pacientes, 300 eram do sexo masculino e 150, feminino.


Uma das principais causas

Na radiografia sobre o perfil da população acidentada que recebeu socorro na FOP, os meninos na faixa etária de 11 a 15 anos se machucaram muito mais do que as meninas da mesma idade. No total, 31,5% dos atendimentos foram dedicados aos adolescentes. O estudo mostrou ainda que o mês de maio teve o maior número de atendimentos, sendo sábado o dia da semana em que mais ocorreram esses traumas. Todos estes dados compõem o estudo realizado por Fernanda Lins, sob orientação da professora Adriana de Jesus Soares, cujo objetivo foi, justamente, avaliar os diversos aspectos envolvendo o que eles chamam de injúrias dentárias traumáticas na população atendida na FOP – um serviço de referência que atua na região desde julho de 2000.

O mapeamento, segundo Fernanda, é importante para elaborar programas preventivos específicos para os problemas que foram identificados. “Com esses dados em mãos, temos condições de saber a etiologia, prevalência e classificação dos traumas e, assim, contribuir para elaborar medidas de educação nas escolas e para a população de maneira geral”, explica. Até julho de 2010, foram 1.284 dentes traumatizados em uma população na faixa etária entre seis e 71 anos, sendo que, em média, cada paciente teve prejudicado quase três dentes – mais especificamente, 2,8. Média alta se for considerada a faixa etária estudada, principalmente, tendo os dentes incisivos centrais superiores, aqueles localizados na região frontal da boca, com o percentual de trauma mais elevado, 53,7%.

A cirurgiã-dentista afirma que o socorro rápido e os cuidados básicos, muitas vezes desconhecidos por grande parte da população, minimizariam o risco de perda dentária. Um exemplo é o armazenamento imediato do dente, quando sai da boca, no leite. Esta simples medida evita a deterioração do material de revestimento do dente. Caso o paciente consiga seguir rapidamente para um consultório dentário, aumentam ainda mais as chances de reparação. Outra dica em relação às fraturas dentárias de esmalte e dentina, também frequentes segundo o estudo, seria o acondicionamento do pedaço fraturado em soro fisiológico.

“É possível realizar um procedimento de reimplante se o paciente chegar em meia hora depois do acidente ao serviço de emergência. O problema é que, em geral, o atendimento é tardio e o dente vem acondicionado em papel ou tecido, inviabilizando o processo. Já no caso do esmalte e da dentina, os fragmentos dentários poderiam ser colados como uma forma de manter a estética do dente”, ensina a cirurgiã-dentista. O uso de capacete e acessórios de segurança para se andar de bicicleta é outra medida essencial para que sejam minimizados os riscos. Em determinados casos, segundo Fernanda Lins, até mesmo o uso de protetor bucal seria o recomendado.

As ações preventivas e imediatas ao acidente, lembra a cirurgiã-dentista, permitem economia de custos, visto que um dente traumatizado, dependendo da gravidade, pode levar mais de um ano, e em alguns casos até dois, para ser reparado. O atendimento prestado no Serviço de Trauma Dental da FOP tem um fluxo bastante intenso e funciona somente às segundas-feiras. Em média, são cinco casos novos por semana, afora aqueles que estão em tratamento prolongado.

Fonte: Jornal da Unicamp – ANO XXV – Nº 494

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