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9/5/2025
 
Matéria

- Periodontia
Periodontia e Diabetes

teste

O diabetes mellitius é uma doença de origem endócrina em que o organismo humano apresenta dificuldades em produzir insulina e fica com um nível de glicemia acima do normal. O diabetes mellitius pode ser do tipo 1 ou do tipo 2. O diabetes do tipo 2 aparece com a idade e atinge, hoje, mais de 11% da população brasileira com mais de 40 anos.

A deficiência na produção de insulina faz com que as taxas de glicose no sangue ultrapassem a faixa de 160 a 180mg/dl. O excesso de glicose no sangue acarreta outros problemas no organismo, inclusive na saúde bucal do portador. Isso ocorre porque a hiperglicemia acarreta glicolizações não-enzimáticas e oxidação de proteínas e lipídios. Depois de várias reações, surge uma formação irreversível de produtos finais de glicolização avançada, os AGEs (advanced glycation end products). Esses AGEs acumulam-se no plasma e nos tecidos dos diabéticos e acabam, depois de certo tempo, corroendo esses tecidos e causando inflamações e infecções, graças à liberação de TNF-α, uma citocina pró-inflamatória responsável pela resistência à insulina.

Glicemia e periodontia

Como não poderia ser diferente, os tecidos periodontais também são afetados pelo diabetes mellitius. Estudos comprovam que pessoas que sofrem de diabetes têm uma pré-disposição maior a apresentarem doenças periodontais, ou melhor, a apresentarem complicações periodontais. O risco entre os diabéticos é 2,5 vezes maior quando comparado a um indivíduo não-diabético. Na verdade, a doença periodontal é a sexta maior complicação entre os diabéticos.

O surgimento de doenças periodontais também está relacionado ao controle metabólico feito pelo paciente diabético. Pacientes que fazem um bom controle dos níveis de glicose no sangue, impedindo que elas ultrapassem a faixa de 160 a 180mg/dl, não apresentam tanto risco de contrair problemas periodontais quando comparados aos que não fazem o controle corretamente.

Tratamento conjunto

O controle do nível glicêmico nos pacientes diabéticos também interfere nos resultados do tratamento periodôntico. Quanto melhor for o controle, melhor o organismo responderá ao tratamento. Ao combater esses processos a concentração das citocinas pró-inflamatórias diminui e, conseqüentemente, a resistência à insulina também diminui, fazendo o nível glicêmico cair. Ou seja, o tratamento periodôntico pode ajudar no controle do diabetes.

Uma pesquisa feita na Universidade Complutense em Madri, publicada no Journal of Periodontology, mostra que o tratamento periodontal pode reduzir a contagem de hemoglobina glicolisada (HbA1c) em cerca de 20%, de três a seis meses após o tratamento.

A hemoglobina glicolisada mostra o nível glicêmico médio do paciente nos últimos dois ou três meses Uma contagem normal de HbA1c fica entre 4,0 e 6,0. Os pacientes diabéticos, por terem uma deficiência com relação à insulina, apresentam uma contagem de HbA1c bem mais elevada.

A pesquisa realizada mostra que o tratamento periodôntico – independente se a periodontite for generalizada, moderada ou crônica – pode reduzir a contagem de HbA1c de 7,2 para 5,7. Isso com um procedimento simples, como a raspagem e o aplainamento radicular, como afirmou Antonio Bascones, co-autor do trabalho junto com Ricardo Faria, ambos pesquisadores do Departamento de Medicina e Cirurgia Bucomaxilofacial da Universidade Madrilenha.  

  Hemoglobina Glicolisada (HbA1c)

 A descoberta ainda não pode ser considerada definitiva, já que o tamanho da amostra é bastante restrito, mas já é um grande avanço com relação aos estudos que ligam a periodontia com o diabetes.

 

O diabetes mellitius é uma doença de origem endócrina em que o organismo humano apresenta dificuldades em produzir insulina e fica com um nível de glicemia acima do normal. O diabetes mellitius pode ser do tipo 1 ou do tipo 2. O diabetes do tipo 2 aparece com a idade e atinge, hoje, mais de 11% da população brasileira com mais de 40 anos.

A deficiência na produção de insulina faz com que as taxas de glicose no sangue ultrapassem a faixa de 160 a 180mg/dl. O excesso de glicose no sangue acarreta outros problemas no organismo, inclusive na saúde bucal do portador. Isso ocorre porque a hiperglicemia acarreta glicolizações não-enzimáticas e oxidação de proteínas e lipídios. Depois de várias reações, surge uma formação irreversível de produtos finais de glicolização avançada, os AGEs (advanced glycation end products). Esses AGEs acumulam-se no plasma e nos tecidos dos diabéticos e acabam, depois de certo tempo, corroendo esses tecidos e causando inflamações e infecções, graças à liberação de TNF-α, uma citocina pró-inflamatória responsável pela resistência à insulina.

Glicemia e periodontia

Como não poderia ser diferente, os tecidos periodontais também são afetados pelo diabetes mellitius. Estudos comprovam que pessoas que sofrem de diabetes têm uma pré-disposição maior a apresentarem doenças periodontais, ou melhor, a apresentarem complicações periodontais. O risco entre os diabéticos é 2,5 vezes maior quando comparado a um indivíduo não-diabético. Na verdade, a doença periodontal é a sexta maior complicação entre os diabéticos.

O surgimento de doenças periodontais também está relacionado ao controle metabólico feito pelo paciente diabético. Pacientes que fazem um bom controle dos níveis de glicose no sangue, impedindo que elas ultrapassem a faixa de 160 a 180mg/dl, não apresentam tanto risco de contrair problemas periodontais quando comparados aos que não fazem o controle corretamente.

Tratamento conjunto

O controle do nível glicêmico nos pacientes diabéticos também interfere nos resultados do tratamento periodôntico. Quanto melhor for o controle, melhor o organismo responderá ao tratamento. Ao combater esses processos a concentração das citocinas pró-inflamatórias diminui e, conseqüentemente, a resistência à insulina também diminui, fazendo o nível glicêmico cair. Ou seja, o tratamento periodôntico pode ajudar no controle do diabetes.

Uma pesquisa feita na Universidade Complutense em Madri, publicada no Journal of Periodontology, mostra que o tratamento periodontal pode reduzir a contagem de hemoglobina glicolisada (HbA1c) em cerca de 20%, de três a seis meses após o tratamento.

A hemoglobina glicolisada mostra o nível glicêmico médio do paciente nos últimos dois ou três meses Uma contagem normal de HbA1c fica entre 4,0 e 6,0. Os pacientes diabéticos, por terem uma deficiência com relação à insulina, apresentam uma contagem de HbA1c bem mais elevada.

A pesquisa realizada mostra que o tratamento periodôntico – independente se a periodontite for generalizada, moderada ou crônica – pode reduzir a contagem de HbA1c de 7,2 para 5,7. Isso com um procedimento simples, como a raspagem e o aplainamento radicular, como afirmou Antonio Bascones, co-autor do trabalho junto com Ricardo Faria, ambos pesquisadores do Departamento de Medicina e Cirurgia Bucomaxilofacial da Universidade Madrilenha.  

  Hemoglobina Glicolisada (HbA1c)

 A descoberta ainda não pode ser considerada definitiva, já que o tamanho da amostra é bastante restrito, mas já é um grande avanço com relação aos estudos que ligam a periodontia com o diabetes.

 

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