Portal Open
Doutor W
 
  » Revista > Artigos    
  Untitled Document
Untitled Document
 
9/5/2025
 
Matéria

- Endodontia
Tratamento de canal em dentes decíduos

teste

Os dentes decíduos apresentam maior dificuldade no trata-mento endodôntico devido a seu tamanho reduzido em todas as dimensões.

A cárie é um problema freqüente em dentes de-cíduos. Entre os dentes com cárie profunda, cer-ca de 75% apresentam comprometimento pulpar e, consequentemente, necessitam de tratamento endodôntico.

Antes de escolher a técnica a ser utilizada no tratamento, é preciso levar em conta o estado em que se encontra a polpa dentária e aí sim optar por uma técnica conservadora ou radical.

Técnica conservadora

A técnica conservadora é realizada em polpas vivas, com o objetivo de preservar sua vitalidade. A técnica mais utilizada para esse tipo de tratamento é a pulpotomia e é indicada para casos em que a polpa do dente está viva, hígida e livre de infecções ou, no máximo, em início de processo degenerativo.


Pulpotomia

A pulpotomia é contra-indicada em casos de: reabsorção radi-cular externa patológica, reabsorção radicular interna, calci-ficações pulpares, tumefação de origem pulpar ou mobilidade patológica. Em casos de necrose pulpar, a pulpotomia não tem validade alguma.

Quando se opta pela técnica conservadora, não há necessidade de entrar nos canais radiculares e, caso não se obtenha suces-so, ainda é possível fazer um tratamento radicular.

A remoção da polpa coronária é seguida da utilização de um medicamento. Entre os medicamentos utilizados na pulpotomia podemos citar o hidróxido de cálcio, o formocresol e o glutaraldeído(GA).

» hidróxido de cálcio
O uso de hidróxido de cálcio após a pulpotomia em dentes decí-duos tem a finalidade de capear a porção radicular. Várias pes-quisas foram feitas com esse medicamento, mas os resultados não foram muito animadores.

Em alguns casos, foi constatada reabsorção interna severa após a utilização de hidróxido de cálcio P.A, o que desaconselha sua utilização em dentes decíduos.

» formocresol
O formocresol é o medicamento mais utilizado na pulpotomia e seus resultados costumam ser satisfatórios. O grande problema desse medicamento está no fato de ele apresentar caracte-rísticas tóxicas e mutagênicas, causando certa agressão à polpa dental.

O formocresol pode provocar reações na polpa e, em alguns casos, pode se difundir no periápice. Para diminuir as agressões causadas pela fórmula original, tem-se utilizado o formocresol diluído 1/5.

A técnica é recomendada no caso de dentes decíduos cariados, já que estes não reagem favoravelmente ao hidróxido de cálcio.

» glutaraldeído(GA)
O tratamento com glutaraldeído costuma obter sucesso. O me-dicamento pode ser utilizado como substituto do formocresol por fixar-se aos tecidos superficialmente, limitando a penetração na polpa e mantendo sua vitalidade. O formocresol provoca maiores reações periapicais que o glutaraldeído por penetrar rapidamente além das regiões periapicais, enquanto o glutaraldeído atinge no máximo a região inferior da raiz.

Técnica radical

Para os casos em que há mortificação pulpar, o tratamento mais indicado é a técnica radical, realizando-se a pulpectomia. O objetivo principal da pulpectomia é manter a estrutura do dente, impedindo que eles sejam perdidos e que os outros dentes sofram deslocamento.


Pulpectomia

Esse tipo de tratamento é contra-indicado em dentes com reabsorção radicular interna ou externa avançada, infecção periapical que envolva a cripta do dente sucessor, abcessos volumosos ou dentes com grande perda de estrutura radicular.

A pulpectomia baseia-se na ação de medicamentos intracanais que façam a desinfecção destes. É preciso remover a maior parte possível do tecido contaminado para o tratamento agir sobre a menor quantidade possível desse tecido. Entre os me-dicamentos utilizados podemos citar:

» Pasta de óxido de zinco e eugenol
A pasta de óxido de zinco e eugenol é bastante utilizada. Ao entrar em contato com tecidos vivos, o medicamento gera uma inflamação crônica, com formação de abcesso e necrose. Duas semanas após o capeamento da polpa com a pasta, a dege-neração pulpar é bastante aparente no local e a inflamação crônica abrange a porção apical do tecido pulpar.

» Pasta RKI
A pasta – uma mistura de iodoforme, cânfora, paramonoclo-rofenol e mentol – não apresenta nenhum efeito sobre os dentes permanentes sucessores quando utilizada para tratamento de canal de dentes decíduos, isso porque ela dissolve rapida-mente. 

Caso a pasta KRI extravase para dentro do tecido periapical, ela é rapidamente substituída com tecido normal. Em algumas situações, ela pode sofrer reabsorção dentro do canal radicular.

Dificuldades

Os dentes decíduos apresentam maior dificuldade no tratamento endodôntico devido a seu tamanho reduzido em todas as dimensões. Como o esmalte e as paredes dentinárias são mais finos, as cáries atingem mais rapidamente a raiz. A morfologia dos canais radiculares de dentes decíduos é mais complexa e dificulta a utilização de alguns instrumentos, medicamentos e materiais obturadores.

O fato dos pacientes serem pediátricos tam-bém é um agravante. Eles podem, muitas ve-zes, terem atitudes que dificultam o trata-mento. O comportamento da criança – soma-do aos diferenciais do dente decíduo que dificultam seu tratamento – faz com que alguns CDs optem por não fazer esse tipo de tratamento. Mas não se pode deixar de lado a importância do tratamento endodôntico em dentes decíduos. Isso pode comprometer seriamente a dentição permanente.

 

Os dentes decíduos apresentam maior dificuldade no trata-mento endodôntico devido a seu tamanho reduzido em todas as dimensões.

A cárie é um problema freqüente em dentes de-cíduos. Entre os dentes com cárie profunda, cer-ca de 75% apresentam comprometimento pulpar e, consequentemente, necessitam de tratamento endodôntico.

Antes de escolher a técnica a ser utilizada no tratamento, é preciso levar em conta o estado em que se encontra a polpa dentária e aí sim optar por uma técnica conservadora ou radical.

Técnica conservadora

A técnica conservadora é realizada em polpas vivas, com o objetivo de preservar sua vitalidade. A técnica mais utilizada para esse tipo de tratamento é a pulpotomia e é indicada para casos em que a polpa do dente está viva, hígida e livre de infecções ou, no máximo, em início de processo degenerativo.


Pulpotomia

A pulpotomia é contra-indicada em casos de: reabsorção radi-cular externa patológica, reabsorção radicular interna, calci-ficações pulpares, tumefação de origem pulpar ou mobilidade patológica. Em casos de necrose pulpar, a pulpotomia não tem validade alguma.

Quando se opta pela técnica conservadora, não há necessidade de entrar nos canais radiculares e, caso não se obtenha suces-so, ainda é possível fazer um tratamento radicular.

A remoção da polpa coronária é seguida da utilização de um medicamento. Entre os medicamentos utilizados na pulpotomia podemos citar o hidróxido de cálcio, o formocresol e o glutaraldeído(GA).

» hidróxido de cálcio
O uso de hidróxido de cálcio após a pulpotomia em dentes decí-duos tem a finalidade de capear a porção radicular. Várias pes-quisas foram feitas com esse medicamento, mas os resultados não foram muito animadores.

Em alguns casos, foi constatada reabsorção interna severa após a utilização de hidróxido de cálcio P.A, o que desaconselha sua utilização em dentes decíduos.

» formocresol
O formocresol é o medicamento mais utilizado na pulpotomia e seus resultados costumam ser satisfatórios. O grande problema desse medicamento está no fato de ele apresentar caracte-rísticas tóxicas e mutagênicas, causando certa agressão à polpa dental.

O formocresol pode provocar reações na polpa e, em alguns casos, pode se difundir no periápice. Para diminuir as agressões causadas pela fórmula original, tem-se utilizado o formocresol diluído 1/5.

A técnica é recomendada no caso de dentes decíduos cariados, já que estes não reagem favoravelmente ao hidróxido de cálcio.

» glutaraldeído(GA)
O tratamento com glutaraldeído costuma obter sucesso. O me-dicamento pode ser utilizado como substituto do formocresol por fixar-se aos tecidos superficialmente, limitando a penetração na polpa e mantendo sua vitalidade. O formocresol provoca maiores reações periapicais que o glutaraldeído por penetrar rapidamente além das regiões periapicais, enquanto o glutaraldeído atinge no máximo a região inferior da raiz.

Técnica radical

Para os casos em que há mortificação pulpar, o tratamento mais indicado é a técnica radical, realizando-se a pulpectomia. O objetivo principal da pulpectomia é manter a estrutura do dente, impedindo que eles sejam perdidos e que os outros dentes sofram deslocamento.


Pulpectomia

Esse tipo de tratamento é contra-indicado em dentes com reabsorção radicular interna ou externa avançada, infecção periapical que envolva a cripta do dente sucessor, abcessos volumosos ou dentes com grande perda de estrutura radicular.

A pulpectomia baseia-se na ação de medicamentos intracanais que façam a desinfecção destes. É preciso remover a maior parte possível do tecido contaminado para o tratamento agir sobre a menor quantidade possível desse tecido. Entre os me-dicamentos utilizados podemos citar:

» Pasta de óxido de zinco e eugenol
A pasta de óxido de zinco e eugenol é bastante utilizada. Ao entrar em contato com tecidos vivos, o medicamento gera uma inflamação crônica, com formação de abcesso e necrose. Duas semanas após o capeamento da polpa com a pasta, a dege-neração pulpar é bastante aparente no local e a inflamação crônica abrange a porção apical do tecido pulpar.

» Pasta RKI
A pasta – uma mistura de iodoforme, cânfora, paramonoclo-rofenol e mentol – não apresenta nenhum efeito sobre os dentes permanentes sucessores quando utilizada para tratamento de canal de dentes decíduos, isso porque ela dissolve rapida-mente. 

Caso a pasta KRI extravase para dentro do tecido periapical, ela é rapidamente substituída com tecido normal. Em algumas situações, ela pode sofrer reabsorção dentro do canal radicular.

Dificuldades

Os dentes decíduos apresentam maior dificuldade no tratamento endodôntico devido a seu tamanho reduzido em todas as dimensões. Como o esmalte e as paredes dentinárias são mais finos, as cáries atingem mais rapidamente a raiz. A morfologia dos canais radiculares de dentes decíduos é mais complexa e dificulta a utilização de alguns instrumentos, medicamentos e materiais obturadores.

O fato dos pacientes serem pediátricos tam-bém é um agravante. Eles podem, muitas ve-zes, terem atitudes que dificultam o trata-mento. O comportamento da criança – soma-do aos diferenciais do dente decíduo que dificultam seu tratamento – faz com que alguns CDs optem por não fazer esse tipo de tratamento. Mas não se pode deixar de lado a importância do tratamento endodôntico em dentes decíduos. Isso pode comprometer seriamente a dentição permanente.

 

Enviar para um amigo Comentar Imprimir Comunicar Erros
 

»Investimento
De acordo com levan-tamento da FMUSP, doações de planos de saúde cresceram 760% em relação a 2002.

»Investigando
Pesquisa de dentista feita com múmias pe-ruanas pode enriquecer investigações na área de ciência forense.
Confira
 
 
voltar  
 
@wwow.com.br
Copyright© 2005-2008
Todos os direitos reservados à Eyeshot

O que é isso?