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9/5/2025
 
Artigo

- Odontologia Estética
Clareamento de dentes não-vitais

teste

Os dentes podem sofrer alterações em sua cor por diversos motivos, como traumas e tratamentos de canal mal feitos. A presença ou não da polpa influi diretamente na coloração do dente e, em casos de necrose pulpar, por exemplo, o dente adquire uma coloração mais escurecida.                           

Os dentes não-vitais também podem passar por um processo de clareamento, desde que eles estejam escurecidos há pouco tempo e, em caso de destruição, que ela seja apenas leve ou moderada. Caso os dentes estejam muito destruídos, com pigmentação metálica ou com escurecimento antigo, o processo não é recomendado. 

Causas do escurecimento 

Um ou mais dentes podem sofrer pigmentação devido a vários fatores. Podemos citar, entre eles: 

  • decomposição da polpa coronária: acontece de forma assintomática e os produtos originados da decomposição penetram nos canalículos dentários, ocasionando o escurecimento dos dentes.
  • hemorragia após a remoção pulpar: ao fazer um tratamento de canal, é preciso fazer uma boa irrigação da cavidade pulpar. A remoção da polpa causa hemorragia e, quando não tratada, levará ao escurecimento do dente.
  • hemorragia pulpar conseqüente de traumatismo: um trauma pode ocasionar a ruptura de vasos sanguíneos. Os eritrócitos penetram nos túbulos dentinários e, ao sofrerem hemólise, liberam hemoglobina. Ao se degradar em ferro, a hemoglobina une-se ao sulfeto de hidrogênio e adquire uma coloração negra, responsável pela mudança de cor do dente.
  • abertura coronária insuficiente: caso o teto da câmara pulpar não seja retirado totalmente, restos pulpares podem permanecer na cavidade e causar o escurecimento do dente.
  • materiais restauradores: tanto os permanentes (amálgama de prata) como os provisórios (óxido de zinco e eugenol) podem causar uma mudança irreversível na coloração do tecido dentário.
  • substâncias utilizadas em tratamento de canal: medicamentos de uso intracanal (compostos fenólicos ou com iodofórmio) ficam em contato direto com a dentina. Quando esse contato é muito longo, eles penetram na dentina, sofrem oxidação e causam o escurecimento do dente. É preciso tomar cuidado e limpar muito bem a cavidade, removendo totalmente os materiais até um nível de 2 a 3 mm abaixo da margem gengival. A penetração de medicamento na dentina é a causa mais freqüente de pigmentação em um único dente.  


restauração em amálgama de prata
 

Mecanismo de ação

O escurecimento dentário é causado por substâncias orgânicas estáveis. Para combater o problema, são utilizadas substâncias oxidantes que, ao reagir com as moléculas de carbono que formam essas estruturas, transformam-nas em dióxido de carbono e água. As grandes moléculas de carbono são transformadas em compostos intermediários, mais claros. Conforme ocorre a oxidação, os dentes ficam mais claros.

O ponto máximo de clareamento denomina-se ponto de saturação. A partir desse ponto, o processo de clareamento encerra-se e os agentes clareadores passam a agir sobre outros compostos ricos em carbono, como as proteínas da matriz do esmalte, e começa a prejudicar a estrutura do dente. O CD deve conhecer muito bem a técnica para saber exatamente quando ocorre o ponto de saturação.

Antes de dar início a qualquer método de clareamento, é preciso diagnosticar o motivo da pigmentação dentária e qual o melhor método para combatê-la, depois, faz-se o registro da cor dos dentes utilizando uma escala. Também é preciso explicar todo o procedimento ao paciente, para que ele esteja ciente. Entre as técnicas de clareamento para dentes não-vitais, podemos citar a técnica mediata e a imediata.

» técnica mediata

Esta técnica é feita em consultório e pode levar um mês ou mais. Isola-se o dente a ser clareado para que o agente clareador não aja sobre os dentes sadios. Abra a coronária, retirando o material restaurador até o limite amelo-cementário. Depois da completa remoção, faça um selamento biomecânico com uma camada de hidróxido de cálcio P.A. para alcalinizar o meio e, em seguida, coloque uma barreira de cimento ionômero de vidro para selar a entrada do canal. 

Após a polimerização do ionômero de vidro, faça um condicionamento com ácido fosfórico a 35% por cerca de 15 segundos para tornar os túbulos dentários suscetíveis ao agente clareador. Introduza o produto clareador dentro da câmara pulpar com a ajuda de uma espátula de inserção. Faça uma restauração provisória com cimento de óxido de zinco tomando cuidado para que não haja vazamento do material clareador.

Deve-se fazer as recomendações necessárias ao paciente, como não ingerir alimentos ricos em corante, ele deve retornar ao consultório a cada sete dias para trocar o curativo. Se até a quarta consulta o clareamento não surtir efeito, não são recomendadas novas tentativas. Quando for alcançado o resultado ideal, remova a restauração provisória e aplique hidróxido de cálcio P.A. por aproximadamente sete ou 14 dias, para neutralizar o pH ácido deixado pelo material clareador. Por fim, faça a restauração do dente clareado com resina composta direta.

» técnica imediata

Esta técnica é bastante parecida com a mediata, a diferença está no tempo levado para a obtenção do resultado. O tempo de aplicação na técnica imediata é de trinta a quarenta minutos. Se o resultado já for alcançado na primeira consulta, pode-se aplicar um agente neutralizador ou fazer a restauração provisória e avaliar o resultado do clareamento na próxima consulta.

A segunda consulta pode ser marcada após 48 horas se a técnica for aplicada isoladamente. Caso o clareamento esteja associado a outro tratamento, a segunda consulta deve acontecer dentro de um período de três a sete dias. Na segunda consulta é possível ter uma noção exata do resultado obtido. O tratamento deve apresentar resultado dentro de três ou quatro seções, caso contrário, é aconselhável interrompê-lo.

Agentes clareadores

Para o processo de clareamento de dentes não-vitais são utilizadas substâncias químicas agentes de oxidação ou redução. Entre os agentes clareadores mais utilizados, podemos citar:

- substância clareadora a base de peróxido de hidrogênio (H2O2): substância cáustica que produz queimaduras ao entrar em contato com o tecido. A concentração de H2O2 é bastante variada. Para dentes não-vitais, a mais utilizada é a de 35%. 

- substância clareadora a base de peróxido de carbamida(CH4N20-H2O2): substância altamente instável que, quando degradada, resulta em peróxido de hidrogênio e uréia. As substâncias a base de CH4N20-H2O2 são utilizadas no clareamento de dentes vitais e não-vitais com concentração entre 35 e 37% e são encontradas na forma de gel.

- substância clareadora a base de perborato de sódio (NaBO3H2O)
: substância apresentada em pó que se decompõe em metaborato de sódio, peróxido de hidrogênio e oxigênio quando em contato com a água. No clareamento de dentes não-vitais, sua utilização é associada ao peróxido de hidrogênio.


ilustração representativa de moléculas de peróxido de hidrogênio (H2O2)
 

O agende da pigmentação é que dirá qual substância é melhor para tratamento, já que as três substâncias citadas apresentam resultados positivos no clareamento de dentes não-vitais. Os produtos que tem o CH4N20-H2O2 como agente oxidante apresentam uma pequena desvantagem por serem encontrados na forma de gel, dificultando o manuseio, mas, se utilizados corretamente, geram bons resultados.

 

Os dentes podem sofrer alterações em sua cor por diversos motivos, como traumas e tratamentos de canal mal feitos. A presença ou não da polpa influi diretamente na coloração do dente e, em casos de necrose pulpar, por exemplo, o dente adquire uma coloração mais escurecida.                           

Os dentes não-vitais também podem passar por um processo de clareamento, desde que eles estejam escurecidos há pouco tempo e, em caso de destruição, que ela seja apenas leve ou moderada. Caso os dentes estejam muito destruídos, com pigmentação metálica ou com escurecimento antigo, o processo não é recomendado. 

Causas do escurecimento 

Um ou mais dentes podem sofrer pigmentação devido a vários fatores. Podemos citar, entre eles: 

  • decomposição da polpa coronária: acontece de forma assintomática e os produtos originados da decomposição penetram nos canalículos dentários, ocasionando o escurecimento dos dentes.
  • hemorragia após a remoção pulpar: ao fazer um tratamento de canal, é preciso fazer uma boa irrigação da cavidade pulpar. A remoção da polpa causa hemorragia e, quando não tratada, levará ao escurecimento do dente.
  • hemorragia pulpar conseqüente de traumatismo: um trauma pode ocasionar a ruptura de vasos sanguíneos. Os eritrócitos penetram nos túbulos dentinários e, ao sofrerem hemólise, liberam hemoglobina. Ao se degradar em ferro, a hemoglobina une-se ao sulfeto de hidrogênio e adquire uma coloração negra, responsável pela mudança de cor do dente.
  • abertura coronária insuficiente: caso o teto da câmara pulpar não seja retirado totalmente, restos pulpares podem permanecer na cavidade e causar o escurecimento do dente.
  • materiais restauradores: tanto os permanentes (amálgama de prata) como os provisórios (óxido de zinco e eugenol) podem causar uma mudança irreversível na coloração do tecido dentário.
  • substâncias utilizadas em tratamento de canal: medicamentos de uso intracanal (compostos fenólicos ou com iodofórmio) ficam em contato direto com a dentina. Quando esse contato é muito longo, eles penetram na dentina, sofrem oxidação e causam o escurecimento do dente. É preciso tomar cuidado e limpar muito bem a cavidade, removendo totalmente os materiais até um nível de 2 a 3 mm abaixo da margem gengival. A penetração de medicamento na dentina é a causa mais freqüente de pigmentação em um único dente.  


restauração em amálgama de prata
 

Mecanismo de ação

O escurecimento dentário é causado por substâncias orgânicas estáveis. Para combater o problema, são utilizadas substâncias oxidantes que, ao reagir com as moléculas de carbono que formam essas estruturas, transformam-nas em dióxido de carbono e água. As grandes moléculas de carbono são transformadas em compostos intermediários, mais claros. Conforme ocorre a oxidação, os dentes ficam mais claros.

O ponto máximo de clareamento denomina-se ponto de saturação. A partir desse ponto, o processo de clareamento encerra-se e os agentes clareadores passam a agir sobre outros compostos ricos em carbono, como as proteínas da matriz do esmalte, e começa a prejudicar a estrutura do dente. O CD deve conhecer muito bem a técnica para saber exatamente quando ocorre o ponto de saturação.

Antes de dar início a qualquer método de clareamento, é preciso diagnosticar o motivo da pigmentação dentária e qual o melhor método para combatê-la, depois, faz-se o registro da cor dos dentes utilizando uma escala. Também é preciso explicar todo o procedimento ao paciente, para que ele esteja ciente. Entre as técnicas de clareamento para dentes não-vitais, podemos citar a técnica mediata e a imediata.

» técnica mediata

Esta técnica é feita em consultório e pode levar um mês ou mais. Isola-se o dente a ser clareado para que o agente clareador não aja sobre os dentes sadios. Abra a coronária, retirando o material restaurador até o limite amelo-cementário. Depois da completa remoção, faça um selamento biomecânico com uma camada de hidróxido de cálcio P.A. para alcalinizar o meio e, em seguida, coloque uma barreira de cimento ionômero de vidro para selar a entrada do canal. 

Após a polimerização do ionômero de vidro, faça um condicionamento com ácido fosfórico a 35% por cerca de 15 segundos para tornar os túbulos dentários suscetíveis ao agente clareador. Introduza o produto clareador dentro da câmara pulpar com a ajuda de uma espátula de inserção. Faça uma restauração provisória com cimento de óxido de zinco tomando cuidado para que não haja vazamento do material clareador.

Deve-se fazer as recomendações necessárias ao paciente, como não ingerir alimentos ricos em corante, ele deve retornar ao consultório a cada sete dias para trocar o curativo. Se até a quarta consulta o clareamento não surtir efeito, não são recomendadas novas tentativas. Quando for alcançado o resultado ideal, remova a restauração provisória e aplique hidróxido de cálcio P.A. por aproximadamente sete ou 14 dias, para neutralizar o pH ácido deixado pelo material clareador. Por fim, faça a restauração do dente clareado com resina composta direta.

» técnica imediata

Esta técnica é bastante parecida com a mediata, a diferença está no tempo levado para a obtenção do resultado. O tempo de aplicação na técnica imediata é de trinta a quarenta minutos. Se o resultado já for alcançado na primeira consulta, pode-se aplicar um agente neutralizador ou fazer a restauração provisória e avaliar o resultado do clareamento na próxima consulta.

A segunda consulta pode ser marcada após 48 horas se a técnica for aplicada isoladamente. Caso o clareamento esteja associado a outro tratamento, a segunda consulta deve acontecer dentro de um período de três a sete dias. Na segunda consulta é possível ter uma noção exata do resultado obtido. O tratamento deve apresentar resultado dentro de três ou quatro seções, caso contrário, é aconselhável interrompê-lo.

Agentes clareadores

Para o processo de clareamento de dentes não-vitais são utilizadas substâncias químicas agentes de oxidação ou redução. Entre os agentes clareadores mais utilizados, podemos citar:

- substância clareadora a base de peróxido de hidrogênio (H2O2): substância cáustica que produz queimaduras ao entrar em contato com o tecido. A concentração de H2O2 é bastante variada. Para dentes não-vitais, a mais utilizada é a de 35%. 

- substância clareadora a base de peróxido de carbamida(CH4N20-H2O2): substância altamente instável que, quando degradada, resulta em peróxido de hidrogênio e uréia. As substâncias a base de CH4N20-H2O2 são utilizadas no clareamento de dentes vitais e não-vitais com concentração entre 35 e 37% e são encontradas na forma de gel.

- substância clareadora a base de perborato de sódio (NaBO3H2O)
: substância apresentada em pó que se decompõe em metaborato de sódio, peróxido de hidrogênio e oxigênio quando em contato com a água. No clareamento de dentes não-vitais, sua utilização é associada ao peróxido de hidrogênio.


ilustração representativa de moléculas de peróxido de hidrogênio (H2O2)
 

O agende da pigmentação é que dirá qual substância é melhor para tratamento, já que as três substâncias citadas apresentam resultados positivos no clareamento de dentes não-vitais. Os produtos que tem o CH4N20-H2O2 como agente oxidante apresentam uma pequena desvantagem por serem encontrados na forma de gel, dificultando o manuseio, mas, se utilizados corretamente, geram bons resultados.

 

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